Kaarasuvanto
Europa
A Grande Viagem
Finlândia
Foto Reportagem
Fotos obtidas no mês de Julho e Agosto de 2002 num percurso
turístico que abrangeu a Bélgica, a Holanda, a Dinamarca, a Suécia, a
Finlândia, a Noruega, a França, a Espanha e Portugal.
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FINLÂNDIA
A Finlândia (em finlandês: Suomi e em sueco: Finland ),
oficialmente República da Finlândia, é um país
nórdico situado
na região da Fino-Escandinávia, no norte da Europa.
Faz fronteira com a Suécia a oeste, com a Rússia a leste e com a Noruega ao norte, enquanto a Estônia está ao sul através do Golfo
da Finlândia. A
capital do país é Helsinque.
Cerca de 5,3
milhões de pessoas vivem na Finlândia, sendo que a maior parte da população
está concentrada no sul do país.1 É o oitavo maior país da Europa em extensão
e o país menos densamente povoado da União Europeia. A língua materna de quase toda a população
é o finlandês, que é uma das línguas fino-úgricas e é mais estreitamente relacionado com o estoniano. O finlandês é apenas uma das quatro línguas oficiais da UE que não são de origem Indo-Europeia.
A segunda língua oficial da Finlândia - o Sueco - é a língua nativa de 5,5 por cento da
população.
A Finlândia é
uma república parlamentar com o governo central baseado em Helsinque e os governos locais baseados em 348
municípios. A Área Metropolitana de Helsinque (que inclui a Helsinque, Espoo, Kauniainen e Vantaa) é a residência de cerca de um milhão de habitantes
e é responsável pela produção de 1/3 do PIB total do país. Outras cidades importantes
incluem Tampere, Turku, Oulu, Jyväskylä, Joensuu, Kuopio e Lahti.
A Finlândia foi
uma parte da Suécia e em 1809 um Grão-Ducado autônomo dentro do Império Russo. A Declaração de independência da Finlândia foi feita em 1917 e foi seguida por uma guerra civil, guerras contra a União Soviética e a Alemanha nazista e por um período de neutralidade oficial
durante a Guerra Fria. A Finlândia aderiu à ONU em 1955,
à OCDE em 1969,
à União Europeia em 1995 e desde o início, faz parte da Zona do Euro. O país foi classificado como o segundo
mais "estável" do mundo, depois da Dinamarca, em uma pesquisa baseada em indicadores
sociais, econômicos, políticos e militares.
A Finlândia teve
um atraso relativo no seu processo de industrialização, permanecendo como um país essencialmente agrário até os anos 1950.
Posteriormente, o desenvolvimento econômico foi rápido e o país atingiu um dos
melhores níveis de renda e qualidade de vida do mundo já na década de 1970 . Entre 1970 e 1990,
a Finlândia construiu um Estado de bem-estar social.
Depois de uma
depressão econômica no início de 1990,
os sucessivos governos do país reformaram o sistema econômico finlandês,
mantendo entretanto um papel do Estado preponderante, servindo tanto como
financiador de empresas privadas como sendo ele próprio um stakeholder, através
de empresas públicas muito eficazes. O sistema de bem-estar social e uma
tradição de estado presente impediram que as experiências de privatizações e
desregulamentação econômica européias fossem plenamente incorporadas na
Finlândia.
A Finlândia é país
desenvolvido de primeiro mundo muito bem colocado nas mais diversas
comparações socioeconômicas internacionais, cuja população usufrui de um
altíssimo nível de desenvolvimento humano, refletido pelo país possuir alguns dos melhores índices de qualidade de vida, educação pública, transparência política, segurança
pública, expectativa
de vida, bem estar social, liberdade
econômica, prosperidade, acesso à saúde pública, paz, democracia
e liberdade de imprensa do mundo. As cidades do país também estão
entre as "mais habitáveis" do mundo, figurando entre as mais limpas, seguras e organizadas do mundo. Em 2009, o país foi classificado
na 1ª posição do Índice de Prosperidade Legatum, que é baseado no desempenho econômico e na qualidade de vida.
Etimologia
A origem do nome
"Suomi" (Finlândia) tem origem incerta. Uma das teorias mais aceitas
é que seja um derivado da palavra proto-báltica "Zeme", que significa
"Terra", denominação também utilizada em outros idiomas bálticos,
como oletão e o lituano.
