Burg Vischering
Europa
Alemanha (Norte)
Alemanha
Foto Reportagem
Fotos obtidos sequencialmente numa viagem efetuada no
período compreendido entre 15 de Julho e 28 de Agosto de 2007 com o objectivo
de visitar a Alemanha ao norte de Berlim. Visitas pontuais a Espanha e França.
(Parte 1 de 5)
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
**********
ALEMANHA
Alemanha (em alemão: Deutschland), oficialmente República
Federal da Alemanha é um país localizado na Europa central. É limitado a norte pelo Mar do Norte, Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polônia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. O território da Alemanha abrange 357 021 quilômetros quadrados e é influenciado por um clima temperado sazonal. Com 81,8 milhões de habitantes em janeiro
de 2010, o
país tem a maior população entre os Estados membros da União Europeia e é também o lar da terceira maior população
de migrantes internacionais em todo o mundo.
A região chamada Germânia habitada por vários povos
germânicos foi
conhecida e documentada pelos romanos antes de 100 d.C. A partir do século X,
os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano-Germânico, que durou até 1806. Durante o século XVI, o norte da Alemanha
tornou-se o centro da Reforma
Protestante. Como um
moderno Estado-nação, o país foi unificado pela primeira vez em consequência da Guerra Franco-Prussiana em 1871. Em 1949, após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, a Alemanha
Ocidental, oficialmente
"República Federal da Alemanha", e a Alemanha Oriental, oficialmente "República Democrática
Alemã", ao longo das linhas de ocupação aliadas. A Alemanha foi reunificada em 1990. A Alemanha Ocidental foi um dos
membros fundadores daComunidade
Europeia (CE),
em 1957, que posteriormente se tornou na União Europeia, em 1993. O país é parte do espaço Schengen e adotou a moeda europeia, o euro,
em 1999.
A Alemanha é uma república parlamentar federal de dezesseis estados (Länder) . A
capital e maior cidade do país é Berlim,
localizada no norte do território alemão. O país é membro das Nações
Unidas, da OTAN, G8, G20, da OCDE e da OMC.
É uma grande potência com a quarta maior economia do mundo por PIB nominal e a quinta maior em paridade do poder de compra. É o segundo maior exportador e o segundo maior importador de mercadorias. Em termos absolutos, a
Alemanha atribui o segundo maior orçamento anual de ajudas ao desenvolvimento
no mundo, enquanto
está em sexto lugar em despesas militares. O país tem desenvolvido um alto padrão de vida e estabeleceu um sistema global de segurança
social. A Alemanha ocupa
uma posição-chave nos assuntos europeus e mantém uma série de parcerias
estreitas em um nível global. O país também é reconhecido como líder
científico e tecnológico em vários domínios.
Etimologia
O termo
"Alemanha" deriva do francês Allemagne — terra dos alamanos — em referência ao povo germánico de mesmo
nome que vivia na atual região fronteiriça entre a França e a Alemanha e que durante o século V cruzou o Rio Reno e invadiu a Gália Romana. O país também é conhecido por Germânia,
que deriva do latim Germania — terra dos germanos.
História
Assume-se que a etnogênese dos povos
germânicos ocorreu
durante a Idade do Bronze nórdica ou, ao mais tardar, durante a Idade do Ferro pré-romana. A
partir do sul da Escandinávia e do norte da atual Alemanha, as
"tribos" começaram, no século I a.C., a se expandir para o sul, leste
e oeste e entraram em contato com os povos celtas da Gália, e também com povos iranianos, bálticos e eslavos. Pouco se sabe sobre a história germânica
antes disso, exceto através das suas interações com o Império Romano, de pesquisas etimológicas e de achados
arqueológicos.
