domingo, 9 de fevereiro de 2014

VISITE A MOITA


VISITE A MOITA


Algumas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia estão a dar mostras que consideram o turismo em autocaravana e o consequente desenvolvimento local como um nicho de mercado turístico a incentivar nas respetivas zonas de influência.

É, literalmente, o caso do Município da Moita e também da União das Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos ao promoverem um 1º Encontro Autocaravanista com a colaboração da “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”.

Com um Programa (ver AQUI) que terá lugar nos dias 14. 15 e 16 de março de 2014 e em condições (ver AQUI) que permitem uma participação conforme a “crise” de cada um, este Encontro Autocaravanista deve ter o apoio dos autocaravanistas para mobilizar a autarquia para a implementação de uma área de Serviços para Autocaravanas.

Do “sítio” da Câmara Municipal da Moita (ver AQUI) extraímos alguns trechos motivadores de uma
.

VISITA AO CONCELHO DA MOITA



LOCALIZAÇÃO

A Moita é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 17 600 habitantes e é sede de um pequeno município com 55,08 km² de área mas 66 029 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias.


GASTRONOMIA

É uma terra de marítimos e fragateiros cuja gastronomia está estreitamente ligada ao Rio Tejo. Nos vários restaurantes do concelho, podem ser provadas iguarias que fazem parte da gastronomia local e que merecem ser apreciadas demoradamente: destaque para a Caldeirada à Fragateiro, seguida da Massinha da Caldeirada, Ensopado de Enguias, Arroz de Marisco, Choco Frito, Massa de Peixe, Massinha de Sapateira ou simplesmente grelhados no carvão.

ARTESANATO

De entre um vasto conjunto de atividades desenvolvidas por artesãos do concelho, muitas das quais trazidas de outras regiões do País pelas vagas de migrantes que aqui se instalaram (latoaria, cestaria, olaria, entre outros), a mais emblemática do concelho da Moita é a construção de miniaturas de barcos típicos do Tejo na União de Freguesias do Gaio/Rosário e Sarilhos Pequenos.

Varinos, Faluas, Fragatas são habilmente reproduzidos à escala por antigos marítimos, cuja vida cedo os empurrou para a labuta nestas embarcações. Começaram por ser “moços”, aos nove ou dez anos, depois passaram a “camaradas” e mais tarde a “arrais”, as três etapas possíveis desta ancestral atividade que consistia em fazer o transporte de produtos e pessoas entre as margens Sul e Norte do Rio Tejo. As decorações típicas não podiam deixar de embelezar estes barcos, onde as cores garridas das tintas ilustram paisagens, cenas religiosas, números, letras e flores. 

PERCURSOS

Neste concelho que nasceu e se desenvolveu em estreita relação com o rio Tejo, vale a pena vir à descoberta da sua zona ribeirinha. Da Baixa da Banheira a Sarilhos Pequenos, a paisagem é diversa mas o Tejo, esse é comum. São 20Km de margens, alternando entre as zonas verdes tratadas, sapais e antigas salinas, cais e estaleiros navais, praia fluvial, além da animação desportiva e cultural a cargo das associações locais e das autarquias. Também a riqueza do património religioso e civil faz com que valha a pena uma visita mais demorada ao Município da Moita.

FREGUESIAS

As freguesias da Moita são as seguintes: Alhos Vedros, União das Freguesias de Baixa da Banheira e vale da Amoreira, União das Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos e Moita.

MOITA
(Freguesia)

O rio Tejo é o berço desta vila com origem num grupo de lenhadores, carvoeiros e salineiros, que no século XIV, se fixou nesta margem. Desde então, e até ao século XIX, as atividades ribeirinhas como a extração de sal, o transporte de produtos e pessoas entre esta margem e a cidade de Lisboa e a construção naval impuseram-se como a principal base de sustento económico da população, sendo o Cais da Moita o coração da vila onde fervilhavam novidades, chegavam e partiam carroças, embarcavam e desembarcavam gentes e mercadorias, numa movimentação diária cadenciada apenas pelo ritmo das marés.