A expressão
"Finlândia" tem muita semelhança com o nome de outros lugares
escandinavos, como Finamarca, condado da Noruega, e Finnveden, pequeno território sueco.
Alguns desses nomes são, obviamente, derivados de "Finnr", palavra
alemã que descreve um viajante e supostamente refere-se a um nômade, alguém sem residência fixa. O
termo "Finn" também costuma se referir a um grupo de 70 mil pessoas Sami com origens na Lapônia "Finn" originalmente era usado
para designar pessoas da Finlândia
Própria no século XV, quando a igreja nomeou um bispo com
autoridade que abrangia todo o país. Com o tempo, o termo passou a designar
também toda a população.
Entre os
primeiros documentos a mencionar uma "terra de finlandeses" estão
duas runas.
Uma está em Söderby, Suécia, com a inscrição "finlont" (U 582), e a
outra está na ilha sueca de Gotland, situada no Mar Báltico, com a inscrição "finlandi" (G
319), as duas são datadas do século XI.
História
De acordo com
evidências arqueológicas, a área onde agora é a Finlândia foi
estabelecida primeiramente em torno de 8500 a.C. durante a idade da pedra enquanto a última era do gelo retrocedia. Os
povos mais adiantados provavelmente eram caçadores e camponeses, vivendo na tundra e com o que o mar poderia oferecer. A cerâmica é conhecida desde 5300 a.C. A existência de
um sistema de troca extenso durante o período mesolítico é indicada pela
propagação do asbesto e da pedra-sabão na Finlândia
oriental, e por existir ardósia na Escandinávia, na Rússia, no sul do lago Onega além de na Escandinávia do norte. Desconfia-se
(e é tido como provável) que os falantes das línguas fino-úgricas chegaram à
área durante a idade da pedra, e foram possivelmente os primeiros colonos
Mesolíticos.
A chegada da
cultura do Machado de Batalha no litoral da Finlândia do sul, em torno de 3200
a.C., pode ter coincidido com o começo da agricultura. Entretanto, os registros mais adiantados
da agricultura são do milênio passado. A caça e a pesca continuam a ser partes importantes da
economia, especialmente nas partes norte e oriental do país. A idade do bronze
(1500-500 a.C.) e a idade do ferro
(500 a.C.-1200) foram
caracterizadas por contatos extensivos com a Escandinávia, o norte da Rússia e
a região Báltica
Domínio sueco
Os primeiros
suecos desembarcaram na costa finlandesa na época medieval. Os reis suecos
estabeleceram as primeiras regras no país em 1249.
Pouco tempo tempos, o país foi agregado e completamente colonizado pela Suécia. O sueco tornou-se a língua oficial nobreza,
administração e educação. O finlandês tornou-se uma língua secundária, falada
principalmente pelos camponeses e peloclero.
O Bispo de Turku era a pessoa preeminente na Finlândia antes da Reforma
Protestante.
Durante a
reforma, grande parte do país aderiu ao luteranismo. No século XVI, Mikael Agricola publicou os primeiros trabalhos escritos na
Finlândia, a primeira universidade do país, "The Royal Academy of
Turku", foi inaugurada em 1640. O
país passou por uma grave fome entre 1676 e 1697,
e cerca de um terço da população morreu. No século XVIII, uma intensa guerra entre Suécia e Rússia acarretou em duas ocupações da Rússia no
país, foi a Grande Guerra do Norte, na qual a Suécia enfrentou Rússia, Dinamarca, Noruega e a República das Duas Nações. Ao fim, a guerra tornou-se um conflito concentrado entre
Suécia e Rússia, a chamada Guerra Finlandesa.
Grão-ducado da Finlândia
Em 29 de março de 1809,
depois de ter sido tomada pelas forças militares de Alexandre I da Rússia, a Finlândia tornou-se o Grão-ducado da Finlândia, autônomo no império russo até o fim de 1917,
durante esse tempo, a língua finlandesa ganhou mais espaço, e a partir de 1860,
um forte movimento popular nacionalista cresceu.
Em 1835,
foi publicado o Kalevala, que se tornou um épico nacional,
e em 1882,
o finlandês foi declarado o idioma oficial no estatuto nacional. A fome matou
cerca de 15% da população entre 1866 e 1868,
uma das maiores fomes da história europeia, o que levou a Rússia a facilitar a
regulamentação financeira. O crescimento econômico e político foi rápido, o PIB tornou-se
equivalente a metade dos Estados Unidos e um terço da Grã-Bretanha.