Por ordens do
imperador Augusto, o general romano Públio Quintílio Varo começou a invadir a Germânia (um termo usado pelos romanos para definir
um território que começava no rio Reno e ia até os Urais),
e foi nesse período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas com as
táticas de guerra romanas, mantendo no entanto a sua identidade tribal. Em 9
d.C., três legiões romanas lideradas por Varo foram derrotadas pelo
líder Querusco Armínio na Batalha da Floresta de Teutoburgo. O território da atual Alemanha, assim como
os vales dos rios Reno e Danúbio, permaneceram fora do Império Romano. Em
100 d.C., na época do livro Germania de Tácito, as
tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a Limes Germanicus) ocupavam a maior parte da área da atual
Alemanha. O
século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas
ocidentais: alamanos, francos, catos,
saxões, frísios, anglos,
suevos, vândalos, godos (ostrogodos e visigodos),lombardos, sicambros e turíngios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam
as suas fronteiras do Danúbio e expandiram a Limes para
as terras romanas.
No ano de 723, o
território da Germânia central foi objeto da pregação do apóstolo inglês Winfrid, que adotou o nome latino Bonifacius, com o qual foi canonizado; ali fundou um
célebre mosteiro em Fulda,
que foi mais tarde um núcleo de civilização no país.
A conversão dos saxões do norte deu-se apenas durante o império carolíngio
(início do século IX),
ao custo de numerosas expedições militares, pois eles resistiram aos esforços
dos missionários. Ali eles adoravam, além dos deuses teutônicos comuns, a Irminsul - tronco que acreditavam sustentar a
abóboda celeste. Mesmo vencidos, retomavam as armas e destruíam os mosteiros,
numa resistência chefiada sobretudo pelo guerreiro Viduquind. Com a sua conversão, Carlos Magno
pôde afinal dominar sua região, incorporando-a no seu império, e estendendo o
padrão cultural romano-cristão à quase totalidade do território correspondente
à Alemanha de hoje.
Sacro Império
Romano-Germânico (962-1806)
O império
medieval foi criado em 843 com a divisão do Império
Carolíngio, fundado por Carlos Magno em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes
formas existiu até 1806, estendendo-se desde o Rio Eider, no norte do país, até o Mediterrâneo, no litoral sul. Muitas vezes referido como
o Sacro Império Romano
(ou o Antigo Império), foi
oficialmente chamado de o Sacro Império Romano da Nação Alemã ("Sacro
Romanum Imperium Nationis Germanicæ" em latim) a partir de 1448, para ajustar o nome ao
seu território de então.
Sob o reinado dos imperadores Otonianos (919-1024), os ducados de Lorena e da Saxônia, a Francônia, a Suábia, a Turíngia e a Baviera foram consolidados, e o rei alemão Oto I foi coroado Sacro Imperador Romano dessas regiões em 962. Sob o
reinado dos imperadores Salianos (1024-1125), o Sacro Império Romano
absorveu o norte da Itália e a Borgonha, embora o imperador tenha perdido parte do
poder através da Questão das investiduras com a Igreja Católica Romana. Sob
os imperadores Hohenstaufen (1138-1254),
os príncipes alemães aumentaram a sua influência para o sul e para o leste (Ostsiedlung), territórios habitados por povos eslavos, bálticos e estonianos antes da ocupação alemã na região.
Com o colapso do poder imperial em
1250, devido à constante
briga com a Igreja de Roma, fez-se necessário a criação de um novo sistema de
escolha do imperador. Criou-se,
com a edição da Bula Dourada,
o conselho dos sete príncipes-eleitores, que tinham o poder de escolher o
comandante do Sacro Império. Durante esse período conturbado, as cidades
comerciais se uniram para proteger seus interesses comuns; a mais conhecida
delas foi a Liga Hanseática, que reunia poderosas cidades do norte
alemão como Hamburgo e Bremen. A
partir do século XV, os imperadores foram eleitos quase exclusivamente a partir
da dinastia Habsburgo da Áustria.
O monge Martinho Lutero publicou suas 95 Teses em 1517,
desafiando as práticas da Igreja Católica Romana e dando início à Reforma
Protestante. O Luteranismo tornou-se a religião oficial de muitos
estados alemães após 1530, o que levou a conflitos religiosos resultantes da
divisão religiosa no império, que, por sua vez, geraram a Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), que
devastou os territórios alemães. A população dos estados alemães foi
reduzida em cerca de 30%. A Paz
de Vestfália (1648) acabou com a guerra religiosa entre
os estados alemães, mas o império estava de facto dividido
em inúmeros principados independentes. De 1740 em diante, o dualismo entre a monarquia austríaca dos Habsburgo e o Reino
da Prússia dominou
a história alemã. Em 1806, o Imperium foi
dissolvido como resultado das Guerras Napoleônicas.