A malha urbana do núcleo antigo da Moita, em frente ao Cais, estrutura-se a partir de um rua direita, paralela à margem, de onde partem enfiamentos transversais em direção ao esteiro, ligando os mais importantes locais: o Cais, a Igreja de Nª Sr.ª da Boa Viagem e o altar de Nª Senhora da Piedade, todos construídos às custas dos “marítimos”.

GAIO-ROSÁRIO e SARILHOS PEQUENOS
(União de Freguesias)

GAIO-ROSÁRIO



Habitada desde há seis mil anos, como atesta a jazida arqueológica descoberta em 1994, a área do Gaio/Rosário pertencia, no século XVI, à Quinta de Martim Afonso, propriedade de D. Cosmo Bernardes de Macedo, fidalgo da Casa d’El Rei D. João III. Contudo, o seu núcleo habitacional só viria a ter maior expressão no princípio do século XX.

Tradicionalmente relacionada com o rio desde a mais remota origem do povoado, a população dedicou-se às atividades ribeirinhas durante décadas, destacando-se a apanha das famosas ostras do Tejo e o transporte de produtos entre as duas margens, cruzando o Mar da Palha. A partir dos finais da década de 60, com o declínio das atividades ribeirinhas tradicionais, a economia passou a depender mais do exterior.

O Gaio e o Rosário apresentam atualmente um crescimento habitacional moderado e qualificado, bem como grandes potencialidades naturais para o desenvolvimento do turismo ligado ao rio.

SARILHOS PEQUENOS

Em Sarilhos Pequenos, todos os pormenores têm uma história, quase sempre relacionada com a faina no rio. Até às décadas de 60/70 do século XX, o sustento de 90 por cento da população ativa provinha das atividades ribeirinhas.

Daí que em algumas portas ainda seja possível ver penduradas as tradicionais redes de pesca que impedem os insetos de entrar. As cores garridas que continuam a ser escolhidas para as fachadas das casas também têm uma ligação com aquela atividade: ainda não há muito tempo, aproveitavam-se as tintas brilhantes dos barcos tradicionais para pintar as paredes exteriores.

A própria malha urbana do povoado, em forma de estrela, servia para o proteger dos ventos marítimos. As casas foram-se reunindo num largo central, de costas para o esteiro, a partir do qual seguem ruas e enfiamentos em direção à borda-d’água.

 Em Sarilhos Pequenos, há ainda caminhos que acabam radicalmente em antigas salinas, em áreas de embarque, no estaleiro naval e em portões de quintas onde trabalhavam, sobretudo, as mulheres dos marítimos que, desta forma, participavam no sustento da família. Quinta do Esteiro Furado (propriedade particular) é uma dessas casas rurais que se pode observar na estrada municipal que liga esta localidade ao Gaio, do lado direito.


LOCAIS A VISITAR


MOITA


XI Automobilia Ibérica da Moita
15 e 16 de março de 2014 –

O “Histórico Automóvel Clube de Entre Tejo e Sado” (HACETS) e a Câmara Municipal da Moita realizam mais uma edição da “Automobilia Ibérica”, um evento que reúne colecionadores e admiradores de veículos clássicos, para a aquisição e troca de equipamentos e acessórios, miniaturas e brinquedos, livros e manuais. Paralelamente decorre no exterior o Encontro Mensal de Concentração de Veículos Clássicos e Antigos -Especial Automobilia.

A partir das 10h. Entrada Livre.

Local: Pavilhão Municipal de Exposições
Horário: 10h-21h (Sábado); 10-19h (Domingo)
Informações: HACETS


Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boa Viagem
Largo da Igreja, Moita

Datado de 1631, este edifício foi construído a expensas da população para que a Virgem protegesse os marítimos e os viajantes. É composto por uma só nave, de estilo “Chão”, despojada de elementos decorativos, fria e funcional, típica entre o final do séc. XVI e meados do séc. XVI. Na primeira metade do séc. XVIII, foi enriquecida com painéis de azulejos azuis e brancos, relatando a vida da Virgem, talhas douradas em estilo nacional e tecto em caixotão com pinturas sobre madeira.


