Sintra
ENCONTROS ARPIAC
Poesia na SAPA
(2005)
Não obstante esta Foto Reportagem se
enquadrada no âmbito da “Oficina de Poesia”, espaço de todos os que amavam (e
amam) o belo, projecto que inserido nas actividades da ARPIAC (Associação de Reformados, Pensionistas
e Idosos de Agualva Cacém) demonstra
que a cultura é uma necessidade.
Em Sintra, junto dos Paços do Concelho, na “Casa das
verdadeiras queijadas da SAPA”, reuniram-se numa pequena, mas muito
característica e agradável sala, mulheres e homens para quem “a poesia é para
comer”.
Além das expressões dos diferentes intervenientes nesta
tertúlia poética as imagens reportam também a beleza de Sintra.
E tudo aconteceu a 23 de Fevereiro de 2005, num dia muito
frio, numa sala de corações muito quentes, que as imagens talvez não mostrem…
Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”.
Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
Encontros ARPIAC
Poesia na
SAPA
Para ver as
fotos prima AQUI
SAPA
Já se encontram referências às Queijadas de Sintra, como
fazendo parte de pagamento de foros, no ano de 1227, quando reinava D. Sancho
II, o Capelo. Quanto ao local de origem das queijadas parece ter sido em
Ranholas, na freguesia de S. Pedro de Penaferrim.
De todas as marcas, a mais antiga é a Sapa, com fábrica na Volta do Duche, hoje
explorada por Francisco Barreto das Neves, mais conhecido por “Chico Neves”.
Através de documentos, não é possível determinar a relação de parentesco entre
“Maria Sapa”, nascida em 1756, e os outros Sapas, também de Ranholas, e que
nessa localidade fabricavam queijadas. Considera-se, no entanto, que eram todos
daquela família, oriunda daquela localidade.
Em meados do século XIX, aparece em Ranholas uma Maria das Neves, casada com
Manuel Antunes, ela da família “Sapa” e que também fabricava o afamado doce.
Com a inauguração do caminho-de-ferro, em 2 de Abril de 1887, o trânsito pela
estrada de Lisboa começou a reduzir-se gradualmente e os industriais de
queijadas que, até essa data, vinham aos domingos fazer a sua venda a Sintra
utilizando burros, viram-se na necessidade de transferir para a vila o seu
negócio.
Respeitando a receita dos seus antepassados, as queijadas fabricadas
actualmente continuam a merecer a fama que criaram.
Camilo Castelo Branco, no seu livro “Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado”,
cuja primeira edição é de 1863, diz a certa altura: “Basílio levava na
algibeira do albornoz um embrulho de queijadas da Sapa.” A que Sapa se refere?
Atendendo a que a primeira contribuição industrial que pagou Francisco Antunes
das Neves está datada de 1871 (referente à fábrica de Ranholas) parece poder
concluir-se que se refere a seus pais, a Maria das Neves (dos Sapas) e marido
Manuel Antunes ou, então, a uma irmã da primeira, Josefa das Neves, que, nessa
data distante, também fabricava em Ranholas o mesmo doce com a designação de
“Sapa”.
Fonte: Câmara Municipal de Sintra
Sem comentários:
Enviar um comentário