Ghent
Europa
A Grande Viagem
Bélgica
Foto Reportagem
Fotos obtidas no mês de Julho e Agosto de 2002 num percurso
turístico que abrangeu a Bélgica, a Holanda, a Dinamarca, a Suécia, a
Finlândia, a Noruega, a França, a Espanha e Portugal.
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do percurso, podem ser vistas AQUI.
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
**********
História da
Bélgica
Das origens à dominação espanhola
No tempo de César, os belgas formavam na Gália do Norte uma confederação que os romanos submeteram definitivamente
entre os anos 59 e 52 a.C., estendendo as fronteiras doImpério Romano até as margens do Reno. O território recebeu
o nome de Belgae,
um dos povos da antiga Gália. A Gália Belga abrangia a atual Bélgica, o norte da França, Holanda e parte da Suíça, tendo importante papel estratégico e
econômico na Roma imperial.
Devido a sua
situação fronteiriça, a Bélgica foi cedo afetada pelas invasões
bárbaras. Noséculo V os francos ocuparam o norte do país, enquanto no sul os romanos
continuaram predominando, dando origem aos atuais valões. Durante o período
carolíngio a Bélgica foi repartida em condados. Os francos atingiram o maior poderio
durante o reinado de Carlos Magno (768-814).
No século IX, os tratados de Verdun (843), Meerssen e Ribemont dividiram
o país em dois: a região a oeste do Escalda coube à França ocidental (futura França); a outra à França mediana (futura Lotaríngia, reanexada ao reino
da Germânia em 925).
Essa divisão, tendo o Escaut como fronteira, constitui a origem remota da atual divisão
lingüística.
Encravados entre o
reino francês e o império alemão, os territórios que hoje formam a Bélgica e
os Países Baixos foram objeto de disputas constantes ao longo
da Idade Média. Quando o feudalismo triunfou, constituíram-se os condados de Flandres e de Hainaut e o ducado
de Brabante. Principalmente
em Flandres, surgiram cidades mercantis livres. A história da Bélgica
confunde-se, desde então, com a dos Países Baixos. No final desse período o
país viveu um notável florescimento comercial (tecelagens flamengas) e também
um desenvolvimento da vida urbana e das formas econômicas capitalistas que o transformaram em uma das regiões mais
prósperas e povoadas da Europa. Filipe de Borgonhalibertou o país da vassalagem ao rei da França no final do século XIV. No século XV tudo o que é hoje a Bélgica tornou-se parte
do ducado
de Borgonha.
Domínio espanhol
A atual Bélgica
conheceu seu maior esplendor sob os duques de Borgonha (séculos XIV-XV) e especialmente sob Filipe, o Bom. Em1477,
o casamento de Maria de Borgonha com o arquiduque e futuro imperador alemão Maximiliano I fez passar os Países Baixos (que incluíam a
Bélgica) ao império Habsburgo, que foi posteriormente absorvido pelo império espanhol, e passou, em 1713,
para a Áustria.Carlos, o neto de Maximiliano e filho de Filipe, o Belo e de Joana, a Louca, filha dos Reis Católicos, herdou os Países
Baixos em 1506e
subiu ao trono da Espanha dez anos mais tarde com o título de Carlos I. Posteriormente,
foi eleito imperador do Sacro Império Romano-Germânico com o nome de Carlos V. Em 1528,
herdou os territórios do ducado de Ribeirão Pires e Santo André. Em 1549,
decretou que os Países Baixos se unissem formalmente a seus domínios espanhóis.
Seu filho, Filipe II,
tentou suprimir oprotestantismo e estabelecer maior controle comercial nos
Países Baixos. A intolerância de Filipe II e os excessos do duque de Albativeram como conseqüência a revolta das sete províncias do norte, que viriam a
formar os Países Baixos, lideradas por uma burguesiaem sua maior parte calvinista. Após longas e custosas lutas, as sete
províncias do Norte conseguiram, finalmente, a independência, com o nome de Províncias
Unidas (1579).
