domingo, 18 de agosto de 2013

Acampamentos - Acampada do Marisco em Santa Tecla - 2005

Em Santa Tecla
Autocaravanismo

Acampamento CCC Galícia Vigo - 2005
Foto Reportagem

 Acampamento do Clube de Campismo e Caravanismo de Galícia (Vigo), ocorrido entre 8 e 11 de Outubro de 2005 e tradicionalmente conhecido como a Acampada do Marisco

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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MONTE DE SANTA TEGRA

O contorno do monte de Santa Tegra (em Portugal é conhecido por Monte de Santa Tecla) forma um sítio arqueológico, no qual se encontra o Castro de Santa Tegra, pertencente à cultura castreja e o mais emblemático e visitado dos castros galegos. Foi declarado Monumento Histórico Artístico Nacional (Espanha)  em 1931 e também tem a consideração de Bem de Interesse Cultural.

O castro, segundo a tese mantida por de la Peña Santos, diretor das últimas campanhas de escavações arqueológicas na década de 1980, teve uma ocupação continuada entre o século I a.C., ao pouco de começar o processo de romanização da Galiza, e o século I d.C., e que a partir desse momento começou um lento processo de abandono, que bem pôde ter sido interrompido por reocupações esporádicas temporárias em época tardo-romana. Foram encontrados também petróglifos, em várias das pedras do monte, elaborados por volta de 2000 anos antes da ocupação do castro.

Situação
Situa-se no monte de Santa Tegra, de 341 m de altitude, no extremo mais a Sudoeste da Galiza, no concelho de A Guarda, num lugar privilegiado desde o que domina a desembocadura do rio Minho. O monte tem umas ladeiras muito pronunciadas, com um domínio visual do contorno que fez dele, possivelmente, um lugar estratégico destacado desde muito antes do levantamento do castro.

Escavações arqueológicas

Embora a população De A Guarda devesse ter conhecimento da existência de vestígios de antigas edificações no monte desde faz muito tempo, em 1745, quando o Pai Sarmiento visitou A Guarda, não fez menção delas, mas, pelo contrário, fê-lo do monte, sua ermida e a romaria.
Primeiras descobertas e referências

A primeira descoberta da que se tem constância foi, em 1862, a de uma escultura de Hércules feita em bronze que foi encontrada por uns canteiros que trabalhavam perto da ermida. Esta escultura foi roubada do museu na década de 1970.

Na segunda metade do século XIX as ruínas começaram a ser valoradas na sua justa medida. Constatam-se as primeiras referências escritas das ruínas nos apontes arqueológicos de Ramón López García em 1864, e na testemunha de Manuel Murguía na sua obra "Historia de Galicia" em 1888, que deduze das ruínas um parentesco dos seus habitantes com a "raça" celta da família dos galos.

Já no século XX, foi criada na A Guarda, em 1912, a Sociedade Pro-Monte de Santa Tecla, a qual um ano mais tarde promoveu a realização de obras de acondicionamento das cercanias da ermida e o traçado de uma rodovia de acesso ao cume. As obras desta rodovia puseram ao descoberto, no lugar conhecido como Campo Redondo, muros de edificações e alicerces de vãos da muralha exterior do castro.

Perante estas descobertas, a sociedade solicitou uma autorização oficial para iniciar escavações sistemáticas no lugar, autorização que foi concedida em 26 de Fevereiro de 1914, e na que se nomeou arqueólogo chefe a Ignacio Calvo Rodríguez, do Museu Arqueológico Nacional (Espanha).

A partir deste momento o sítio começou a aparecer nos meios de comunicação. Também em 1914 o cônego Domínguez Fontela, sem nenhum tipo de argumentação, atribuiu os restos à "civilização ibérico-romana" e identificou-os com a histórica "Abóbrica" mencionada por Plínio o Velho (teoria ainda seguida na atualidade por alguns autores).

Descrição

Trata-se de um povoado castrejo-romano com uma ocupação tardia dentro da cultura castreja. Seguindo as últimas escavações feitas sua ocupação é datada entre o século I a.C. e o século I d.C., num período no que o processo de romanização do noroeste peninsular já começara. Seu abandono coincidiria com as reformas administrativas levadas a cabo pelos imperadores da Dinastia Flaviana.

Contudo, o sistema construtivo reflete uns modos construtivos muito respeitosos com a tradição castreja (predomínio quase absoluto de construções circulares frente às retangulares) e pouco influenciado pela presença romana (sempre urbanisticamente falando), se bem que estudos mais pormenorizados poderão achegar mais dados sobre esta maior ou menor influência romana.

Dentre a totalidade do escavado, o qual representa uma percentagem muito baixa do tamanho estimado do assentamento, na atualidade apenas é visitável a zona setentrional escavada na década de 1980 e algumas construções da zona mais alta do monte. A zona ou bairro oriental escavado por Mergelina e o escavado por outras equipas encontram-se cobertos por mato e árvores, e quase não é perceptível. Este estado de abandono faz impossível seu estudo. Isto, junto com a inexistência de uma planimetria do sítio, torna muito complicado o estudo em conjunto do povoado.

 Abre-se a porta Norte no seu extremo nordeste com um corpo de guarda à direita. Para o extremo meridional, e atualmente não visível pela vegetação, abre-se outra porta com um sistema de acesso em ângulo reto.

O sistema de comunicações no interior da zona setentrional baseia-se num caminho de ronda pegado à muralha que rodeia as construções.






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