Altar de Nossa Senhora da Piedade
Travessa de Nossa Senhora da Piedade, Moita

Segundo fontes orais, foi mandado erigir pelos marítimos que ali iam pedir proteção antes de iniciarem as viagens. Hoje, há quem continue a colocar velas de promessas, imagens de santos, representações de partes do corpo em cera e rosários, entre outros objetos, para pedir intervenção divina. O altar é composto por um conjunto de azulejos, representando a Nossa Senhora com o filho morto nos braços, uma réplica do painel original, possivelmente do século XVIII.


Porta Manuelina
Travessa do Alferes-Mor, Moita

Trata-se de um portal manuelino bastante simples, o único que chegou até hoje na construção civil. As cantarias em vão, manuelinas pelo recorte e arco conopial, são alguns dos elementos que atestam a tipologia deste elemento que remonta aos séculos XV/XVI.


Coleção Régia
Salão Nobre dos Paços do Concelho, Praça da República, Moita

São 26 retratos dos reis de Portugal que constituem esta série de quadros, 24 dos quais da autoria de Miguel António do Amaral, pintor e professor de desenho do século XVIII. A encomenda foi feita pelo Mosteiro de Alcobaça mas, com a supressão das ordens religiosas (1834), a coleção é transferida para a Academia Real de Belas Artes de Lisboa. O ministro Fontes Pereira de Melo acaba por ceder as telas à Câmara Municipal da Moita para “adornar as salas dos Paços do Concelho”.


GAIO-ROSÁRIO

Capela do Rosário
Largo das Forças Armadas, Rosário

Do outro lado, os telhados da capital, as chaminés das zonas industriais vizinhas, a base aérea do Montijo e o metal das Pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Deste lado, a cadência calma do Rosário e a serenidade do rio. É esta a paisagem a partir desta capela, mandada erigir, em 1532, por Cosme Bernardes de Macedo, fidalgo da Casa Real. De destacar o portal manuelino, o arco triunfal de volta perfeita, com características do mesmo estilo e os painéis de azulejos azuis e brancos (séc. XVIII) com cenas da Senhora com o Menino. A Capela está classificada como imóvel de interesse público.


Jazida Arqueológica do Gaio-Rosário
Gaio-Rosário

As escavações arqueológicas realizadas pelo Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal, dirigidas por António Gonzalez e Joaquina Soares, puseram a descoberto a jazida arqueológica pré-histórica, na freguesia do Gaio/Rosário, em Julho de 1994, sendo a primeira estação a ser identificada no concelho.

Os trabalhos revelaram uma camada arqueológica dos inícios do Neolítico, com cerca de seis mil anos, correspondente a uma ocupação humana de carácter habitacional. Durante as escavações, foram recolhidos diversos materiais: lareiras com evidente ação do fogo; uma grande densidade de fragmentos cerâmicos decorados por incisão, impressões e motivos plásticos, pertencentes a recipientes destinados à confeção de alimentos e armazenamento; bem como numerosos instrumentos de sílex de pequenas dimensões, utilizados quer como flechas e arpões, quer como objetos cortantes. Este espólio arqueológico documenta não só a ocupação do local, como também a estabilidade do grupo humano que aí permaneceu.

A localização deste povoado junto à margem do Tejo sugere um tipo de economia baseado, essencialmente, na exploração dos recursos aquáticos. Após o Neolítico Antigo, o local foi abandonado e voltou a ser utilizado como lixeira doméstica, nos finais do século XVI ou inícios do século XVII.

SARILHOS PEQUENOS

Capela da Nossa Senhora da Graça
Sarilhos Pequenos

As Informações Paroquiais de 1758 dizem-nos o seguinte sobre esta ermida: “Tem outra capela no meio do lugar de Sarilhos Pequenos, termo paroquiano desta Vila; tem só um altar sem sacrário, nele S. Pedro, que é o Patrão, Santa Catarina, S. Tiago, S. João Baptista; na tribuna, Nossa Senhora da Graça; é administrada pelos moradores do mesmo lugar”.

A capela sofreu obras de restauro que desvirtuaram a sua anterior traça arquitetónica. Na sequência dessas adulterações, possui uma nave de acrescentamento moderno.


NOTA -  A fonte original da notícia pode ser acedida no Fórum do CPA.



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