Restauração e a
revolução (1814-1871)
Depois da queda
de Napoleão Bonaparte, o Congresso
de Viena reuniu-se
em 1814, e sua resolução fundou a Confederação germânica(Deutscher Bund em alemão), a união de 39 estados soberanos.
Desentendimentos
com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena
levaram, em parte, ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e liberdade. Estes,
porém, foram reprimidos com novas medidas por parte do estadista austríaco Metternich.
O Zollverein, uma união tarifária, buscava
uma profunda unidade econômica dos estados alemães. Durante
essa época, muitos alemães foram agitados pelos ideais da Revolução
Francesa, , e o
nacionalismo passou a ser uma força mais significativa,
especialmente entre os jovens intelectuais. Pela primeira vez, o preto, o
vermelho e o dourado foram escolhidos para representar o movimento,
tornando-se, mais tarde, as cores da bandeira da Alemanha.
Em função da série
de movimentos revolucionários na Europa, que estabeleceram com êxito uma república na França,
intelectuais e burgueses começaram a Revolução de 1848 nos Estados alemães. Os monarcas inicialmente aceitaram as
exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao
rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de imperador, mas sem poder absoluto. Ele entretanto rejeitou a coroa e a
proposta de Constituição,
o que conduziu a um revés temporário no movimento.
O conflito entre
o rei Guilherme I da Prússia e o parlamento cada vez mais liberal foi
rompido durante a reforma militar em 1862, quando o rei nomeou Otto von Bismarck o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travou com sucesso uma guerra
com a Dinamarca, em 1864.
A vitória prussiana na Guerra Austro-Prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-Germânica (Norddeutscher Bund), que excluía a Áustria, ex-líder dos estados alemães, dos assuntos
dos estados alemães restantes.
Império alemão
(1871-1918)
O estado
conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-nação em 1871, quando
o Império
alemão foi
criado, tendo o Reino
da Prússia como
seu maior constituinte.
Após a derrota
francesa na guerra franco-prussiana, o Império alemão foi proclamado no Versalhes em 18 de Janeiro de 1871. A Dinastia de Hohenzollern da
Prússia declarou o novo império, cuja capital era Berlim,
até então a capital prussiana. O império era uma unificação de todas
as partes da Alemanha com exceção da Áustria (Kleindeutschland, ou "Alemanha Menor"). A partir
do início de 1884, a Alemanha começou a estabelecer diversas colônias fora da Europa, primeiro pela iniciativa
privada, depois com aval estatal.38 39Durante esse período, a Alemanha
experimentou um grande crescimento econômico, com uma forte industrialização,
especialmente das indústrias de mineração, metalúrgica e derivadas das engenharias elétrica, mecânica e química.
No período Gründerzeit, seguinte à unificação da Alemanha, a política externa do imperador Guilherme I garantiu a posição do Império Alemão como
uma grande nação europeia por fazer alianças comerciais e políticas com outros
países europeus, isolando a França por meios diplomáticos, através de
intrincados acordos secretos. Bismarck objetivava, assim, consolidar a
unificação, tendo a Rússia por principal aliada.
Mas o imperador Guilherme II,
no entanto, como outras potências
europeias, tomou um curso imperialista devido ao atrito com os países vizinhos. A
maior parte das alianças que a Alemanha fizera não foram renovadas, e as novas
alianças das demais potências excluíam o país. Especificamente, a França
estabeleceu novas relações com a assinatura da entente cordiale com o Reino Unido e garantiu os laços com o Império russo. E embora ainda mantivesse seus contatos
com a Áustria-Hungria, a Alemanha tornou-se cada vez mais
isolada. Teve
inicio o período armamentista, chamado de Paz Armada.
