sábado, 16 de novembro de 2013

Recordando José Saramago - 16 de novembro de 1922



NO DIA DO NASCIMENTO DE UM PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA

A Fundação José Saramago, instalada na Casa dos Bicos, em Lisboa, assinala a data em que o escritor faria 91 anos - 16 de Novembro - com uma programação de leituras nas estações do Metro de Lisboa.

Na Casa dos Bicos, decorrerá, às 16h30, uma sessão de contos com Rodolfo Castro e, às 18h00, serão apresentadas duas novas edições de obras de José Saramago: de «Claraboia», com a reprodução do primeiro original dactilografado, e de «A Maior Flor do Mundo», agora com ilustrações de André Letria.


No manifestado do «Dia do Desassossego» criado pela Fundação José Saramago, encorajam-se os leitores a ler nas ruas: «Enchamos Lisboa e as nossas cidades de livros. Leiamos na rua, em voz alta ou em silêncio. Leiamos para nos reconhecermos, para nos reforçarmos, para sermos mais lúcidos e independentes. Leiamos para nos conquistarmos».




COMENTÁRIOS

«Eu, pessoalmente, perdi um amigo. Um grande homem, um grande escritor que construiu ao longo de 87 anos uma obra notável: são milhares de páginas de poesia, também de romance e também de crónica. “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, “Memorial do Convento” e “Ensaio sobre a Cegueira” constitui um marco comparável ao das grandes obras de autores como Eça de Queirós, Almeida Garrett ou Fernando Pessoa».
Zeferino Coelho, editor de José Saramago

«Saramago foi muito importante pelo modo generoso como recebeu os novos autores e como sempre me tratou, com grande atenção e generosidade».
Gonçalo M. Tavares, escritor, autor de «Jerusalém", Prémio Saramago em 2005

«Saramago era um homem lógico, dizia que a morte é simplesmente a diferença entre o estar aqui e já não mais estar. Combatia as religiões com fúria, dizia que elas nos embaçam nossa visão, mesmo assim não consigo deixar de pensar que adoraria que neste momento ele estivesse tendo que dar o braço a torcer ao ser surpreendido por algum outro tipo de vida depois desta que teve por aqui».
Fernando Meirelles, realizador do filme «Ensaio Sobre a Cegueira»

«Enorme humanismo e a elevadíssima qualidade da literatura».
Azio Corghi, compositor italiano, que compôs três óperas a partir de obras de Saramago

 «A obra de Saramago é cheia de curiosidade, de desejo, de perguntas e de angústias e de uma profundidade única sobre a sociedade portuguesa da qual os franceses se sentem tão perto e estão todos agarrados»
Bernard Kouchner, ministro dos Negócios Estrangeiros e Europeus de França

«Um homem que, pela sua projecção internacional e pelo prémio Nobel que recebeu, foi efectivamente um interventor que aumentou a imagem e o prestígio do país».
Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências de Lisboa

 «Há figuras que fazem parte da História e fazem com que o país faça História no mundo, e Saramago é uma delas».
António Victorino d'Almeida, maestro

 «Viveu plenamente a sua vida e triunfou porque deixa a sua marca entre os homens e uma grande memória. Tinha com Saramago uma relação muito afectuosa, uma figura que admirava como escritor e como pessoa».
Hélia Correia, escritora

 «Gostei de saber que Saramago terá ‘partido’ em paz. E penso que não poderia ser de outro modo. Foi uma pessoa que sempre procurou dizer o que pensava, e isso dá uma grande leveza a quem se permite fazê-lo, ao mesmo tempo que imprime seriedade às suas convicções».
Ondjaki, escritor angolano

 «Foi um homem que afirmou a sua criação literária através da liberdade de pensamento».
Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura

 «Saramago olhava para a história humana como a história do desentendimento dos homens com Deus, mas a história humana também pode ser vista como a história do entendimento dos homens com Deus».
José Tolentino de Mendonça, poeta

 «Saramago contribuiu para a promoção internacional da literatura portuguesa no mundo, até de outros autores, designadamente os mais jovens».
José Jorge Letria, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores

 «Para a literatura portuguesa - a literatura do mundo contemporâneo, aliás — representa a perda de um de seus maiores escritores em todos os tempos».
João Ubaldo Ribeiro, escritor brasileiro

 «Saramago não tinha uma escrita fácil, acredito que não era muito popular. Posso até dizer que tinha uma escrita quase para especialistas. Mas a sua vasta obra continuará, com certeza, a ser uma referência em língua portuguesa».
Arménio Vieira, escritor e poeta cabo-verdiano

 «Foi uma desinteligência legítima com Portugal [a propósito de José Saramago ter deixado o país optando por viver em território espanhol], que não trata bem os que sobem acima da mediocridade, preferindo endeusar aquilo que é absolutamente medíocre».
Nuno Rebocho, poeta e jornalista




VIAGEM A PORTUGAL

Este livro procura ser a reprodução escrita e visual das múltiplas imagens colhidas por uma sensibilidade, por uma maneira de estar no mundo e ser português.”

Em “Viagem a Portugal” abundam as revelações surpreendentes de um país que julgávamos banalizado.”

Conhecer um país é aprender, de modo tanto quanto possível exato, a sua paisagem, a sua cultura, o povo que o habita.

(Trechos extraídos da apresentação do Livro “Viagem a Portugal” de José Saramago)


Considero esta obra de José Saramago imprescindível para todos os viajantes que queiram ter um conhecimento aprofundado dos locais que visitem, sendo um companheiro de viagem que se não dispensa.


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