Em 1906,
o movimento conhecido como "Sufrágio
universal" foi adotado
no país. No entanto, a relação entre o Grão-ducado da Finlândia e a Rússia
entrou em crise quando o governo russo, diante do crescimento do país, quis
restringir a autonomia dada inicialmente.Por exemplo, o Sufrágio foi, na
prática, quase sem sentido, uma vez que o czar russo não tinha de dar opinião sobre
qualquer decisão tomada no parlamento finlandês. Nessa
época, os radicais liberais e os socialistas começaram as primeiras
reivindicações de independência.
Independência e
guerra civil
Após a Revolução de fevereiro a posição da Finlândia como parte da Rússia
passou a ser questionada, principalmente pelos democratas sociais. Uma vez que o chefe de estado era o czar russo, não ficava claro quem era o chefe executivo
após a revolução. Os
democratas assinaram o chamado "Power Law", que daria autoridade
máxima ao parlamento. No entanto, o governo russo não aprovou, e
dissolveu o parlamento pela força, o que foi considerado ilegal pelos
democratas, uma vez que grande parte da influência russa sobre a Finlândia foi
finalizada pelo "Power Law".
Novas eleições
foram realizadas e o partido de direita saiu-se vencedor, ele era o
principal inimigo político dos democratas. O partido derrotado se recusou a
aceitar o resultado e ainda alegou que a dissolução de parlamento foi
extralegal. Os dois partidos, quase igualmente poderosos, tornaram-se altamente
antagonizados.
A revolução russa de outubro mudou o jogo novamente. De repente, o
partido de direita reconsiderou a sua decisão de bloquear a transferência do
poder executivo russo para a Finlândia, já que radicais russos haviam tomado o
poder na Rússia após a queda do czar Nicolau II. Ao
invés de continuar vinculando o "Power Law", o partido declarou a
independência do país em 6 de dezembro de 1917.
A independência do país foi reconhecida pelo Tratado de Brest-Litovski, firmado em 3 de março de 1918.
Depois de uma
terrível guerra civil,
o partido de direita, liderado pelo general Mannerheim,
derrotou os democratas, apoiados pelos Bolcheviques russos. Após a assinatura do Tratado de
Brest-Litovski, tropas alemãs desembarcaram em Hanko,
e em 13 de abril de 1918 tomaram Helsinque. Em 13 de maio, se celebrou a vitória da "Finlândia
Branca", quando as tropas soviéticas russas se retiraram do país.
Em 9 de outubro de 1918, o senado finlandês escolheu o
alemão Federico Carlos de Hesse como rei. A abolição da monarquia na Alemanha também acabou com a monarquia na Finlândia,
e Frederico sequer chegou a visitar o país, renunciando o cargo em 14 de dezembro. A Finlândia tornou-se oficialmente
parlamentarista e elegeu Kaarlo Juho Ståhlbergcomo
seu primeiro presidente.
Entre 1918 e 1920 a Finlândia fez várias incursões em
territórios russos, essas viagens ficaram conhecidas como
"Heimosodat", cujo objetivo era criar a "Grande
Finlândia", o que não
aconteceu. O "Tratado de Tartu", firmado com a Rússia em 14 de outubro de 1920, definiu as fronteiras entre os dois
países.
Segunda guerra
mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Finlândia e a União
Soviética (URSS)
se enfrentaram duas vezes: na Guerra de Inverno (1939-40), e
na continuação da guerra entre 1941 e 1944,
durante a Operação
Barbarossa, quando a Alemanha invadiu a URSS. Durante
872 dias, tropas finlandesas e alemãs sitiaram
Leninegrado, uma das
principais cidades da URSS. Após a derrota da Alemanha pelas frentes orientais
e o subsequente avanço soviético, a Finlândia foi forçada a se retratar com a
URSS, e aceitar exigências de reparações e controle.
Vários tratados
assinados entre 1947 e 1948 determinavam que a Finlândia devia ceder à URSS boa parte de seu território, foi o
"Tratado de Paz de Moscou". A Finlândia foi forçada a reparar a
URSS pelos danos de guerra e a ceder partes da região da Carélia, bem como partes das cidades de Salla e
Pechenga, que representavam juntas 10% de seu território e 20% de sua
capacidade industrial, dentre eles o "Porto de Vyborg". Cerca de 400
mil desalojados deixaram essas áreas.