O Imperialismo
Alemão (Weltpolitik) ultrapassou as fronteiras do seu
próprio país e se juntou a muitos outros poderes na Europa, que reivindicavam
a sua quota na África. A Conferência de Berlim dividiu a África entre as potências
europeias. A Alemanha obteve vários pedaços da África, incluindo a África Oriental Alemã, o Sudoeste Africano Alemão, a Togolândia e Camarões. A partilha
da Áfricacausou tensão
entre as grandes
potências, que contribuiu
para as condições que levaram à Primeira Guerra Mundial.
O assassinato do príncipe da Áustria em 28 de Junho de 1914 desencadeou a Primeira Guerra Mundial. A Alemanha, como parte dos Impérios
Centrais, foi derrotada
pelos Aliados num dos mais sangrentos conflitos de todos
os tempos. A revolução
alemã eclodiu
em novembro de 1918, forçando o imperador alemão Guilherme II e todos os
príncipes a concordar em abdicar.
Um armistício que pôs fim à guerra foi assinado em 11 de
Novembro, e a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes em junho de 1919. A sua
negociação, ao contrário da tradicional diplomacia de pós-guerra, excluiu os
derrotados dos Poderes Centrais. O tratado foi encarado na Alemanha como uma
humilhante continuação da guerra por outros meios, e sua dureza é
frequentemente citada como tendo mais tarde facilitado a ascensão do nazismo no país.
República de
Weimar (1919-1933) e Terceiro Reich (1933-1945)
Após o sucesso
da Revolução
alemã em
novembro de 1918, uma república foi proclamada. A Constituição de Weimar entrou em vigor com a sua assinatura pelo Presidente Friedrich Ebert em 11 de Agosto de 1919. O Partido Comunista Alemão foi criado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht em 1918, e o Partido dos Trabalhadores
Alemão, mais tarde conhecido como Partido Nacional Socialista Alemão dos
Trabalhadores ou Partido Nazista, foi fundado em janeiro de 1919.
Sofrendo as
consequências das duras condições ditadas pelo Tratado de Versalhes e uma longa sucessão de governos mais ou
menos instáveis, faltava cada vez mais identificação às massas políticas na
Alemanha com seu sistema político de democracia parlamentar. Isso foi agravado por uma ampla disseminação de um mito político pela
direita (monarquistas, völkischs,
e nazis), a Dolchstoßlegende, que alegava que a Alemanha tinha perdido a
Primeira Guerra Mundial devido à Revolução alemã, e não por causa da derrota
militar. Por outro lado, os radicais de esquerda comunistas, tais como a Liga
Espartaquista, queriam
abolir aquilo que eles entendiam como "governo capitalista" e estabelecer um Räterepublik. Tropas paramilitares foram criadas por diversos partidos, e houve
diversos assassinatos por motivos políticos. Os paramilitares intimidavam
eleitores e semeavam a violência e a raiva entre o povo, que sofria de uma
elevada taxa de desemprego e de pobreza. Depois de uma série de gabinetes
frustrados, o presidente Paul
von Hindenburg, vendo
poucas alternativas e empurrado pelos seus assessores de direita, nomeou Adolf Hitler como Primeiro-Ministro da Alemanha em 30 de janeiro de 1933.
Em 27 de
Fevereiro de 1933, o Reichstag foi
incendiado. Alguns direitos democráticos fundamentais foram então
rapidamente revogados sob um decreto de emergência. Uma Lei de plenos poderes deu a Hitler o governo e o legislativo.