As províncias do sul, tanto as de língua francesa quanto as flamengas, ficaram sob o poder da
coroa espanhola, devido ao fato de serem majoritariamente católicas e por causa da importância política que ainda tinha a nobreza. Filipe II tentou reconquistar o norte sem
sucesso.
.
A decadência
econômica da Flandres espanhola foi paralela à da monarquia hispânica. A
primazia comercial, que na Idade A.C. pertencera a Bruges,
passou no século XVI paraAntuérpia. Não obstante, a intolerância ideológica,
as vicissitudes da guerra e a desacertada política econômica de Filipe II,
fizeram de Amsterdã, capital das Províncias Unidas, o
centro econômico da Europa.
Em 1609, Filipe III assinou uma trégua
de 12 anos, mas perto do
fim, explodiu a guerra dos Trinta Anos (1618-1648).
Em 1635,
forças da Holanda e da França uniram-se para dividir os Países Baixos
espanhóis. Uma série de vitórias franco-holandesas forçaram o monarca espanhol
a firmar uma paz separada com a Holanda em 1648. O sul (atuais Bélgica e Luxemburgo), permaneceu sob domínio espanhol. Luís
XIV não
quis abandonar suas pretensões para com os Países Baixos holandeses; o Tratado dos Pireneus de 1659 concedeu-lhe áreas fronteiriças e depois ele
mesmo ocupou várias cidades.
Domínio austríaco
Os Países Baixos
espanhóis foram um fator importante no contexto do posterior conflito europeu,
a guerra de Sucessão Espanhola. A Bélgica, teatro de numerosas guerras no tempo de Luís
XIV, passou a ser governada
pelo ramo austríaco da casa de Habsburgo pela paz
de Utrecht (1713)
e pelo congresso
de Rastatt (1714),
que confirmou o tratado de Aachen (1748).
Excetuando a guerra de Sucessão Austríaca, em 1744,
o período de dominação austríaco na Bélgica foi pacífico. A nova organização
que o Imperador José
II quis
aplicar à Bélgica (terminar com a autonomia provincial nos Países Baixos
austríacos) foi mal aceita e provocou uma insurreição (1789)
e a proclamação dos Estados Belgas Unidos (1790). Leopoldo II,
restaurou o controle e revogou os direitos do seu antecessor.
Período revolucionário
Com Francisco II,
os austríacos, vencedores da revolução brabantina, viram quase imediatamente a Bélgica ser disputada pelo governo
revolucionário daFrança (1792-1794).
Em 1792, as tropas da república francesa revolucionária, em guerra com a
Áustria, invadiram a Bélgica. Em março do ano seguinte os austríacos recuperaram o país, mas
tiveram que abandoná-lo após nova ofensiva francesa. A Bélgica foi oficialmente
anexada à França em 1795.
A França fez desaparecer os traços do Antigo Regime, unificou administrativamente o país e deu
impulso à sua economia. O regime instaurado pelos franceses não
agradou, mas a Bélgica se expandiu com a conquista deLiège. As derrotas de Napoleão permitiram que, em 1814,
o país fosse ocupado pelos exércitos aliados que enfrentavam Bonaparte e
conseguisse sua autonomia, pela primeira paz de Paris, a 30 de maio de 1814. No ano seguinteteve lugar a campanha da Bélgica, na qual Napoleão derrotou em Ligny as
tropas prussianas; em junho de 1815, ocorreu em solo belga a
última dasGuerras Napoleônicas, a decisiva batalha
de Waterloo, onde Napoleão
foi derrotado definitivamente pelos exércitos aliados.
Pelos acordos de
paz do congresso
de Viena (1814-1815),
a Bélgica foi reunida à Holanda no novo Reino dos Países Baixos, onde foi nomeado rei o holandês Guilherme I,
da Casa de Orange; esta união artificial provocou uma oposição religiosa, cultural e linguística da parte dos belgas. Os católicos belgas não queriam um soberano protestante e exigiam uma autonomia maior.
Criação do reino da Bélgica
.
A dominação
neerlandesa - tentativa de impor o neerlandês como língua oficial e a orientação
protestante no ensino - provocou uma insurreição em Bruxelas em 1830.