O país teve de
rejeitar a ajuda do Plano Marshall, elaborado para reestruturar a Europa,
mas foi secretamente amparada pelos Estados Unidos, que ajudaram no desenvolvimento e
contribuíram com o partido dos democratas para preservar a independência do
país. A
Finlândia passou a estabelecer comércio com o Reino Unido, e as reparações de guerra transformaram o
país em uma potência industrial. Mesmo após os reparos da URSS terem sido
feitos, o país que é pobre em alguns recursos naturais como petróleo e ferro,
continuava parcialmente dependente da URSS em questões econômicas.
A Guerra Fria
Em 1950,
metade dos trabalhadores finlandeses estava em áreas agrícolas e 30% viviam em
áreas urbanas. Novas oportunidades na indústria e comércio atraíram pessoas
para as cidades. Os Jogos Olímpicos de Verão de 1952 trouxeram muitos turistas para o país. Como
na década de 70 as oportunidades de trabalho não cresceram,
milhares de pessoas migraram para a área principal da Suécia, sobretudo em 1969 e 1970. A Finlândia participou ativamente na
liberação comercial do Banco mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Acordo Geral de Tarifas e Comércio.
Apesar de
pretender ficar neutra durante a Guerra Fria, a Finlândia esteve na chamada "Zona
Cinzenta" entre os países ocidentais. O "Tratado de YYA" deu à
URSS grande influência dentro da Finlândia, o que foi altamente explorado pelo
presidente Urho Kekkonencontra seus adversários. Ele
manteve o monopólio efetivo nas relações com a URSS, o que aumentou muito sua
popularidade. Tentou-se também evitar declarações políticas que fossem
consideradas anti-soviéticas, a chamada finlandização. Essa censura
também servia para literatura e qualquer tipo de meios de comunicação.
Apesar da
estreita relação com a URSS, a Finlândia manteve sua economia ativa no Mercado
Ocidental. O crescimento econômico do país foi rápido. Após a morte do ditador
soviético Josef Stalin, o domínio sobre a Finlândia
começou a enfraquecer: os soviéticos evacuaram uma de suas principais bases no
país, em Porkkala, em 1956,
a URSS também autorizou o país a entrar para a Associação Europeia de Livre Comércio em 1962. É
também um êxito a linha Paasikivi-Kekkonen, pela qual a Finlândia conseguiu
satisfazer várias exigências soviéticas sem afetar sua neutralidade na guerra
fria ou sua independência política.
História e eventos
recentes
Tida como uma
ponte entre os blocos capitalista e comunista, em 1973 a Finlândia participou da Conferência de
Segurança e Cooperação Europeia, cuja ata final foi assinada em 31 de julho de 1975. O fim
da URSS em 1991 implicou o fim da finlandização. Em
fevereiro de 1993,
a Finlândia começou a negociar sua entrada na União Europeia, que ocorreu em 1994 e oficialmente em 1995.
Tal como todos
os países nórdicos, a Finlândia tem sua economia liberalizada desde os anos 80. A
desregulamentação de mercado foi forte, algumas empresas estatais foram
privatizadas e houve modestos cortes fiscais, o país entrou para a zona euro em 1999. O
país foi um dos primeiros a adotar o euro como moeda oficial logo após seu lançamento,
em 1 de janeiro de 2002.
Geografia
Paisagem e
localização
A Finlândia é um
país com milhares de lagos e ilhas, 187 888 lagos e 179 584 ilhas,
mais concretamente. Um destes lagos, o Saimaa,
é o 5º maior lago da Europa.
A paisagem finlandesa é predominantemente plana, com algumas colinas e montes
baixos. O ponto mais alto do país, o Halti,
com 1328 m, encontra-se no extremo norte da Lapónia.
Cerca de 75% da
área terrestre do país está coberto por Taiga (ou floresta boreal), com pouca terra
arável, o tipo mais comum de rocha é o granito. A Morena é o tipo mais comum de solo, recoberto por
uma fina camada de húmus de origem biológica. Podzolé visto na maioria das épocas do ano, exceto nos
períodos de pouca drenagem, nessa época o solo é ocupado por Gley soils e Pauls.
Grande parte das
ilhas estão localizadas no sudoeste, no Mar
do Arquipélago, parte do
arquipélago das ilhas Åland, e ao longo da costa sul do Golfo
da Finlândia. A
Finlândia é um dos poucos países cuja superfície ainda se expande, devido a
recuperação pós-glacial que está sofrendo desde a última era glacial a superfície se expande cerca de 7
quilômetros por ano.