Apenas o Partido Social-Democrata da Alemanha votou contra ele; os comunistas não foram
capazes de apresentar oposição, pois seus suplentes já haviam sido assassinados
ou presos. A centralização totalitária estadual foi criada por uma série de jogadas
e de decretos políticos, tornando a Alemanha um Estado de partido único. Houve queima de livros de autores considerados contra a nação e
perseguição a artistas e cientistas, sendo que muitos deles emigraram,
principalmente para os Estados Unidos. A indústria foi fortemente regulamentada
com cotas e requisitos, a fim de mudar a economia para uma base
produtiva de guerra. Em
1936, as tropas alemãs entraram na desmilitarizada Renânia, e as políticas de apaziguamento do primeiro-ministro Neville Chamberlain se
revelaram insuficientes. Entusiasmado, Hitler, a partir de 1938, seguiu adiante
com sua política de expansionismo e de estabelecimento da Grande Alemanha, começando em março daquele ano pela Anschluss, a anexação da Áustria. Para
evitar uma guerra de duas frentes, Hitler firmou o Pacto Molotov-Ribbentrop com a União
Soviética, um pacto que ele
mesmo romperia mais tarde.
Em 1939, as crescentes tensões de nacionalismo, militarismo e questões
territoriais levaram os alemães ao lançamento da Blitzkrieg ("guerra relâmpago") em 1 de
setembro contra a Polônia,
seguido dois dias depois pelas declarações de guerra da Grã-Bretanha e da
França, marcando o início da Segunda Guerra Mundial. A Alemanha rapidamente
ganhou controle direto ou indireto da maioria daEuropa.
Em 22 de junho
de 1941, Hitler quebrou o pacto com a União Soviética, abrindo a Frente Oriental e invadindo
a União Soviética. Pouco
tempo depois, o Japão atacou a base americana em Pearl Harbor, e a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos. Embora inicialmente o exército alemão
tenha avançado de forma rápida sobre a União Soviética, a Batalha de Stalingrado marcou uma virada importante na guerra.
Depois disso, o exército alemão começou a recuar a Frente Oriental. O Dia-D foi o marco de uma virada importante sobre a
Frente Ocidental, quando as forças aliadas desembarcaram nas praias da Normandia e avançaram rapidamente sobre o território
alemão. A derrota da Alemanha ocorreu em seguida. Em 8 de Maio de 1945, as forças armadas alemãs se entregaram após o Exército
Vermelho ocupar Berlim.
No que mais
tarde ficou conhecido como o Holocausto, o regime do Terceiro Reich elaborou
políticas governamentais que subjugavam diretamente muitas partes da sociedade:
judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, mações, dissidentes políticos, padres, pregadores,
adversários
religiosos, deficientes, entre outros. Durante a era nazista, cerca
de onze milhões de pessoas foram assassinadas, incluindo seis milhões de judeus
e dois milhões de poloneses. A Segunda Guerra Mundial e o genocídio
feito pelos nazistas foram responsáveis por cerca de 35 milhões de mortos na Europa.
Divisão e
reunificação (1945 - 1990)
Ocupação da Alemanha pelos Aliados em 1947, com os territórios a leste da linha Oder-Neisse sob administração polaca ou anexação soviética, além do protetorado de Sarre e a Berlim dividida. A RDA era formada pela Zona Soviética,
enquanto a RFA era formada pelas zonas ocupadas pelos
aliados ocidentais.
A guerra
resultou na morte de quase dez milhões de soldados e civis alemães; grandes perdas territoriais, a expulsão de cerca de 15
milhões de alemães dos antigos territórios orientais e de outros países e a destruição de várias
grandes cidades. O restante do território nacional e Berlim foram divididos com a ocupação militar dos
Aliados em quatro zonas.
Os setores
controlados pela França, pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos foram fundidos em 23 de Maio de 1949 para
formar a República Federal da Alemanha (RFA); em 7 de Outubro de 1949, a Zona
Soviética criou a República Democrática da Alemanha (RDA). Eles foram informalmente conhecidos
como "Alemanha
Ocidental" e "Alemanha Oriental", e as duas partes de Berlim como
"Berlim
Ocidental" e "Berlim Oriental". As partes oriental e ocidental
optaram por Berlim Oriental e Bonn como suas respetivas capitais. No entanto, a
Alemanha Ocidental declarou que o status de
Bonn como sua capital era provisório, a fim de enfatizar a sua convicção de
que a instituição de dois Estados alemães distintos foi uma solução artificial status
quo que
seria necessário superar.