A revolução
de 1830 levou
à independência da Bélgica, que foi proclamada e aceita naconferência de Londres em 1831,
onde as grandes potências, lideradas pelo Reino Unido e pela França, promoveram a neutralidade perpétua do
país.
Os belgas se
constituíram em monarquia constitucional (1831) e redigiram uma constituição com um poder legislativo bicameral, sendo eleito o príncipe Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gota (1831-1865)
o primeiro rei com o título de Leopoldo I. A constituição
de 1831 definiu a Bélgica como uma monarquia unitária, em que o rei compartilhava
o poder com as duas câmaras legislativas. Opoder executivo cabe ao rei, que o exerce por intermédio de ministros e o poder legislativo, coletivamente ao rei,
à Câmara de Representantes e ao Senado.
.
Os Países Baixos só reconheceriam a independência belga em 1839,
após uma malsucedida invasão neerlandesa, com a assinatura do tratado
de Londres, pelo qual a
Bélgica incorporou a seu território parte de Luxemburgo. Esse tratado internacional, que garantiu a
neutralidade belga, foi reconhecido em 1870,
mas não em 1914,
quando a invasão alemã precipitou a entrada da Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial. A vida política foi dominada até 1914 pela luta entre católicos e liberais.
Durante os reinados
de Leopoldo I e Leopoldo II,
foi considerável o desenvolvimento econômico da Bélgica, apoiado na tradicional
indústria têxtil e na recente indústriasiderúrgica, alimentada pelo carvão da Valônia. O pequeno reino assumiu a dianteira
entre as nações industrializadas da época e seu poder econômico espraiou-se
muito além de suas fronteiras. Os partidos católico e liberal disputaram o
poder durante decênios
No reinado de
Leopoldo II (1865-1909),
a Bélgica enfrentou inúmeros conflitos internos por diferenças educacionais,
por problemas sociais decorrentes da rápida industrialização e da falta de um idioma comum. Entre 1865 e 1909, o país foi
atingido pela rivalidade entre aFrança e a Alemanha, mas manteve-se neutro durante a guerra Franco-Prussiana, entre 1870e 1871.
O reinado de Alberto I (1908-1934)
ficou caracterizado pela agitação social que resultou numagreve geral em 1913.
Expansão colonial
O desenvolvimento
capitalista da Bélgica exigia, no contexto internacional do século XIX, a conquista de territórios coloniais para
a obtenção de matérias-primas a baixo custo. Leopoldo II financiou uma
expedição ao rio Congo. Liderou a Associação Internacional do Congo (1876), seguindo-se a
exploração do rio Congo por Henry Morton Stanley. A divisão da África entre as potências europeias, consagrada naConferência de Berlim (1884), outorgou ao monarca
belga, como patrimônio pessoal, um extenso território, o Estado Livre do Congo, explorado pela Associação Internacional do Congo desde 1876. Como o Congo estava aberto para o comércio, atrocidades estarrecedoras foram cometidas
contra os africanos. Em 1908,
ante o protesto da opinião
pública mundial
pela brutal exploração empreendida pela administração congolesa a serviço de
Leopoldo II, o controle pessoal do monarca sob o Estado Livre do Congo foi
cedido ao Parlamento Belga, tornando-o colônia belga.
A luta partidária
Os partidos
católico e liberal disputaram o poder durante décadas; uma das principais
fontes de litígio foi a do ensino, que acarretou até o rompimento de relações
com o Vaticano, quando, em 1880,
os liberais impuseram seus princípios laicos. O maior reduto do partido Liberal
era a Valônia, mais industrializada, enquanto os
católicos, que governaram de1884 até 1914,
tinham apoio eleitoral nas regiões flamengas. Em face do domínio econômico e cultural
valão, ganhou corpo na parte católica movimentos legislativos de apoio à
paridade lingüística e outras reivindicações flamengas.