Um quarto do
território finlandês situa-se a norte do Círculo Polar Ártico, e consequentemente é possível experimentar o Sol da meia-noite, mais frequente à medida que se caminha
para norte. No
ponto mais setentrional da Finlândia, o Sol não se põe durante 73 dias no verão e não
nasce durante 51 dias no inverno. A distância que separa o extremo sul do país, Hanko,
do extremo norte, Nuorgam, é de cerca de 1.445 quilômetros, o
que daria cerca de 18 horas de condução.
Biodiversidade
Fitogeograficamente, a Finlândia é compartilhada entre as regiões árticas, a Europa central e por províncias da Eurásia dentro do Reino
Holárctico; assim, de
acordo com a WWFN, o país
pode ser considerado parte de três ecossistemas: a Taiga Russo-escandinava, os Bosques
Mistos de Sarmático e os Bosques Montanhosos de Vidoeiros.
A Finlândia é um
país com uma ampla variedade na fauna,
com pelo menos 60 espécies nativas de mamíferos, 248 de aves e mais de setenta espécies de
peixes e répteis, sobretudo sapos,
a maioria vinda de países vizinhos milhares de anos atrás. Além
de animais domésticos, a Finlândia abriga uma grande quantidade de ursos pardos (o animal nacional), lobos cinza, glutões, alces e renas.
Três das principais aves da Finlândia incluem o Cisne-bravo, o Cisne Grande europeu e o Tetraz-grande, considerada a ave nacional do país, um galiforme do grupo dos tetrazes que mede aproximadamente 86 cm e apresenta
coloração inteiramente escura e marrom, peito com reflexos verdes e manchas
vermelhas ao redor dos olhos. Quanto aos peixes, o Salmão costuma ser abundante nos rios e lagos, além
de ser também muito apreciado pela culinária local.
A Finlândia
ainda abriga uma das únicas três sub-espécies de foca-anelada, que habitam apenas o Lago Saimaa, no sudeste do país. O animal tornou-se, na Finlândia, um símbolo de
proteção a natureza.
Clima
Assim como a
fauna, o clima da Finlândia é extremamente diversificado devido a localização
geográfica do país, como, por exemplo, as temperaturas muito adequadas para
cultivo de grãos ao sul, mas não recomendadas para agricultura em geral ao norte devido à proximidade com o ártico.
Como dito antes,
a localização é a maior razão do clima diversificado do país, cujo inverno pode durar 180 dias de acordo com a região;
o sul costuma ficar coberto de neve de 3 a 4 meses por ano, e o norte, até 7
meses. O
inverno é extremamente rigoroso, podendo atingir temperaturas glaciais, com
baixas de até -15 °C em janeiro e fevereiro ao sul, e -30 °C ao
norte; nessa estação, as temperaturas raramente passam de +10 °C. Com a
chegada do verão e as ações do Sol da meia-noite na Escandinávia a temperatura média fica entre +15 °C e
+20 °C, mas dependendo das atividades solares podem alcançar os
+30 °C em algumas épocas.
Na Finlândia, as
chuvas são amenas e pouco frequentes, com média de 500 a 600 milímetros
anualmente ao norte e cerca de 700 milímetros ao sul, sendo que mais da metade
das chuvas caem em forma de nevasca. Como o país se encontra em uma zona de
ventos de latitude média, na fronteira entre massas de ar polares e tropicais,
há várias variações em sucessões rápidas; as condições meteorológicas na
Finlândia dependem de vários pontos como o Ciclone tropical localizado em regiões da Islândia e os anticiclones na Sibéria e nos Açores. As variações de clima nesses lugares
variam muito e podem moldar o tempo por longos períodos durante o ano.
Política
A Constituição da Finlândia define o sistema
político do
país. A Finlândia é uma democracia representativa com um sistema semi-presidencialista parlamentar. Além da política em nível estadual, os
moradores usam o seu voto nas eleições autárquicas e nas eleições da União Europeia.
Segundo a
Constituição, o Presidente da Finlândia é o chefe de Estado e responsável pela política
externa (que
exclui os assuntos relacionados com a União Europeia) em cooperação com o
gabinete. Outras competências incluem ser o comandante-em-chefe, decretos e os poderes nomeados. A votação
direta é usada para eleger o presidente para um mandato de seis anos, sendo no máximo dois mandatos
consecutivos. O atual presidente (início do mandato em 2012) é Sauli Niinistö (PCN).