A Alemanha
Ocidental, estabelecida
como uma república federal parlamentar, com uma "economia social de mercado", tornou-se aliada dos Estados Unidos, Reino Unido e França. O país chegou a se beneficiar de um
crescimento económico prolongado a partir dos anos 1950 (em alemão: Wirtschaftswunder). Ingressou na OTAN em 1955 e foi membro fundador da Comunidade Econômica Europeia, em 1958.
A Alemanha Oriental foi um estado do bloco oriental sob controle político e militar da URSS,
através de suas forças de ocupação militar e do Pacto
de Varsóvia. Enquanto dizia
ser uma democracia, o poder político foi executado exclusivamente pelos
principais membros (Politburo) do Partido Socialista Unificado da Alemanha
(SED), controlado pelos
comunistas. Seu poder foi assegurado pelo Stasi,
umserviço
secreto de
grande dimensão, e por uma variedade de sub-organizações do SED que controlava
todos os aspetos da sociedade, tendo um grande número de informantes dentro da
própria população. Por
sua vez, as necessidades básicas da população foram preenchidas a custos baixos
pelo Estado.
A economia planificada pró-soviética foi criada, e mais tarde a RDA
passou a ser um estado do Comecon. Apesar da propaganda da Alemanha Oriental ter sido baseada nos benefícios dos
programas sociais da RDA e na alegada ameaça constante de uma invasão por parte
da Alemanha Ocidental, muitos dos seus cidadãos olhavam para o Ocidente em
busca de liberdade política e de prosperidade econômica. O Muro de Berlim, construído em 1961 para impedir a fuga dos
alemães do leste para a Alemanha Ocidental, tornou-se um símbolo da Guerra Fria.
As tensões entre
as Alemanha do Leste e do Oeste foram ligeiramente reduzidas no início dos anos
1970 pelo Chanceler Willy BrandtOstpolitik, que incluiu a aceitação de
facto das
perdas territoriais da Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
Em face de uma
crescente migração de alemães do leste para a Alemanha Ocidental através da Hungria e de manifestações em massa durante o verão de 1989, as autoridades do Leste alemão
inesperadamente facilitaram as restrições nas fronteiras em novembro,
permitindo que cidadãos do leste alemão pudessem viajar para o ocidente. Originalmente
concebida como uma válvula de pressão para manter a Alemanha Oriental como um
Estado, a abertura da fronteira na realidade levou a uma aceleração do processo de reforma na Alemanha Oriental, que finalmente foi
concluído com o Tratado Dois Mais Quatro um ano mais tarde, em 12 de setembro de
1990, resultando na reunificação
alemã, ocorrida em 3 de
outubro de 1990. Segundo os termos do tratado, as quatro potências ocupantes
renunciavam aos seus direitos sob o Instrumento da Renúncia, e a Alemanha
recuperava a plena soberania do seu território.
República de
Berlim e integração com a UE (1990 -)
Com base na Lei
Bonn-Berlim, aprovada pelo parlamento em 10 de Março de 1994, Berlim foi escolhida como capital do Estado
unificado, enquanto Bonn obteve o status único
de Bundesstadt (cidade
federal) e reteve alguns ministérios federais. A
mudança do governo foi concluída em 1999.
Desde a
reunificação, a Alemanha tem tido um papel de liderança na União Europeia e na OTAN. Participou do exército que
garantiu a estabilidade nos Balcãs e enviou tropas para o Afeganistão como parte de um esforço da OTAN para
proporcionar a segurança no país após expulsar o Talibã. Esses deslocamentos eram controversos,
visto que, após a guerra, a Alemanha era obrigada por lei a manter tropas apenas
para fins de defesa. As investidas em territórios estrangeiros foram entendidas
como não estando abrangidas pela lei de defesa; entretanto, a votação
parlamentar sobre a questão legalizou efetivamente a participação em um
contexto de manutenção da paz.
