Plasencia – Participantes no acampamento de Camping
Monfrague
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Autocaravanismo
Acampamento
em Camping Monfrague – 2006
Foto Reportagem
Encontro promovido pelo Camping Monfrague de Plasencia em
Dezembro de 2006.
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Plasencia
é um município
e cidade da Espanha, na província
de Cáceres, comunidade autónoma da Estremadura,
com 218 km² de área. Em 2012 tinha 41.002 habitantes
(densidade: 188,1 hab./km²). É a capital da diocese com o mesmo nome e de várias comarcas do norte estremenho, o segundo núcleo urbano
mais povoado da província de Cáceres e o quarto da Estremadura. Na cidade estão
sediados diversos serviços do estado espanhol e do governo autonómico (Junta da
Estremadura), que servem todo o norte da Estremadura.
A
cidade situa-se na entrada do sopé do vale
do Jerte, um dos principais pontos de passagem da fronteira natural montanhosa
entre o sul e o norte do centro da Península
Ibérica. A situação atual de fronteira entre as comunidades autónomas da
Estremadura e de Castela e Leão traduz uma realidade histórica muito
antiga. A área, percorrida por uma das rotas comerciais históricas mais
importantes e antigas da Península Ibérica, frequentemente designada por Via da Prata, que ligava o que é hoje Cádis ao que é atualmente Astorga, é habitada desde a Pré-história, e à data da fundação
oficial da cidade, no século XII,
tinha uma importância estratégica acrescida por ser uma zona de fronteira
disputada entre cristãos e muçulmanos, e pelos reinos cristãos
rivais de Castela, Leão e Portugal.
Cidade
importante e próspera desde que foi fundada no século XII, teve o seu apogeu entre os
séculos XV e XVII, tendo tido um papel fulcral durante a Guerra de Sucessão de Castela, na
segunda metade do século XV. A
partir do século XVII assistiu a
um declínio gradual e acentuado, para o que muito contribuíram a Guerra da Restauração de Portugal, na
segunda metade do século XVII, a Guerra da Sucessão Espanhola, no
início do século XVIII, e a Guerra Peninsular, no início do século XIX. A situação estratégica da
cidade implicou que ela fosse palco de combates e de base de tropas, que, pelas
suas necessidades logísticas, arruinaram a economia local já debilitada. Embora
não tendo sido palco de combates durante a Guerra
Civil Espanhola, esta afetou negativamente a economia local, a qual também não
beneficiou dos financiamentos à reconstrução do pós-guerra por não ter havido
estragos físicos provocados pela guerra. A inversão do declínio só chegaria nos
anos 1960, com o desenvolvimento industrial e diversas obras públicas, nomeadamente
grandes projetos de irrigação e de aproveitamentos
hidroelétricos.
Plasencia
conta com um rico património histórico, concentrado principalmente no centro
histórico bem preservado, onde ainda se respira uma atmosfera muito medieval.
Não obstante, a cidade é omitida em muitos dos roteiros turísticos mais
populares de Espanha, algo que em grande parte se deve à extraordinária riqueza
patrimonial da maior parte das cidades espanholas e à proximidade relativa de
outras cidades mais conhecidas, como Salamanca, Ávila e Cáceres. Apesar
disso, o turismo é uma atividade com alguma importância e a cidade é muito
visitada tanto pelo seu património edificado, como pelas belezas naturais da
área onde se insere, com destaque para o vale do Jerte as suas famosas cerejeiras, que produzem uma parte
considerável das cerejas produzidas em Espanha. Os períodos mais concorridos
são, além do verão, a Semana Santa e
as festas das cerejeiras em flor no vale do Jerte, que ocorrem
geralmente em abril, e que por vezes coincidem com a Semana Santa.
História
A
região de Plasencia foi habitada desde a Pré-história,
facto comprovado por descobertas arqueológicas, nomeadamente na Gruta de Boquique. Nas imediações da cidade há vestígios
de um castro e durante o império romano existiu na zona um acampamento militar
das legiões romanas, ligado à estrada
romana denominada Via da Prata, rota que se pensa
existir desde os tempos de Tartessos (séculos X a VI a.C.).
A
área foi conquistada em 1186 por Afonso VIII de Castela, que fundou
a cidade atual no mesmo ano e a dotou da muralha que ainda hoje é um dos ex-libris da cidade, sendo considerada um dos
conjuntos defensivos medievais mais bem preservados da Europa.
A
cidade prosperou durante toda a Idade
Média e atingiu o seu apogeu nos
séculos XV e XVI, período em que
foi palco de alguns episódios importantes da história peninsular, nomeadamente durante a Guerra de Sucessão de Castela (1475-1479), período em que assistiu ao
casamento do rei Afonso V de
Portugal com a sua sobrinha Joana de Trastâmara, a Beltraneja, pretendente ao
trono de Castela, que viria a
perder para a sua meia-irmã Isabel,
a Católica.
A
partir do século XVII a cidade entrou em declínio, uma situação que só seria
invertida na década de 1960, tendo sofrido muito com as várias guerras
peninsulares - da Restauração
portuguesa (1640-1668), Sucessão Espanhola (1702- 1714) e Peninsular (invasões francesas, conhecida em Espanha
como Guerra da Independência, 1808-1814).
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