quinta-feira, 17 de abril de 2014

Associações e princípios



As associações e a unidade nos princípios


A Declaração de Princípios (ver AQUI)  é o produto de uma análise de diferentes intervenções de autocaravanistas ou, simplesmente, de interessados no autocaravanismo. Foi com base na sintetização dessas intervenções feitas em colóquios, em artigos de opinião e em Fóruns, que nasceu a Declaração de Princípios subscrita por muitas associações, designadamente, como já o disse por várias vezes, pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) e pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo (FICC).

Já tive oportunidade de analisar cada um dos princípios constantes da Declaração, análise que só a mim responsabiliza, análise que foi feita e divulgada devido aos “ataques” sem consistência que durante algum tempo sofreu a Declaração de Princípios. Os detratores da Declaração de Princípios acabaram por se auto silenciar devido, suponho, à falta de argumentação e, talvez, porque os pontos da Declaração são de tal forma evidentes que, por fim, já só contestavam a forma e não a substância.

Brevemente, a partir de Junho, as análises que fiz relativamente a cada um dos pontos da Declaração serão transcritas na rubrica “Recordar” que todas as Terças-feiras eu aqui coloco.

Mas, a Declaração de Princípios deverá ser um documento acabado? O Autocaravanismo deve considerar-se contido em todos os pontos desta Declaração?

O Autocaravanismo é uma atividade em constante evolução, até porque existe em função das pessoas e as pessoas projetam-se constantemente para objetivos progressivamente mais avançados e, muitas vezes, diferentes. Assim, a Declaração de Princípios é passível de poder vir a acolher novos pontos em que os autocaravanistas se revejam.

Dois exemplos, ou melhor dizendo, dois pontos que poderiam ser incluídos na Declaração de Princípios:
  • Cartão do Autocaravanista Europeu – Concedido às pessoas que, com habilitação legal para conduzir veículos, sejam consideradas conhecedoras (através de um teste) da ética autocaravanista;
  • Estacionamento em recintos hospitalares – Autorização para o estacionamento (com pernoita e apoio logístico) de autocaravanas quando os utentes comprovarem que existem familiares hospitalizados a que se pretende dar uma assistência de maior proximidade.

Serão estas e outras questões que transformarão o autocaravanismo numa atividade responsável e aceitável como uma mais-valia pela população, sem prejuízo de prosseguir vocacionado para o turismo.

Mas, para equacionar amplamente as questões que se colocam ao autocaravanismo, as associações devem refletir com seriedade e antes de mais, sobre duas questões primeiras

- Subscrição da Declaração de Princípios
- Criação (não orgânica) de uma Plataforma de Entendimento

Têm a palavra as associações.

(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)


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