O Parlamento unicameral de 200 membros da Finlândia exerce a suprema
autoridade legislativa na Finlândia. O Parlamento pode alterar as leis e a constituição, provocar a demissão do Conselho de Estado
e derrubar vetos presidenciais. Seus atos não estão sujeitos à revisão
judicial. Várias comissões parlamentares ouvem especialistas e preparam a
legislação. O voto proporcional em distritos eleitorais é usado para eleger
o Parlamento para um mandato de quatro anos. O Presidente do Parlamento é
atualmente Sauli
Niinistö (Partido
da Coligação Nacional). O gabinete (o Conselho do Estado Finlandês) exerce poderes mais executivos. É chefiado pelo primeiro-ministro da Finlândia
e inclui outros
ministros e o ministro da Justiça. A maioria do parlamento decide a sua
composição e um voto de confiança pode ser usado para modificá-lo. O atual
primeiro-ministro é Mari Kiviniemi (Partido do Centro).
Desde o sufrágio
universal ter
sido aprovado em 1906,
o parlamento tem sido dominado pelo Partido do Centro (antiga União Agrária), da Coligação do
Partido Nacional e dos Social Democratas, que têm o apoios aproximadamente iguais e representam 65-80% dos
eleitores. A partir de 1944 os comunistas eram um fator a considerar por
algumas décadas. A relação de forças entre as partes variam ligeiramente nas
eleições por causa da eleição proporcional de distritos plurinominais, mas há
algumas tendências visíveis a longo prazo. As ilhas Åland autónomas tem eleições separadas, onde os
Liberais de Åland foi o maior partido em eleições de 2007.
Demografia
A Finlândia
conta atualmente com 5.350.156 habitantes. Possui uma densidade populacional média de 17 habitantes por quilômetro
quadrado. Isto a torna, depois de a Noruega e da Islândia, o terceiro país mais escassamente povoado
da Europa.
A população da Finlândia tem sempre sido concentrada nas regiões do sul do
país, um fenômeno ainda mais acentuado após a urbanização do século XX. As maiores e mais importantes cidades da
Finlândia são as da Área Metropolitana de Helsinque - Helsinque, Espoo e Vantaa. Outras grandes cidades incluem Tampere, Turku e Oulu.
A participação
dos cidadãos estrangeiros na população finlandesa é de 2,5%, entre os mais
baixos da União Europeia.. A maioria deles são provenientes da Rússia, Estónia e Suécia. Os filhos de estrangeiros não recebem
automaticamente a cidadania finlandesa. Se eles são nascidos na
Finlândia e não podem obter a cidadania de qualquer outro país, eles se tornam
cidadãos.
Religião
Com cerca de 4,1
milhões (ou 76,4%34 da população no final de 2012) de adeptos, a
maioria dos finlandeses são membros da Igreja Evangélica Luterana da
Finlândia. A Igreja
Evangélica Luterana da Finlândia é uma das maioresigrejas luteranas no mundo, embora sua participação tenha
entrado em declínio, especialmente durante as últimas duas décadas e ainda mais
em 2006,
depois que a adesão diminuiu quase um por cento ao ano. O
número de membros saindo da Igreja Luterana da Finlândia tem vindo a aumentar
rapidamente em 2010, com um número estimado entre 70.000 - 80.000, ou cerca de
2% em 2010; com base no número de 56.000 resignações nos primeiros 10 meses de
2010. O segundo maior grupo - e o que cresce mais rapidamente - é a população
sem nenhuma afiliação religiosa, sendo 21,0% da população do país. Uma
pequena minoria pertence à Igreja Ortodoxa Finlandesa
(1,1%). Outras
denominações protestantes e a Igreja Católica Romana na
Finlândia são
significativamente menores, assim como os muçulmanos, judeus e outras comunidades não-cristãs
(totalizando 1,4% dos habitantes).
A maioria das
crianças finlandesas são batizadas (75,3% em 2012) e crismadas (83,0% em 2012) com 15 anos de idade, e
quase todos os funerais são cristãos. No entanto, a maioria dos
luteranos frequentam a igreja só para ocasiões especiais como cerimônias de Natal,
casamentos e funerais. A Igreja Luterana estima que
aproximadamente 2% de seus membros frequentam os serviços religiosos
semanalmente. A média de visitas por ano à igreja é de aproximadamente duas. De
acordo com uma sondagem do Eurobarómetro de 2010,
33% dos cidadãos finlandeses responderam que "acreditam que existe um
Deus", 42% responderam que "acreditam que existe algum tipo de
espírito ou força vital" e 22% que "não acreditam que haja algum tipo
de espírito, Deus ou força vital" — fazendo da Finlândia um dos países
com maior percentagem de ateus no mundo.
