A MÁSCARA CAIU
("Não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender")
“Por que é que a verdade gera ódio?
Por que é que os homens têm como inimigo
aquele que prega a verdade, se amam a vida feliz que é mais que a alegria vinda
da verdade?
Talvez por amarem de tal modo a verdade
que todos os que amam outra coisa querem que o que amam seja verdade. Como não
querem ser enganados, não se querem convencer que estão em erro.”
Santo Agostinho
Viver em democracia é difícil, principalmente quando se não
aceitam outras opiniões, se tem comportamentos sectários e se não se usam os métodos censórios e
repressores do antigamente pode dever-se a se não ter poder para tal.
Já por duas vezes (em anos distintos) os donos do CampingCar me "ameaçaram" de
bloquear as minhas intervenções perante, digo eu, as mais variadas e imaginárias malfeitorias que
tive a ousadia de escrever.
Pois agora é que foi! Os donos do CampingCar bloquearam o Papa Léguas por uma semana
“(…) para
que reflita e adeque a sua postura e modo de atuação a este fórum
(…).
Os pretextos, quanto a mim, dos donos
do CampingCar sintetizam-se na afirmação que (…) evitamos que aqui sejam feitas
(no CampingCar) referências
depreciativas em relação a instituições (…) referindo-se,
obviamente para mim, às críticas comprovadas à
FPA e chegando ao ponto de terem procedimentos intelectualmente desonestos ao darem a entender que
os factos que apresento não são verdadeiros, por serem analisados à luz de uma opinião e interpretação pessoal. Evidentemente que são analisados à luz
da minha opinião pessoal e os factos são verdadeiros (por muito que custe aos donos do CampingCar admiti-lo) e as
interpretações são legitimas e só a mim responsabilizam.
O mais recente e absurdo pretexto é a acusação de que não
respondo às questões que me são colocadas relativamente aos documentos que
escrevo. E esta acusação até tem fundamento. Efectivamente, só respondo, em
princípio, às questões que me são colocadas ao nível das ideias quando avalio
que quem as faz tem a intenção de as equacionar de forma que considero intelectualmente
honesta, com o objectivo de entender (não é concordar) a mensagem que está a
ser passada. Quando tenho dúvidas se da parte de um qualquer meu interlocutor existe boa-fé, “desligo”. Por isso, alguns têm uma resposta; outros apenas o silêncio. Não dou
importância a “intelectuais” que me parece querem apenas “brincar” com as palavras e também porque não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender.
Na realidade, o que pressuponho ser o obectivo principal dos donos
do CampingCar é que não sejam questionadas as teorias que defendem e
que não têm tido aplicação prática. Mas, os donos do CampingCar estão a ir mais longe para impedir a divulgação de uma
política autocaravanista distinta da que defendem e usam a técnica estafada de interpretar transcrições de trechos de documentos que divulgo ou, até, esquecendo que
existem outros documentos complementares que justificam e comprovam afirmações feitas.
A comportamento "isento" dos donos
do CampingCar é desmascarado quando as afirmações para justificar as
suas posições resultam num subtil ataque crítico à Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, colocando a sua mão protectora nos autocaravanistas
“puros” e ignorando que o que a FPA preconiza (e está escrito) é a
discriminação negativa das autocaravanas relativamente aos veículos de igual
gabarito.
Por muita argumentação que seja aduzida, evidenciando o
secundário para esconder o principal, o que está em causa é o apoio
envergonhado que os donos do CampingCar
dão à FPA e às teorias redutoras que tem sobre o autocaravanismo, não admitindo
e censurando todas as críticas à FPA e aos autocaravanistas “puros”, para o que
usam pretextos.
Muitas vezes me pergunto se os donos do CampingCar não tivessem sido “corridos” de uma lista
concorrente à Direcção do então Clube Português de Autocaravanas (CPA), em 2005, (ver AQUI) qual
teria sido o futuro dessa associação? Os autocaravanistas sócios do CPA que se
revissem no Campismo já teriam sido expulsos? O CPA com mais de 1000 associados
estaria agora refém de uma Federação em que os actuais 3 filiados (com menos de
uns 400 sócios) imporiam a sua vontade minoritária? Há males que vêm por bem!
Neste momento só resta aos donos do CampingCar providenciarem para que o bloqueio de uma semana ao Papa Léguas, que de forma arbitrária e facciosa impuseram, num acto censório impróprio de
democratas, se transforme numa definitiva expulsão. Se assim não fizerem, assumindo claramente a sua
posição de donos, ficam desde já
informados que dentro de uma semana estarei de novo colocando no CampingCar
opiniões sobre autocaravanismo entendido como uma modalidade com diferentes
vertentes.
Ausente por uns 4 anos do CampingCar (e não só), por vontade
própria, durante o tempo em que exerci funções directivas numa associação e por
entender que eticamente não devia comentar o quer que seja que pudesse confundir
as minhas funções de dirigente com as minhas análises pessoais, julguei que as
mentalidades sectárias e antidemocráticas estivessem, pelo menos, atenuadas no
seio dos autocaravanistas. Enganei-me. (1) Infelizmente!
Os donos do
CampingCar deixaram cair, naquele espaço, a máscara dos comportamentos isentos e democráticos. É pena!
"A verdade, tal
qual o mérito, atrai o ódio dos contemporâneos."
Voltaire
(1) NOTA: (Que faz a diferença)
Quero aqui deixar uma nota positiva que considero insuspeita relativamente ao Grupo “Catrineta
– Portal do Autocaravanismo.”
Em 30 de setembro de 2014, aquando deste Grupo ter atingido
4000 membros, escrevi (ver AQUI) o seguinte:
“Não obstante não ser
despiciente um “grupo” no Facebook ter 4000 membros não é, para mim
(obviamente), o factor mais importante.
O mais importante é que a
administração deste “grupo” não tem exercido (que eu saiba ou me tenha
apercebido) qualquer espécie de censura ou pressão sobre os autores dos postes
aqui colocados, permitindo o contraditório e a livre expressão do pensamento.
Inclusive, questões aqui colocadas que se não relacionam diretamente com o
autocaravanismo, mas que podem interessar aos autocaravanistas enquanto
cidadãos, têm sido (e bem) permitidas.
Contudo, este posicionamento
(que só dignifica a administração do “grupo”) não tem tido a correspondência
que se justificava, através de uma intervenção activa de uma significativa
quantidade de membros. Na realidade as intervenções são quase sempre dos
mesmos.
Em qualquer circunstância
“Catrineta – Portal do Autocaravanismo” está de parabéns.”
São exemplos destes
que ainda me fazem ter esperança nos comportamentos civilizados e democráticos e na compreensão (mesmo que os consensos não sejam possíveis) entre pessoas com pontos de
vista diferentes.
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