“Raríssimas são as mentes
críticas.
A maioria adota sempre e prontamente a
opinião do outro sobre qualquer coisa,
sobre o racismo, o sistema de cotas, a
Copa do Mundo...
e fazem dela imediatamente um princípio
universal.
Ai de quem ouse discordar!”
ACEITO E DEFENDO A
CENSURA?
O artigo de opinião “A
máscara caiu” (ver AQUI) divulgado na última Quinta-feira, dia 30 de
outubro, teve algumas, poucas, repercussões.
Relativamente aos que não concordaram com o artigo tenho
dúvidas acerca dos motivos pelos quais o fizeram, pois o que estava em causa
era (é) o procedimento censório e sectário dos donos do CampingCar.
Outros manifestaram o seu apoio de diversas formas,
inclusive por mensagem electrónica e telefonema.
Não quero deixar de realçar que um dos apoiantes das ideias divulgadas
em “A máscara caiu” fez questão de me dizer que não concordava com a política
autocaravanista que eu preconizava e com as críticas à FPA, mas que defendia o
meu direito de não ser censurado e ter liberdade de expressão. Regozijo-me com
a atitude de defesa que esse companheiro autocaravanista faz de um importante direito e tenho pena que não compreenda a política autocaravanista
que preconizo.
Quero também dar a conhecer, neste caso porque é público, a
posição que é assumida no “Fórum Livre
Rolante”, através do artigo de opinião “Autocaravanismo
em análise critica” (ver AQUI) onde, segundo se pode ler, está “De volta à ribalta
para denunciar mais uma vez o que certas pessoas, certas instituições, certos
clubes e até certas coisas pretendem fazer a todos aqueles que ousam
denunciar o que de facto se desenrola em torno de uma Autocaravana.”
A todos os autocaravanistas que apoiaram o meu artigo de
opinião “A máscara caiu” que é um
manifesto contra a censura e o sectarismo, o meu reconhecimento, inclusive ao
companheiro que não obstante não concordar com as minhas opiniões sobre
autocaravanismo defende o meu direito de as divulgar. Estes procedimentos
democráticos merecem destaque.
A censura é usada das mais diversas formas, com os mais
diferentes pretextos e com objectivos que por vezes nos não apercebemos no
imediato. Em Portugal, é consenso (?) que pelo menos desde o reinado de D.
Fernando existe censura e, mesmo depois do 25 de abril (depois da Revolução dos
Cravos) algumas alegadas manifestações de censura tiveram lugar, sendo a mais
conhecida (?) a que originou o veto à candidatura do romance "O Evangelho Segundo Jesus
Cristo", de José
Saramago, ao Prémio Literário Europeu, com o
pretexto (?) de que a obra desunia o povo português.
Pode-se argumentar da forma que se quiser, mas as questões
de fundo que se colocam a todos os autocaravanistas e a todos (e a cada um) dos
cidadãos são as seguintes:
- Aceito e defendo a existência de censura?
- Se aceitasse a existência de censura em quem delegaria os poderes censórios?
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