Imagem obtida em “Agência open”
CPA – Inovação e
criatividade
Um ou outro AMIGO e também alguns Companheiros
Autocaravanistas estranham a minha cruzada autocaravanista bem patenteada nos
meus escritos, nomeadamente nos meus artigos de opinião das Quintas-feiras.
A mediocridade do quase nada que se escreve sobre
autocaravanismo nas chamadas redes sociais a isso me leva. Artigos em que as
questões sejam abordadas com alguma profundidade não conheço, pois que a opção
pelas redes sociais (Facebook) não o facilitam. Qualquer comentário com mais de
10 linhas já é excessivo pelo esforço que representa lê-lo para muitas pessoas
e não dá a conhecer o pensamento base de quem se exprime. Talvez porque não
haja nesses comentários de menos que 10 linhas nenhum pensamento estruturado e
apenas se navegue ao sabor da moda do momento para se conseguir os tais cinco
minutos de fama e muitos “likes” (gosto) que tantas e tantas vezes não têm
qualquer significado.
O afastamento voluntário da política autocaravanista de
pessoas que deixaram uma marca no pensamento autocaravanista contribuiu ainda
mais para evidenciar o deserto das ideias que proliferam. Não que eu estivesse
de acordo com tudo o que escreviam, mas porque as suas ideias tinham um
princípio, um meio e um fim. Eram coerentes com os objectivos que defendiam. Tinham
uma causa. Bebi nos seus escritos algumas das ideias que defendiam para o
autocaravanismo e com eles concordei (enquanto o defenderam) na necessidade de
alterar as políticas autocaravanistas da Federação de Campismo e Montanhismo de
Portugal.
Foi graças também a essas pessoas que o CPA iniciou um
processo de transformação (que ainda continua e é imparável) libertando-se
progressivamente de praticar apenas um autocaravanismo turístico, campista, cultural,
desportivo, lúdico e iniciar o desenvolvimento de uma política autocaravanista que
defendesse e que projectasse no futuro esta modalidade. Para o confirmar basta
confrontar os Planos de Actividade do CPA com os Planos de Actividade de outras
associações congéneres para se constatar esta realidade. Enquanto no CPA,
nestes últimos anos, há, nesses Planos de Actividade, com mais ou menos
intensidade, uma preocupação que vai para além das actividades lúdicas, em
outras associações os Planos de Actividade se resumem a uma relação de
Encontros Autocaravanistas que consubstanciam o que eu chano de política
autocaravanista “porco no espeto”.
É com a colaboração do CPA que surge pela mão da FCMP uma
proposta legislativa que, no essencial, consistia na problemática relacionada
com o estacionamento de autocaravanas, mas que, presentemente, seria estultícia
qualquer entidade vir defender a criação de Leis que possibilitariam a retirada
de direitos aos autocaravanistas. Disso se terão apercebido as associações com
peso institucional relevante que deixaram cair a estratégia de solicitar uma
Lei, que poderia ser mais prejudicial que benéfica e enveredaram pelos
contactos com outras entidades que julgam poder estar mais recetivas não só aos
interesses dos autocaravanistas, como aos das populações, como ainda respeitar o
direito inquestionável à não discriminação negativa. (ver AQUI).
É com o CPA que surge a “Cartilha Autocaravanista” que foi
beber alguns dos conceitos cívicos ao Código Campista. Posteriormente surgiram
outras versões destes conceitos cívicos que não trazem nada de relevante e
inovador e que igualmente têm a sua origem no Código Campista. (ver AQUI).
É com o CPA, em colaboração com outras entidades, que surge
a “Declaração de Princípios” subscrita, entre outras pela Federação de Campismo
e Montanhismo de Portugal e, posteriormente, pela Federação Internacional de
Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo. (ver AQUI).
É com o CPA que surgem os seguros de autocaravanas, numa
época em que esses seguros eram de elevado montante, a que se seguiram os
seguros de saúde. (ver AQUI e AQUI).
É com o CPA que o Aconselhamento Jurídico gratuito é
disponibilizado aos autocaravanistas. (ver AQUI).
É com o CPA que se inicia a implementação sustentada das
Áreas de Serviço de Autocaravanas e que se divulga o primeiro Projecto de Áreas
de Serviço que foi recentemente renovado. (ver AQUI)
É com o CPA que a independência orgânica face a outras
associações de nível superior (federações, uniões, etc.) deixa de constar dos
estatutos, o que se não verifica com outras associações congéneres, que as
obrigam, estatutariamente, a não poderem desvincular-se sem que antes se
verifique uma alteração estatutária. Quando os estatutos para serem alterados obrigam
a uma maioria qualificada, qualquer alteração estatutária é mais difícil e a
desvinculação é por vezes impossível. (ver AQUI).
É com o CPA que os autocaravanistas têm uma informação jurídica
e política sobre a “sinalização pirata” que vai surgindo um pouco por todo o
lado. (ver AQUI).
Seria fastidioso prosseguir com a relação de iniciativas do
CPA, na área do autocaravanismo, que vão muito para além dos Encontros
Autocaravanistas. Estes poucos exemplos colocam o CPA a um nível interventivo
muito superior ao de uma qualquer FPA.
É esta comparação com o CPA, uma associação de referência
incontornável no Movimento Autocaravanista de Portugal, que a FPA não consegue
ignorar e que teme. Quando se pergunta qual é imagem mais importante que nos
surge quando nos reportamos à FPA, fica-se mudo. Não há nada! A FPA não alcança
os quase nenhuns objectivos a que se propõem publicamente (veja-se a Petição) e
cancela, umas a seguir às outras, as iniciativas que anuncia (Jornadas e
Colóquio na Nauticampo). Depois, recordamos aquele evento lúdico internacional
e, de novo, nos temos que questionar se uma federação existe apenas para a
realização de eventos lúdicos. Mesmo o propósito de exigir legislação
específica para o autocaravanismo é contraditória e não assenta numa proposta
concreta. Ou seja, ignora-se as bases e os princípios da legislação que a FPA
pretende. Qualquer outra associação já teria dado a conhecer e colocado à
discussão pública uma proposta de lei concreta.
No próximo Sábado (11
de Abril), na “NAUTICAMPO 2015”, o CPA vai dar mais um passo na inovação e na criatividade,
que todos os associados devem acarinhar e, também, devem elogiar a Direcção por
mais uma grande iniciativa que marcará durante muito tempo este mandato.
É uma realidade que a excelência do trabalho desenvolvido
pela “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” fazem desta organização um
exemplo em que todos têm ido beber e transformam-na numa (na verdadeira) Federação Autocaravanista de Portugal.
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma
opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)
Sem comentários:
Enviar um comentário