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GALOS À BULHA
ou
A tropa fandanga
NÃO HÁ DIGNIDADE INSTITUCIONAL
“A NAUTICAMPO terminou – CPA e FCMP de parabéns” foi um texto que
publiquei no passado dia 13 de Abril e que, como é habitual, divulguei-o no
Facebook, designadamente na página da “CATRINETA – PORTAL DO AUTOCARAVANISMO” (ver
AQUI).
Desde essa data foram feitos à pala desta publicação muito mais
de meia centena de comentários. No entanto, sem desprimor por alguns dos outros
comentários, os mais relevantes foram os feitos pela FPA, também conhecida como
Federação Portuguesa de Autocaravanismo e pelo respectivo Presidente.
Sendo fastidioso analisar em pormenor os comentários da FPA,
porém não quero de sobre eles deixar de emitir uma opinião global.
Ao longo dos comentários, que nada têm de institucional, a
FPA usa o gracejo, o sarcasmo, a falsidade, as acusações e ofensas gratuitas,
usa e abusa de expressões “baratas”, faz ameaças censórias e perde a noção da
realidade expressando-se como se estivesse numa zaragata de rua, com um
comportamento verbal que não dignifica o estatuto que diz ter e é mais próprio
de arruaceiros.
Afirmações da FPA sobre o Camping Card International (CCI),
emitido pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo
(FICC), são proferidas de forma leviana, sem quaisquer bases que o comprovem,
utilizando inclusive uma linguagem nada apropriada a quem pretende representar o
autocaravanismo e, mais grave, reporta-se à FICC como cúmplice de ladrões
utilizando a seguinte expressão: “tão ladrão é o
que vai à vinha…”
Não se baseia a FPA em nenhum facto concreto acerca da
modalidade “montanhismo”, o que revela uma ignorância muito grande sobre o que
se passa, nomeadamente no âmbito de legislação recente, além de outras
afirmações absurdas, não comprovadas, sobre a Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal (FCMP).
Nem a Associação Autocaravanista de Portugal – CPA fica
excluída da violência persecutória verbal da FPA ao ser acusada de exercer
censura e, cúmulo dos cúmulos, critica o CPA por oferecer aos presentes num
colóquio, com intenções “malévolas”, um cálice de Porto, no decorrer da acção
levada a efeito na NAUTICAMPO,
Relativamente ao autor deste texto são ditas as maiores
aleivosias.
O registo é muito pouco próprio de uma instituição que até
quer ser interlocutora dos poderes públicos e acaba por ter uma linha continuada
de comportamento que patenteia inequivocamente o desespero da FPA.
Não há dignidade
institucional!
PRIMEIRO NÓS
Contudo, no meio do verbalismo arruaceiro, surge a mais
importante afirmação da FPA que transcrevo”
“A ÚNICA solução que está à vista é os
autocaravanistas portugueses fazerem da FPA uma Federação autocaravanista
FORTE, que trate exclusivamente de AUTOCARAVANISMO como já o faz e, a partir de
dentro, definirem uma VONTADE COMUM”
Esta é realmente a parte mais reveladora do estado de alma
da FPA que sentindo-se marginalizada com a iniciativa individual do seu Presidente
da Assembleia Geral que expressou publicamente por diversas vezes estar a promover
uma reunião das associações vocacionadas para o autocaravanismo e em que, digo
eu, a FPA enquanto organização não tem lugar.
As palavras da FPA, quando confrontada com os
contactos, já havidos ou a haver, com associações vocacionadas para o
autocaravanismo feitos pelo seu Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ao que
tudo indicia em franco progresso, são mais um
aviso dirigido para o interior da FPA, sem prejuízo de passarem para
o exterior a mensagem de que não haverá compromissos que não assentem numa
VONTADE COMUM, definida a partir de dentro da FPA e que é essa a ÚNICA solução.
LEVAR NA CABEÇA
A confirmar esta minha interpretação o Presidente da FPA
esclarece também, num comentário, o seguinte:
“Ainda a frente comum com "todos à volta da
mesa". Entendemos que a questão do autocaravanismo nacional tem de ser
tratada com vista a possíveis entendimentos, primeiro entre nós e só (pouco) depois entre nós e as entidades exteriores. Temos de chegar a
consenso que nos traga união e a consequente força ou massa crítica, como
preferirem chamar.
A FPA tentou em Março passado. “Pôs a mesa” na
Batalha, convidou todos os movimentos,
grupos e clubes de que tinha conhecimento (e foram bastantes) para se “
sentarem à mesa” e levarem as suas opiniões, sugestões e tudo o que de
construtivo quisessem, para um debate
livre de onde poderiam ser tiradas conclusões que servissem a “frente comum”,
com a ajuda de uma comissão de redacção.
Cumprimos a nossa obrigação – não tivemos uma única
resposta, fora da FPA.
Os Senhores autocaravanistas, (organizados
e/ou desorganizados), parece que se sentem bem assim. Gostam de levar na cabeça e de carpir as suas mágoas mas não se
chegam à frente. Cada um tem aquilo que merece e para o que trabalha! NÓS NÃO
DESISTIREMOS!” (sublinhados meus)
Este pensamento do Presidente da FPA, além de confirmar o
que a FPA enquanto organização definiu como política de relacionamentos, não
tem segundas leituras.
As afirmações que faz são transparentes:
- primeiro entre nós, cá dentro da FPA, entendamo-nos (porque não se entendem?);
- depois entre nós e as entidades exteriores, para chegarem a um consenso que traga força (a quem?) à FPA;
- A FPA convidou todos os movimentos, grupos e clubes para um debate livre de onde poderiam ser tiradas conclusões que servissem a “frente comum”, ou seja, as reuniões com os Clubes, sob a égide da FPA, já se poderiam ter realizado se o convite tivesse sido aceite (porque não foi?);
- Os Senhores autocaravanistas, Gostam de levar na cabeça e de carpir as suas mágoas, admoesta quase a terminar o Presidente da FPA, tal mestre-escola dirigindo-se aos meninos mal comportados.
UMA AUTÊNTICA TROPA
FANDANGA
É uma tristeza! E agora?
Agora o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA só lhe
resta dizer aos Clubes que pretende sentar à mesma mesa que “primeiro entre nós”, os da FPA, temos que nos
entender, porque é assim que o Senhor Presidente da FPA quer.
Ou então, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA pode
convocar uma Assembleia para destituir o Presidente. O que talvez não fosse uma
má ideia. Com a destituição do presidente até podia acontecer (quem sabe!) que
entrasse mais algum clube para a FPA. Saía um… entravam muitos! Era um bom
negócio. Tinham mais dinheiro… Pensem nisso, é a sugestão que dou.
Por este andar os
dois Presidentes ainda andam à bulha. Mas, estas e outras balburdias, já a
FPA nos habituou:
- Entram clubes na FPA, saem clubes da FPA, tornam a entrar clubes na FPA;
- Convoca a FPA Jornadas autocaravanistas, desconvoca a FPA jornadas autocaravanistas;
- Convoca a FPA palestras na NAUTICAMPO, desconvoca a FPA palestras na NAUTICAMPO;
- Um Presidente quer uma reunião de clubes sem a FPA, outro Presidente não aceita reuniões entre clubes sem a FPA;
Uma autêntica tropa fandanga!
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do
Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o
autocaravanismo (e não só) – AQUI)
Estes textos muito longos ajudam pouco a esclarecer a questão
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