COMPREENDER PORTUGAL
(Para conscientemente melhor decidir)
Compreender o que se passa no mundo, num país, numa aldeia,
numa família, numa pessoa, ou simplificando, para compreender os
inter-relacionamentos da sociedade humana, é necessário, mesmo imprescindível,
conhecer os acontecimentos do passado e interpretá-los à luz da época em que
ocorreram com o conhecimento global do presente.
Ter esse conhecimento (ou qualquer outro) é ter poder. O
poder de poder tomar as melhores decisões nos momentos apropriados.
Mais importante que o simples conhecimento dos factos é a
interpretação que deles fazemos para obstaculizar no presente decisões
incorretas com efeitos nefastos no futuro. Daí a importância das conceções
filosóficas da história.
O relegar da leitura para quinto plano, já devido a alegada
falta de tempo, já devido à ausência de hábitos que se apreendem na juventude e
que se transformam posteriormente numa necessidade, já devido ao aliciante da
informação através da imagem (embora não concorde que uma imagem substitua mil
palavras) tem motivado que alguns órgãos de informação produzam pequenos documentários
históricos, romanceados ou não.
Na internet existem centenas desses filmes e não obstante o
acesso ser fácil não são especificamente procurados. Concentrarmo-nos mais que
10 minutos sobre a mesma temática não é apetecível numa sociedade em que
“alguém” serve essencialmente informação pronta a consumir e nos dispensa de
sobre ela refletirmos ao, também, providenciar-nos de forma subliminar, inclusive
em anteriores divulgações, a disfarçada interpretação dos factos.
Por tudo o que digo e pelo mais que não disse, irei
sugerir, durante alguns domingos, a visualização de alguns vídeos sobre
História.
Que os mesmos vídeos contribuam para que o relacionamento
com o passado nos faça compreender o nosso presente e decidir, melhor do que já
fizemos, o nosso futuro.
HISTÓRIA
História (do grego antigo ἱστορία, transl.: historia, que significa
"pesquisa", "conhecimento advindo da investigação") é a ciência
que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante
à análise de processos e eventos ocorridos no passado. História como
termo também pode verificar toda a informação do passado que pode ter sido
requerida ou arquivada em todas as línguas por todo o mundo, isto como
intermédio de registos.
Por metonímia, o conjunto destes
processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas investigações de Heródoto,
cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historiai).
Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o
cruzamento de dados e fontes diferentes. O estudo histórico começa quando os
homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus
antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes
períodos: Pré-História e História.
Os eventos anteriores aos
registos escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que coexistem com
sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da
cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.
AS CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS
DA HISTÓRIA
Ainda no século
XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenômenos históricos. A
que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual
ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez
uma festa na mente cordata do povo.
Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão
ligados à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da Terra,
deve ser explicado pela Divina Providência . No passado mais remoto,
a religião justificava a guerra e o poder dos governantes.
Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única
detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da
História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula
essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra
"Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi
escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador
italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de
profundo engajamento providencialista.
Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor
de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os
factos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem,
disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente
regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem econômica, política,
intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel
desempenhado pela ideia como geradora da realidade. Para os defensores
dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão
idealista.
Concepção Materialista -
Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método
dialético. A partir da publicação do Manifesto
Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich
Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam
que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas
pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade
a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de
ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e
instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia
Política", Karl Marx escreveu:
“As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções
políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento
progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da
sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas.”
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Concepção Psicológico-social - Apoia-se na teoria de que os acontecimentos
históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais
produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se
baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das
Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado
psicológico reinante em determinado agrupamento social.
O estudo do passado não pode ser
feito directamente, mas de forma mediada através dos vestígios da actividade
humana, a que é dado o nome genérico de fontes históricas.
Fonte:
Wikipédia – A enciclopédia livre
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