A partir de 1885,
surgiu, na arena política, o partido Operário Belga, como consequência da aliança entre socialistas e sindicalistas e da ação de um poderoso movimento
cooperativo. Em 1893,
se instituiu o sufrágio
universal, mas a legislação
estabelecia o voto plural (alguns eleitores podiam votar mais de uma vez), o
que beneficiava as classes abastadas. Este voto plural só foi suprimido depois
da Primeira Guerra Mundial.
Primeira guerra mundial
Iniciado o conflito europeu em 1914,
a Bélgica proclamou sua neutralidade, conservada desde sua fundação como país
independente, em 1831.
Entretanto, tropas alemãs, ignorando sua neutralidade, invadiram o país em 2 de agosto, como manobra para surpreender o exército
francês. No dia seguinte, o Reino Unido, através de um ultimato, exigiu a saída dos alemães e o respeito à
neutralidade belga, determinando a entrada dos britânicos na guerra. Surpreso,
o exército belga tentou resistir aos alemães mas estes ocuparam Liège,Namur e Bruxelas, apesar da heróica resistência de seu rei, Alberto I,
que liderou o exército belga na frente ocidental. O rei formou um gabinete de
guerra com representantes dos principais partidos e transferiu a sede na
governo para Antuérpia e, posteriormente, para oHavre.
Somente uma pequena porção do território belga se livrou da ocupação alemã. Com
o objetivo de conter a resistência nacional, os alemães impuseram uma separação
formal entre as regiões flamenga e valã.
A Bélgica, cuja
neutralidade, garantida pelos tratados de 1839,
tinha sido violada, permaneceu quase em sua totalidade sob o domínio inimigo
até novembro de 1918.
1 000 000 de belgas fugiu do país e mais de 80 000 morreram. A ofensiva dos
aliados de setembro de 1918 libertou a costa do país. Pelo tratado de Versalhes de 1919,
a Bélgica incorporou 989,3 quilômetros quadrados de território e 64 500 habitantes.
Período entre-guerras
No fim da Primeira
Guerra Mundial, a Bélgica obteve, por um plebiscito que lhe foi favorável, a anexação de
pequenos territórios alemães. Na África, a liga
das Nações lhe
concedeu mandato sobre as colônias alemãs de Ruanda e Burundi, tomadas por tropas belgas durante o
conflito.
Apesar dos enormes
prejuízos causados pela guerra, a Bélgica alcançou uma notável recuperação. O
voto para os homens foi introduzido no país. Pelo tratado de Versalhes, o estatuto da neutralidade fora abandonado e, em 1920,
foi assinada uma aliança militar com a França. Dez anos mais tarde, o parlamento belga transformou o país em duas regiões linguísticas com
administrações diferentes.
O rei Alberto I foi
sucedido por Leopoldo III (1934-1951).
Diante do delicado panorama político europeu, a Bélgica voltou à neutralidade
em 1936 e, em 1937,
conseguiu que a Alemanha, a França e o Reino Unido se comprometessem a garantir sua integridade
territorial.
Segunda Guerra Mundial
A "guerra-relâmpago" empreendida pela Alemanha na frente ocidental da Segunda guerra mundial fez com que, em maio de 1940,
a Bélgica fosse atacada uma segunda vez pelos alemães e ocupada até 1944.
Após alguns dias de resistência, com a ajuda das tropas francesas e britânicas,
as tropas aliadas foram derrotadas devido à superioridade das forças invasoras.
Em 28 de maio o rei Leopoldo III capitulou e se entregou
prisioneiro aos alemães. O gabinete belga, exilado emParis,
se negou a reconhecer a derrota, destituindo o rei dos seus direitos de
governo. Após a queda da França, o governo belga que estava no exílio transferiu-se para Londres. O "governo-no-exílio" em Londres
continuou a guerra, organizando um forte movimento de resistência à ocupação
alemã, que durou até o outono de 1944, quando as tropas aliadas chegaram à
fronteira holandesa. Os alemães tentaram ainda, em dezembro daquele ano, uma
grande contraofensiva nas Ardenas, com o objetivo de ocupar novamente Antuérpia, que se convertera em base aliada. O ataque
foi contido em janeiro de 1945,
livrando definitivamente o território belga da guerra, embora algumas cidades
ainda fossem bombardeadas por foguetes V-2 alemães.