Economia
A Finlândia tem
uma economia de mercado livre altamente industrializada, com um PIB per capita igual ao de outras economias europeias, como França, Alemanha, Bélgica ou Reino Unido. O maior setor da economia é o de serviços com 65,7%, seguido pela fabricação e refino
com 31,4%. A produção primária é de 2,9%. Com relação ao comércio
exterior, o setor chave da
economia é a produção. As maiores indústrias [69] são eletrônicos
(21,6%), máquinas, veículos e outros produtos de metal engenharia
(21,1%), indústria florestal (13,1%) e produtos químicos (10,9%).
A Finlândia tem
recursos madeireiros e minerais diversos e de água doce. Silvicultura, fábricas de papel e o setor agrícola (em
que os contribuintes gastam cerca de 3 bilhões de euros por ano) são politicamente sensíveis aos
moradores rurais. A Área Metropolitana de Helsínque, gera cerca de um terço do PIB.
Em uma comparação com outros membros da OCDE em 2004,
a produção de alta tecnologia na Finlândia foi a segunda maior depois da Irlanda. As
perspectivas gerais a curto prazo são boas e o crescimento do PIB tem sido
superior ao de muitos membros da UE.
A Finlândia é
altamente integrada na economia global e o comércio internacional responde por um terço do PIB. A
União Europeia faz 60% do comércio total. Os maiores fluxos comerciais são com a Alemanha, Rússia, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos, Países Baixos e China. A
política comercial é gerida pela União Europeia, em que a Finlândia tem sido,
tradicionalmente, um dos defensores do livre comércio, com exceção para a agricultura. A Finlândia é o único país
nórdico que
aderiu à zona euro.
Infraestrutura
Educação e ciência
A maior parte do
ensino pré-universitário é organizado a nível municipal. Mesmo que muitas, ou a
maioria, das escolas tenham sido iniciadas como escolas particulares, hoje
apenas cerca de 3% dos estudantes estão matriculados em escolas privadas (escolas principalmente com sede em Helsinque), índice este menor que o verificado na Suécia e na maioria dos outros países desenvolvidos. A
pré-educação escolar é rara em comparação com outros países da União Europeia. A educação
formal é
geralmente iniciada na idade de 7 anos. A escola primária tem normalmente 6 anos de duração, o ensino
secundário menos
de 3 anos, e a maioria das escolas são geridas por funcionários municipais.
O currículo
flexível é definido pelo Ministério da Educação e pelo Conselho de Educação. A
participação é obrigatória entre as idades de 7 e 16 anos. Depois do ensino
secundário inferior,
o aluno poderá optar por trabalhar ou ir para escolas de comércio ou ginásios
(ensino médio). Escolas
de comércio preparam os alunos para as profissões. Ginásios academicamente
orientados têm requisitos de ingresso e, especificamente, preparam os
estudantes para o Abitur (tipo de vestibular) e para o ensino superior.
No ensino superior, principalmente dois setores separados e
não-interoperados são encontrados: os politécnicos profissionalizantes e as universidades de pesquisa orientada. Existem 20
universidades e 30 institutos politécnicos no país. A Universidade de Helsinque é a 108ª no Top
Universidade Ranking de 2009. O Fórum Econômico Mundial classifica o ensino superior da Finlândia
como o melhor do mundo. Cerca de 33% dos moradores do país têm
grau superior, semelhante a de outros países
nórdicos e
mais que a maioria dos outros países da OCDE,
exceto o Canadá
(44%), Estados Unidos (38%) e Japão (37%). A proporção de estudantes estrangeiros
é de 3% do total de matrículas no ensino superior, um dos índices mais baixos
da OCDE, enquanto que em programas avançados é de 7,3%, ainda abaixo da média
da OCDE que é de 16,5%.
Mais de 30% dos
licenciados são em áreas relacionadas com a ciência. Os pesquisadores finlandeses estão levando
contribuintes para áreas como melhoramento florestal, novos materiais, meio ambiente, redes neurais, a física de baixa
temperatura, a pesquisa do cérebro, biotecnologia, engenharia
genética e
das comunicações.
