Aldeia de Chãos (Rio Maior) |
ASSOCIAÇÃO AUTOCARAVANISTA DE PORTUGAL
Encontro na Aldeia de Chãos
Foto Reportagem
Num Encontro
Autocaravanista de dirigentes do CPA na Aldeia de Chãos (Rio Maior), a 16 de Abril
de 2011, foram captadas 57 fotos.
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
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“A aldeia de Chãos está integrada na freguesia de
Alcobertas e por consequência no concelho de Rio Maior, distando desta cidade
cerca de 11 quilómetros. Situa-se num planalto da vertente sul da Serra dos
Candeeiros, quase no cume da serra. É uma pequena povoação com cerca de 150
habitantes que desenvolve uma agricultura de subsistência. A envolve-la
estende-se um terreno acidentado coberto, na sua grande extensão, por vegetação
rasteira, já que os incêndios há muito lhe roubaram as árvores.
É
passeando pela aldeia que se torna possível ver os pátios antigos, onde se
agrupavam casa de habitação e arrumos, palheiro, currais, casa do forno,
arribana, cisterna e muitas vezes uma eira. O material usado na construção,
dada a localização geográfica do núcleo populacional, sempre foi a pedra que se
retirava dos campos de cultivo ou que se roubava às encostas da serra. As casas
formam um núcleo rectangular, com uma abertura para a rua, normalmente fechada
por um portão de madeira, que mais recentemente foi substituído pelo portão de
ferro. Nas décadas de 60 e 70 a decadência da agricultura proporcionou um
aumento de criação de porcos e endinheiramento de algumas famílias. As
pecuárias, construídas apenas em tijolo à vista espalharam-se rapidamente pela
encosta desfigurando o núcleo habitacional. Com a desvalorização da carne de
porco, quase todas as explorações encerraram as portas e os edifícios
encontram-se actualmente em ruínas.
Hoje,
as famílias sustentam-se pelo trabalho fora da aldeia. Os homens estão
empregados nas pedreiras que proliferam no coração da serra dos Candeeiros, na
construção civil e nos serviços na sede de concelho. As mulheres, habitualmente
a cuidar dos filhos e da casa, continuam na aldeia a fazer as lides domésticas.
No entanto, nas gerações mais novas a tradicional mãe de família tem tendência
a acabar. As jovens mães trabalham fora e, os filhos que não têm idade escolar,
encontram-se ou no jardim infantil ou com os avós.
Na
agricultura, praticada para subsistência da casa, arranjam-se os campos para a
batata, o feijão e a horta ao pé da porta de casa. Bem vincada na aldeia é a
produção de azeite, dada a extensão de oliveira não apenas em Chãos, mas em
todo o Parque Natural.
A
natureza calcária do terreno favorece há muitos anos a existência de cavidades,
algares e grutas de diversas dimensões nesta zona da serra, tal como cursos de
água subterrâneos. Desta forma as águas pluviais não ficam à superfície tendo
que ser armazenadas em reservatórios, as velhas cisternas. Como na aldeia não
existem nascentes, a água chega até às casas pela rede pública.
A
localização privilegiada da aldeia oferece uma paisagem de rara beleza que se
estende a perder de vista. Santarém e algumas das povoações das margens do Tejo
avistam-se para sul. Mas é quando se sobe acima da aldeia, “à serra”, no lado
oeste, que o olhar alcança, em dias de céu limpo, a Nazaré, S. Martinho do
Porto, Peniche e, mais ao longe, as Berlengas. Nos dias mais límpidos o olhar
chega à Serra da Arrábida.”
Fonte: Cooperativa Terra Chã
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