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REFLEXÕES
(ao correr da pena)
DAR CORDA AOS SAPATOS
Ainda não é passado um mês sobre o importante Colóquio /
Encontro “O Autocaravanismo e a Sociedade” promovido pela Federação de Campismo
e Montanhismo de Portugal e já se inquietam alguns autocaravanistas por não
constatarem a existência de quaisquer resultados práticos.
Recordemos que no decorrer do Colóquio dois dos oradores
assumiram compromissos que, na minha opinião, não podem ser esquecidos e têm
que ser valorizados.
O Presidente da Direcção do Automóvel Clube de Portugal
assumiu o compromisso de desenvolver esforços, em consonância com a Federação
de Campismo de Portugal (e com a respectiva Comissão de Autocaravanismo), junto
dos poderes públicos para que se não continuassem a verificar em algumas partes
de Portugal a discriminação negativa e infundada dos veículos autocaravanas.
O Presidente da Câmara Municipal de Coruche assumiu o
compromisso de desenvolver esforços para que no seio da Associação Nacional de
Municípios o tema do autocaravanismo fosse abordado e analisadas as politicas
autocaravanistas da FCMP para obstar, de forma concertada, a interpretações
distintas entre municípios que pudessem conduzir à discriminação negativa dos
veículos autocaravanas.
Nesse mesmo colóquio o moderador do 2º painel, o assessor
jurídico da FCMP (Vítor Ferreira), quando introduziu o tema expressou a opinião
(com que eu concordo) que as questões que preocupavam os autocaravanistas e que
eram objecto do colóquio versavam essencialmente o estacionamento (diurno e/ou
nocturno) dos veículos autocaravanas. Efectivamente assim é. Solucionada a
questão da discriminação negativa do veículo autocaravana as associações
autocaravanistas podem dedicar-se ao essencial que, além dos apoios ao
autocaravanismo (pelo menos um em cada concelho), assenta nos aspectos
turísticos, campistas, culturais, desportivos e lúdicos.
Não pode, pois, a
Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e a respectiva Comissão de
Autocaravanismo, deixar de com toda a urgência desenvolver os contactos que se
impõem, pelo menos junto do Presidente do ACP e do Presidente da Câmara
Municipal de Coruche.
CONDUTORES DE AUTOCARAVANAS
A minha opinião sobre Áreas de Serviço para Autocaravanas,
enquanto equipamentos municipais, é coincidente (para não dizer igual) ao que a
“Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” e a “Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal” entendem e divulgam.
Estas duas instituições assumem que a prática do campismo na
via pública tem que ser penalizada. A mesma penalização deve ter lugar nos
locais, como as Áreas de Serviço equiparadas a equipamentos municipais ou
Parques de Estacionamento, públicos ou privados, pois que o campismo, fora dos
Parques de Campismo, mesmo dos exclusivos para autocaravanas ou fora de
acampamentos ocasionais devidamente autorizados é proibido.
Muitos são os autocaravanistas que no período estival
procuram locais junto ao mar para fazerem campismo, pois consideram-se no
direito de usurparem locais públicos. À pala de se dizerem turistas itinerantes
clamam contra as entidades fiscalizadoras que os penalizam (e bem) por fazerem
de locais públicos autênticos Parques de Campismo.
SEM CORAGEM PARA SER ASSERTIVA
São conhecidas e públicas as posições da Federação de
Campismo e Montanhismo de Portugal sobre a prática de campismo na via pública
bem como as da Associação Autocaravanismo de Portugal – CPA. Também são
conhecidas e também estão escritas as posições em defesa do direito ao
estacionamento na via pública das autocaravanas, com ou sem pessoas no
interior, pronunciando-se contra a discriminação negativa do veículo
autocaravana.
Embora alguns dos apoiantes da FPA tenham posições
semelhantes às da FCMP e do CPA não se conhecem posições oficiais da FPA.
A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do
autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia
contra o Campismo na via pública;
A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do
autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia
favorável à penalização dos utentes de autocaravanas por praticarem campismo na
via pública;
A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do
autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia
contra a prática do campismo nos Parques de Estacionamento e nas Áreas de
Serviço consideradas como equipamentos municipais;
A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do
autocaravanismo entendido como turismo itinerante, que tem medo de perder o
apoio dos autocaravanistas que querem fazer campismo fora dos locais a isso
destinado e opta por um silêncio alegadamente cúmplice.
Tem-se conhecimento das opiniões dos apoiantes da FPA, mas
as posições da FPA expressas em Comunicado sobre estas matérias, onde estão?
A PLATAFORMA QUE A FPA NÃO QUER
Desde há alguns anos que me pronuncio pela existência de uma
Plataforma de Unidade inorgânica e constituída APENAS por associações com
personalidade jurídica essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo. Sem
a participação da FPA ou da FCMP.
Durante alguns meses o Presidente da Mesa da Assembleia
Geral da FPA clamou nas redes sociais que tudo faria que estivesse ao seu
alcance para promover essa Plataforma, mas, passados tantos meses (atrever-me-ia
a referir mais de 6) não são publicamente conhecidos quaisquer resultados
conducentes a esse objectivo.
Existem fortes indícios que esse objectivo foi travado pelo
Presidente da FPA. Leia-se o que escrevi num artigo intitulado “Galos à Bulha”
e que pode ser acedido AQUI.
Em meu entender (e gostaria de estar equivocado) o que se pretendia
era trazer o CPA para a FPA, já que não o tinham conseguido após a constituição
da FPA, Um falhanço estratégico para os que tiveram a veleidade de supor que o
CPA não teria outra solução senão o de aderir à FPA.
Enganaram-se! O CPA vai muito bem e a FCMP prossegue, embora
muito lentamente para o meu gosto, com a aplicação da política expressa na
Declaração de Princípios.
DEFESA DE PRINCÍPIOS
António Sousa, membro da Comissão de Autocaravanismo da FCMP
que interveio no Colóquio / Encontro recentemente realizado em Salvaterra de
Magos sobre o tema “Que necessidade de legislação e que ética autocaravanista?”
já não faz parte da Comissão de Autocaravanismo, tendo sido substituído por
Artur Monteiro a quem desejo as maiores felicidades nas funções que aceitou
desempenhar.
Contudo a Comissão de Autocaravanismo ficou mais pobre com a
saída de alguém que no âmbito do associativismo se bateu pela dignificação do
autocaravanismo em todas as vertentes.
Estou convicto que António Sousa continuará a defender
INTRANSIGENTEMENTE os mesmos princípios.
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do
Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o
autocaravanismo (e não só) – AQUI).
ESCLARECIMENTO
No período compreendido entre 1 de Junho e 30 de Setembro de
2015 a habitual “Opinião das Quintas-feiras” fica suspensa.
Nas páginas do Facebook, no mesmo período, não serão
colocados “postes”.
O Blogue “Papa Léguas Portugal AUTOCARAVANISMO” continuará, sem interrupção, a produzir
informação diária.
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