A Finlândia
tinha uma longa tradição de educação de adultos e na década de 1980 quase um milhão de finlandeses estavam
recebendo algum tipo de instrução por ano. Quarenta por cento deles o fizeram
por razões profissionais. A educação de adultos apareceu em uma série de
formas, tais como escolas secundárias à noite, cívica e institutos de
trabalhadores, centros de estudo, centros de curso profissionalizante e escolas
secundárias. Os centros de estudo permitiram grupos para acompanhar os planos
de estudo de sua própria autoria, com apoio educacional e financeiro prestado
pelo Estado.
As escolas secundárias populares são uma instituição marcadamente nórdica.
Originárias daDinamarca, no século XIX, as escolas superiores populares
tornaram-se comuns em toda a região. Adultos de todas as idades poderiam ficar
com eles por várias semanas e ter aulas de assuntos que variaram de artesanato à economia.
A Finlândia é
altamente produtiva em pesquisa
científica. Em 2005,
a Finlândia teve o quarto maior número de publicações científicas per capita dos países da OCDE. Em 2007,
1.801 patentes foram depositados na Finlândia.
Transporte
O amplo sistema de estradas é utilizado principalmente para o
transportes de cargas internas e tráfego de passageiros. A despesa anual da
rede rodoviária, de cerca de 1 bilhão euros,
é paga com impostos para veículos e combustíveis que ascendem em torno de 1,5
milhões de euros e 1 bilhão de euros.
A principal
porta de entrada de passageiros internacionais é o Aeroporto de Helsínquia-Vantaa, com mais de 13 milhões de passageiros em 2008.
O Aeroporto de Oulu é o segundo maior e cerca de 25 outros aeroportos tem serviços regulares de passageiros. As
empresas sediadas em Helsinque-Vantaa Finnair, Blue1 e Finncomm
Airlines vendem serviços aéreos, tanto nacional como internacionalmente. Helsinque tem uma localização ideal para o transporte
marítimo de longo curso entre a Europa Ocidental e o Extremo Oriente. Apesar da baixa densidade populacional, o governo gasta anualmente cerca de 350 milhões de euros para manter os 5.865 km de até para muitas cidades rurais. Apenas
uma empresa ferroviária opera na Finlândia, o Grupo VR,
que tem uma quota de mercado de 5% de passageiros (dos quais 80% são viagens
urbanas na Grande Helsinque) e uma quota de 25% do mercado de cargas. Helsinque
também tem uma rede ferroviária urbana.
A maioria das
cargas internacionaischega por via marítima através dos portos nacionais. A
tabela logística portuária é competitiva. O Porto Vuosaari em Helsinque, é o maior porto de contêiners após
sua conclusão em 2008.
Outros portos incluem os de Hamina, Hanko,Pori, Rauma e Oulu.
Não há tráfego de passageiros a partir de Helsinque e Turku, que têm ligações
de barco para Tallin, Mariehamn e Estocolmo. A rota entre Helsinque e Tallin, é uma das
mais movimentadas rotas marítimas de passageiros do mundo.
Cultura
Música
A música da
Finlândia tem influências nitidamente escandinavas, e uma particularidade Finlandesa é o facto
do género Metal Sinfônico ser muito popular entre os jovens, (vide
bandas finlandesas) o piano é um instrumento popular neste país. Na
Finlândia, estilos como o Techno e o Trance fazem bastante sucesso entre os jovens.
O compositor erudito finlandês mais conhecido mundialmente é Jean Sibelius.
Esporte
A Finlândia tem
na actualidade vários nomes conhecidos do desporto internacional, onde se
destacam o multi-campeão olímpico Paavo Nurmi, o maior dos Finlandeses Voadores; o nadador Jani Sievinen; o futebolista Jari Litmanen; nos desportos motorizados, os campeões de Fórmula 1: Keke Rosberg, Mika Hakkinen e Kimi Räikkönen,
bem como o também piloto de Fórmula 1 Heikki Kovalainen; e o bicampeão mundial de
Snowboard Peetu Piiroinen, medalha de prata nos jogos
olímpicos de inverno em 2010.
A Finlândia é um
país tradicionalmente forte no lançamento
do dardo, sendo titular de
14 das 39 medalhas de ouro já disputadas nas olimpíadas. O esporte mais popular do país é o hóquei no gelo. A seleção nacional tem uma medalha de ouro no campeonato mundial, além de diversas medalhas de prata e bronze.
O Pesäpallo (também conhecido como "basebol
Finlandês") é habitualmente mencionado como o desporto nacional da
Finlândia.
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