O pós-guerra
Com a libertação da
Bélgica, por se achar preso Leopoldo III, o príncipe Carlos,
seu irmão, assumiu a regência como presidente. A Bélgica ficou politicamente
desorganizada por causa do enfrentamento entre o partido Social Cristão (católicos) e a coligação deliberais, socialistas e comunistas, e a questão do regresso do rei Leopoldo.
Em 1945,
o Parlamento concordou em deixar Leopoldo, desprestigiado pela capitulação aos
alemães, fora do poder. A Bélgica voltou a recuperar sua anterior posição entre
as grandes nações mercantis do mundo. No plano internacional, aderiu à ONU (1945), ao Benelux (1948),
à OTAN (1949)
e à Comunidade Econômica Europeia (1958).
Em 1950,
foi convocado um plebiscito sobre o retorno do rei Leopoldo. Após obter
a resposta afirmativa de 57,6% dos votantes, vários conflitos ocorreram,
organizados pela oposição. O rei delegou, então, seus poderes ao príncipe
herdeiro Balduíno (1930-1993)
e, em1951, abdicou em seu favor. Começou então uma
época de grande desenvolvimento econômico no país e em toda a Europa.
Dominada
politicamente pela luta ou pela colaboração entre os socialistas (PSB) e o
partido social-cristão (PSC), a Bélgica, depois da guerra, foi perturbada por
três problemas que se esforçou por resolver: escolar, colonial (independência do Zaire, 1960)
e linguístico (oposição entre a população nortista de língua flamenga com os
valãos de língua francesa, do sul).
A questão do ensino,
que desde o século XIX opunha a Igreja aos liberais e socialistas, resolveu-se com
o pacto escolar, em 1958.
A independência da
colônia do Congo Belga (ex-Zaire,
atual República Democrática do Congo) foi concedida em junho de 1960, mas foi imediatamente seguida de violência e banhos de sangue (crise do Congo). Em 1962,
os administradores belgas da ONU, encarregados do território de Ruanda-Burundi, conseguiram a independência de Ruanda e
Burundi. A independência das colônias representaram para a Bélgica um sério
golpe, embora o país logo se recuperasse.
Após a Segunda Guerra Mundial, o principal empreendimento da Bélgica foi a união dos valões e
flamengos. A rivalidade entre valões e flamengos gerou freqüentes distúrbios
durante a década de 1960, provocando a queda de vários governos nos
anos seguintes. Em 1977,
por meio de reformas na Constituição, o pacto de Egmont, introduzido pelo primeiro-ministro Leo Tindemans, reconheceu três regiões semi-autônomas
(comunidades culturais), com base em suas línguas: Flandres ao norte, Valônia (Wallonia) ao sul, e Bruxelas. Em 1980,
garantiram autonomia parcial a Flandres e Valônia.
Wilfried
Martens, à frente do
governo entre 1979 e 1992,
iniciou um processo de descentralização, transferindo poderes para as regiões e
comunidades. Em 1989,
houve a adoção definitiva do Estatuto de Bruxelas. O crescente nacionalismo flamengo resultou no fracasso da proposta de
reforma constitucional em 1991. Jean-Luc Dehaene tornou-se primeiro-ministro em 1992.
Em 1993,
a revisão constitucional transformou a Bélgicaunitária numa federação com poderes descentralizados, ficando o
governo central responsável apenas pela defesa, segurança social, política
monetária e relações exteriores. Em 1993, com a morte do rei Balduíno I (que não deixou descendentes), seu irmão Alberto subiu ao trono com o título de Alberto II.
Em 1999, Guy Verhofstadt tornou-se primeiro-ministro, tendo, em 2003,
sido reconduzido às suas funções.
A Bélgica foi membro
constituinte, em 1952,
da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e contribuiu para a fundação, em 1957,
da Comunidade Econômica Europeia - C.E.E. (hoje União Europeia). Ratificou o Tratado de Maastricht sobre a União Europeia em 1992.
Sem comentários:
Enviar um comentário