Em Santa Tecla
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Autocaravanismo
Acampamento
CCC Galícia Vigo - 2005
Foto Reportagem
Acampamento
do Clube de Campismo e Caravanismo de Galícia (Vigo), ocorrido entre 8 e 11 de
Outubro de 2005 e tradicionalmente conhecido como a Acampada do Marisco
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MONTE DE SANTA TEGRA
O contorno do monte de Santa
Tegra (em Portugal é conhecido por Monte de Santa Tecla) forma um sítio arqueológico, no qual se encontra o Castro de Santa Tegra, pertencente à cultura castreja e o mais emblemático e visitado dos castros galegos. Foi declarado Monumento Histórico Artístico Nacional (Espanha)
em 1931 e também tem a
consideração de Bem de
Interesse Cultural.
O castro, segundo a tese mantida
por de la Peña
Santos, diretor das últimas campanhas de escavações arqueológicas na década de 1980,
teve uma ocupação continuada entre o século I a.C., ao pouco de começar o processo de romanização da Galiza, e o século I d.C., e que a partir desse momento começou um
lento processo de abandono, que bem pôde ter sido interrompido por reocupações
esporádicas temporárias em época tardo-romana. Foram encontrados também petróglifos, em várias das pedras do monte, elaborados
por volta de 2000 anos antes da ocupação do castro.
Situação
Situa-se no monte de Santa Tegra, de 341 m de altitude, no extremo mais a Sudoeste da Galiza, no concelho de
A Guarda, num lugar privilegiado desde o que domina a desembocadura do rio Minho. O monte tem umas ladeiras muito pronunciadas,
com um domínio visual do contorno que fez dele, possivelmente, um lugar
estratégico destacado desde muito antes do levantamento do castro.
Escavações arqueológicas
Embora a população De A Guarda
devesse ter conhecimento da existência de vestígios de antigas edificações no monte desde faz
muito tempo, em 1745, quando o Pai
Sarmiento visitou A Guarda, não fez menção delas, mas, pelo contrário, fê-lo do
monte, sua ermida e a romaria.
Primeiras descobertas e referências
A primeira descoberta da que se
tem constância foi, em 1862, a de
uma escultura de Hércules feita em bronze que foi encontrada
por uns canteiros que
trabalhavam perto da ermida. Esta escultura foi roubada do museu na década de 1970.
Na segunda metade do século XIX as ruínas
começaram a ser valoradas na sua justa medida. Constatam-se as primeiras
referências escritas das ruínas nos apontes arqueológicos de Ramón López García
em 1864, e na
testemunha de Manuel Murguía na sua obra "Historia de Galicia" em 1888, que
deduze das ruínas um parentesco dos seus habitantes com a "raça" celta da família
dos galos.
Já no século XX, foi criada na A Guarda, em 1912, a Sociedade
Pro-Monte de Santa Tecla, a qual um ano mais tarde promoveu a realização de
obras de acondicionamento das cercanias da ermida e o traçado de uma rodovia de acesso ao
cume. As obras desta rodovia puseram ao descoberto, no lugar conhecido como Campo Redondo,
muros de edificações e alicerces de vãos da muralha exterior do castro.
Perante estas descobertas, a
sociedade solicitou uma autorização oficial para iniciar escavações
sistemáticas no lugar, autorização que foi concedida em 26 de Fevereiro de 1914, e na que se nomeou arqueólogo chefe a Ignacio Calvo Rodríguez, do Museu Arqueológico Nacional (Espanha).
A partir deste momento o sítio
começou a aparecer nos meios de comunicação. Também em 1914 o cônego Domínguez Fontela, sem nenhum tipo de argumentação,
atribuiu os restos à "civilização ibérico-romana" e identificou-os com a histórica "Abóbrica" mencionada por Plínio o Velho (teoria ainda seguida na atualidade por
alguns autores).
Descrição
Trata-se de um povoado
castrejo-romano com uma ocupação tardia dentro da cultura castreja. Seguindo as
últimas escavações feitas sua ocupação é datada entre o século I a.C. e o
século I d.C., num período no que o processo de romanização do noroeste
peninsular já começara. Seu abandono coincidiria com as reformas
administrativas levadas a cabo pelos imperadores da Dinastia
Flaviana.
Contudo, o sistema construtivo
reflete uns modos construtivos muito respeitosos com a tradição castreja
(predomínio quase absoluto de construções circulares frente às retangulares) e
pouco influenciado pela presença romana (sempre urbanisticamente falando), se
bem que estudos mais pormenorizados poderão achegar mais dados sobre esta maior
ou menor influência romana.
Dentre a totalidade do escavado,
o qual representa uma percentagem muito baixa do tamanho estimado do
assentamento, na atualidade apenas é visitável a zona setentrional escavada na
década de 1980 e algumas construções da zona mais alta do monte. A zona ou
bairro oriental escavado por Mergelina e o escavado por outras equipas
encontram-se cobertos por mato e árvores, e quase não é perceptível. Este
estado de abandono faz impossível seu estudo. Isto, junto com a inexistência de
uma planimetria do sítio, torna muito complicado o estudo em conjunto do
povoado.
Abre-se a porta Norte no seu
extremo nordeste com um corpo de guarda à direita. Para o extremo meridional, e
atualmente não visível pela vegetação, abre-se outra porta com um sistema de
acesso em ângulo reto.
O sistema de comunicações no
interior da zona setentrional baseia-se num caminho de ronda pegado à muralha
que rodeia as construções.
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