sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Comperochas em Janas



ENCONTROS COMPEROCHAS
JANAS

(2001)

No âmbito dos Encontros dos Comperochas (Companheiros Amigos das Peras Rochas), espaço de liberdade e companheirismo cimentado ao longo de anos, Janas foi um pretexto para um Encontro de Convívio, Turismo Cultura e troca de opiniões.

Nesta foto reportagem, que interessa essencialmente aos participantes, podem, contudo, ver-se alguns apontamentos de Janas.

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Encontros Comperochas
Janas

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JANAS

Janas é uma aldeia situada a cerca de 1 km de Azenhas do Mar e de 2 km da Praia das Maçãs, no concelho de Sintra. É terra de pinhais, campos de cultivo e vinho de Colares. É uma povoação predominantemente rural, portanto.

Há em Janas uma capela que tem a particularidade de ter planta circular, em vez de a ter retangular ou quadrada, e que é dedicada a São Mamede. Não há muitas capelas como esta em Portugal. De momento, só me lembro de uma outra capela que tem planta circular, existente em Cabanas de Azeitão, no concelho de Setúbal, e sobre a qual nada sei.

Porque é que a capela de São Mamede de Janas tem planta circular? Diz-se que a razão reside no facto de ela ter sido construída no local em que terá existido uma edificação anterior à ocupação romana e que os romanos terão aproveitado para erguer, por sua vez, um templo dedicado à deusa da caça, Diana. Há quem diga, mesmo, que o topónimo Janas deriva precisamente de Diana. A capela atual data provavelmente do séc. XVI ou XVII.

A capela circular de Janas é o centro de uma romaria dedicada a São Mamede, que se realiza todos os anos entre os dias 15 e 17 de agosto. Ora São Mamede é considerado protetor do gado. Por isso, os lavradores da região de Colares, Sintra, Mafra e mesmo de Torres Vedras levam o seu gado até à festa de São Mamede de Janas. Bois, cavalos, burros e outros animais são então levados a dar três voltas em redor da capela, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Esta tradição é já antiga. Por exemplo, nos seus "Apólogos Dialogais" escreveu D. Francisco Manuel de Melo, que viveu no séc. XVII: «Porem agora, que huma Corte tão luzida, como a da nossa Lisboa; a qual não há inveja a nenhuma Christandade, vos anda à roda sempre, como gado vacum, em torno da Ermida de S. Mamede, que podeis envejar que não seja vicio?»


Fonte: Blogue “A Matéria do Tempo”

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