As associações e a unidade
nos princípios
A Declaração de Princípios (ver AQUI) é o produto de uma análise de
diferentes intervenções de autocaravanistas ou, simplesmente, de interessados
no autocaravanismo. Foi com base na sintetização dessas intervenções feitas em
colóquios, em artigos de opinião e em Fóruns, que nasceu a Declaração de
Princípios subscrita por muitas associações, designadamente, como já o disse
por várias vezes, pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) e
pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo (FICC).
Já tive oportunidade de analisar cada um dos princípios
constantes da Declaração, análise que só a mim responsabiliza, análise que foi
feita e divulgada devido aos “ataques” sem consistência que durante algum tempo
sofreu a Declaração de Princípios. Os detratores da Declaração de Princípios
acabaram por se auto silenciar devido, suponho, à falta de argumentação e,
talvez, porque os pontos da Declaração são de tal forma evidentes que, por fim,
já só contestavam a forma e não a substância.
Brevemente, a partir de Junho, as análises que fiz
relativamente a cada um dos pontos da Declaração serão transcritas na rubrica
“Recordar” que todas as Terças-feiras eu aqui coloco.
Mas, a Declaração de Princípios deverá ser um documento
acabado? O Autocaravanismo deve considerar-se contido em todos os pontos desta
Declaração?
O Autocaravanismo é uma atividade em constante evolução, até
porque existe em função das pessoas e as pessoas projetam-se constantemente
para objetivos progressivamente mais avançados e, muitas vezes, diferentes. Assim,
a Declaração de Princípios é passível de poder vir a acolher novos pontos em
que os autocaravanistas se revejam.
Dois exemplos, ou melhor dizendo, dois pontos que poderiam
ser incluídos na Declaração de Princípios:
- Cartão do Autocaravanista Europeu – Concedido às pessoas que, com habilitação legal para conduzir veículos, sejam consideradas conhecedoras (através de um teste) da ética autocaravanista;
- Estacionamento em recintos hospitalares – Autorização para o estacionamento (com pernoita e apoio logístico) de autocaravanas quando os utentes comprovarem que existem familiares hospitalizados a que se pretende dar uma assistência de maior proximidade.
Serão estas e outras questões que transformarão o
autocaravanismo numa atividade responsável e aceitável como uma mais-valia pela
população, sem prejuízo de prosseguir vocacionado para o turismo.
Mas, para equacionar amplamente as questões que se colocam
ao autocaravanismo, as associações devem refletir com seriedade e antes de
mais, sobre duas questões primeiras
- Subscrição da
Declaração de Princípios
- Criação (não
orgânica) de uma Plataforma de Entendimento
Têm a palavra as associações.
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do
Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o
autocaravanismo (e não só) – AQUI)
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