Torre (Covilhã)
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Autocaravanismo
Acampamento
CCC Covilhã - 2011
Foto Reportagem
27º Acampamento da Neve que se realizou no Parque de
Campismo do Pião, nos dias 21 a 24 de Abril de 2011, organizado pelo Clube de
Campismo e Caravanismo da Covilhã e no qual esteve oficialmente representado o
CPA.
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A Covilhã é uma cidade portuguesa, porta da Serra da Estrela, com cerca de 36 356 habitantes (2011) cujo perímetro urbano é formado por
cinco freguesias: Covilhã e Canhoso, Teixoso e Sarzedo, Cantar-Galo e Vila do Carvalho, Boidobra e Tortosendo.
É a terra da indústria da lã, de
cariz operário, berço de descobridores de quinhentos, hoje uma cidade com Universidade pública.
A Covilhã está situada na
vertente sudeste da Serra da Estrela e é
um dos centros urbanos de maior relevo da região juntamente com Coimbra, Aveiro, Viseu, Figueira da Foz, Guarda, Castelo Branco etc.
O seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude.
O ponto mais alto de Portugal Continental,
a Torre (1 993 m), pertence às freguesias de Unhais da
Serra (Covilhã), São Pedro (Manteigas), Loriga (Seia) e Alvoco da Serra (Seia),
sendo, por isso, pertença de três municípios: Covilhã, Manteigas e Seia, mas dista cerca de 20 km do núcleo urbano da
Covilhã, sendo a Covilhã, por isso, a cidade portuguesa mais próxima do ponto
mais alto de Portugal Continental.
É uma cidade de características
próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos interessantes da
realidade portuguesa.
História
O passado da
Covilhã remonta aos tempos da romanização da Península Ibérica, quando foi
castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e
fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem mandou erguer as muralhas do seu primitivo castelo
foi D. Sancho I que em 1186 concedeu foral de vila à Covilhã. E, mais
tarde, foi D. Dinis que mandou construir as muralhas do admirável bairro
medieval das Portas do Sol.
Era já na Idade Média uma
das principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo
facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado
determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos
séculos XV e XVI: o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia, as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra. Em plena expansão populacional quando surge o
Renascimento, sector económico tinha particular relevo na agricultura,
pastorícia, fruticultura e floresta. O comércio e a indústria estavam em franco
progresso. Gil Vicente cita "os muitos panos finos". O Infante D. Henrique, conhecendo bem esta realidade, passou a ser
"senhor" da Covilhã. A gesta dos Descobrimentos exigia verbas
avultadas. As gentes da vila e seu concelho colaboraram não apenas através dos
impostos, mas também com o potencial humano.
A expansão para além-mar iniciou-se
com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo
Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram
no acontecimento. A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se
com Pêro da Covilhã (primeiro português a pisar terras de Moçambique e que
enviou notícias a D. João II sobre
o modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o
Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.
Entre os missionários
encontramos o Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da
Covilhã, capelão na expedição de Vasco da Gama para
a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre Francisco Cabral missionário no
Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para a Abissínia; e muitos outros
que levaram, juntamente com a fé, o nome da Covilhã para todas as partes do
mundo. Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos, tornaram-se notáveis
pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente,
a identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra
"Imagem da Vida Cristã". Um verdadeiro clássico.
A importância da Covilhã, neste
período, explica-se não apenas pelo título "notável" que lhe concedeu
o rei D. Sebastião como também pelas obras aqui realizadas e na região pelos
reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo
filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No
concelho também. Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É
o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de
citar o arquitecto Mateus Fernandes, covilhanense, autor do projecto da porta de entrada
para as Capelas imperfeitas, no mosteiro da Batalha.
As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra, atravessam o núcleo urbano e
estiveram na génese do desenvolvimento industrial. Elas forneciam a energia
hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto a essas duas ribeiras
deve hoje ser visto um interessante núcleo de arqueologia industrial, composto
por dezenas de edifícios em ruínas. Nos dois locais são visíveis dezenas de
antigas unidades, de entre as quais se referem a fábrica-escola fundada pelo Conde da Ericeira em
1681 junto à Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos criada
pelo Marquês de Pombal em 1763 junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a sede
da Universidade da Beira Interior na
qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já considerado o melhor núcleo museológico desta
indústria na Europa. A Covilhã foi, finalmente, elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870 pelo
Rei D. Luís I, por ser
"uma das villas mais importantes do reino pela sua população e
riqueza.".
Relevo
Situada na parte sudeste da Serra da Estrela, a área urbana da Covilhã possui altitudes que variam de
450 a 800 metros. É também a cidade portuguesa mais próxima do ponto mais alto
de Portugal Continental, a Torre (1.993
metros), distando cerca de 20 km do cume da Serra da Estrela. A Torre
pertence aos concelhos de Covilhã, Manteigas e Seia. A Torre também dá o nome à
localidade onde está situada, a parte mais elevada da serra.
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