sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CPA - Encontro Autocaravanista na Aldeia de Chãos

Aldeia de Chãos (Rio Maior)

ASSOCIAÇÃO AUTOCARAVANISTA DE PORTUGAL

Encontro na Aldeia de Chãos

Foto Reportagem

Num Encontro Autocaravanista de dirigentes do CPA na Aldeia de Chãos (Rio Maior), a 16 de Abril de 2011, foram captadas 57 fotos.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.  

Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.

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A aldeia de Chãos está integrada na freguesia de Alcobertas e por consequência no concelho de Rio Maior, distando desta cidade cerca de 11 quilómetros. Situa-se num planalto da vertente sul da Serra dos Candeeiros, quase no cume da serra. É uma pequena povoação com cerca de 150 habitantes que desenvolve uma agricultura de subsistência. A envolve-la estende-se um terreno acidentado coberto, na sua grande extensão, por vegetação rasteira, já que os incêndios há muito lhe roubaram as árvores. 

É passeando pela aldeia que se torna possível ver os pátios antigos, onde se agrupavam casa de habitação e arrumos, palheiro, currais, casa do forno, arribana, cisterna e muitas vezes uma eira. O material usado na construção, dada a localização geográfica do núcleo populacional, sempre foi a pedra que se retirava dos campos de cultivo ou que se roubava às encostas da serra. As casas formam um núcleo rectangular, com uma abertura para a rua, normalmente fechada por um portão de madeira, que mais recentemente foi substituído pelo portão de ferro. Nas décadas de 60 e 70 a decadência da agricultura proporcionou um aumento de criação de porcos e endinheiramento de algumas famílias. As pecuárias, construídas apenas em tijolo à vista espalharam-se rapidamente pela encosta desfigurando o núcleo habitacional. Com a desvalorização da carne de porco, quase todas as explorações encerraram as portas e os edifícios encontram-se actualmente em ruínas.

Hoje, as famílias sustentam-se pelo trabalho fora da aldeia. Os homens estão empregados nas pedreiras que proliferam no coração da serra dos Candeeiros, na construção civil e nos serviços na sede de concelho. As mulheres, habitualmente a cuidar dos filhos e da casa, continuam na aldeia a fazer as lides domésticas. No entanto, nas gerações mais novas a tradicional mãe de família tem tendência a acabar. As jovens mães trabalham fora e, os filhos que não têm idade escolar, encontram-se ou no jardim infantil ou com os avós.

Na agricultura, praticada para subsistência da casa, arranjam-se os campos para a batata, o feijão e a horta ao pé da porta de casa. Bem vincada na aldeia é a produção de azeite, dada a extensão de oliveira não apenas em Chãos, mas em todo o Parque Natural.

A natureza calcária do terreno favorece há muitos anos a existência de cavidades, algares e grutas de diversas dimensões nesta zona da serra, tal como cursos de água subterrâneos. Desta forma as águas pluviais não ficam à superfície tendo que ser armazenadas em reservatórios, as velhas cisternas. Como na aldeia não existem nascentes, a água chega até às casas pela rede pública.

A localização privilegiada da aldeia oferece uma paisagem de rara beleza que se estende a perder de vista. Santarém e algumas das povoações das margens do Tejo avistam-se para sul. Mas é quando se sobe acima da aldeia, “à serra”, no lado oeste, que o olhar alcança, em dias de céu limpo, a Nazaré, S. Martinho do Porto, Peniche e, mais ao longe, as Berlengas. Nos dias mais límpidos o olhar chega à Serra da Arrábida.”





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