Geografia
O território da
Alemanha cobre 357.021 km², sendo 349.223 km² de terra e
7.798 km² de água. É o sétimo maior país por área na Europa e o 63° maior
no mundo. Os pontos extremos ficam nos Alpes ponto mais alto: o Zugspitze a 2.962 m de altitude no sul e na costa
do Mar do Norte
(Nordsee) no noroeste e
o Mar Báltico (Ostsee) no nordeste. Entre os dois está
presente a floresta que liga as terras altas do centro às terras baixas do
norte (ponto mais baixo: Wilstermarsch a
3,54 m abaixo do nível do mar), que é atravessado por alguns dos maiores rios da Europa como o Reno, Danúbio e o Elba. Por
causa de sua localização central, a Alemanha compartilha fronteiras com mais
países europeus que qualquer outro país no continente. Seus vizinhos são a Dinamarca no norte,Polônia e a República
Tcheca no
leste, Áustria e Suíça no sul, França e Luxemburgo no sudoeste e Bélgica e os Países Baixos no noroeste.
Clima
Grande parte da
Alemanha tem um clima temperado no qual os ventos húmidos ocidentais
predominam. O clima é moderado pela Corrente do Atlântico Norte, que é a extensão norte da Corrente do Golfo. As águas quentes trazidas por essa
corrente afetam as áreas litorâneas do Mar do Norte incluindo a península da Jutlândia e a área ao longo do Reno, que corre em direção ao Mar do Norte.
Consequentemente no noroeste e no norte, o clima é oceânico; chuvas ocorrem durante todo o ano sendo que o pico
ocorre no verão. Os invernos são amenos e os verões frescos, embora as
temperaturas possam exceder os 30°C por períodos prolongados. No leste, o clima
é mais continental; invernos podem ser muito rigorosos, verões
muito quentes, e longos períodos de seca já foram registrados. O centro e o sul
da Alemanha são regiões de transição que variam entre os climas oceânico
moderado para continental. A temperatura máxima também pode exceder os
30 °C no verão.
Fitogeograficamente, a Alemanha é partilhada entre as
províncias do Atlântico Europeu e Centro Europeu da Região
Circumboreal dentro do Reino Boreal. O território da Alemanha pode ser subdividido em quatro Biorregiões: os remanescentes florestais do
Atlântico, as florestas mistas Báltico, florestas mistas da Europa Central e as
florestas de angiospermas da Europa Ocidental. A
maior parte da Alemanha é coberta por terras aráveis
(33%) ou florestas e bosques (31%). Apenas 15% do território é coberto
por pastagens permanentes.
Plantas e
animais são aqueles geralmente comuns para a Europa central. Faias, carvalhos e outras árvores de folha caduca constituem um terço das florestas; coníferas estão aumentando como resultado do reflorestamento. Abetos e pinheiros predominam nas montanhas superiores,
enquanto o pínus e larix são
encontrados em solo arenoso. Há muitas espécies de samambaias, flores, fungos e musgos.
Abundam peixes nos rios e no mar do Norte. Os animais selvagens incluem javalis, veados selvagens, muflão, a raposa,
o texugo,
a lebre, e um pequeno número de castores.
Várias aves migratórias cruzam a Alemanha na primavera e no outono.
A Alemanha é
conhecida por seus muitos jardins zoológicos, parques nacionais, parques de animais selvagens, aquários e parques de aves. Mais
de 400 zoológicos e parques de animais registrados operam na Alemanha, que se
acredita ser o maior número em qualquer país do mundo. O Zoologischer
Garten Berlin é o mais antigo jardim zoológico na
Alemanha e apresenta a mais completa coleção de espécies no mundo.
Meio ambiente
O maior complexo éolico e capacidade de energia solar do mundo está instalada na Alemanha.
As energias
renováveis geraram
14% do consumo total de eletricidade do país em 2007.
A Alemanha é
conhecida pela sua consciência ambiental. Os alemães consideram que o homem é
uma das principais causas do aquecimento
global. O
país está comprometido com o Protocolo
de Quioto e
vários outros tratados para promover a biodiversidade, os baixos padrões de emissões,
a reciclagem, a utilização de energias renováveis e apoia o desenvolvimento sustentável a nível global.
O governo alemão
deu início a uma ampla atividade de redução de emissões e as emissões globais
do país estão caindo. No
entanto, a Alemanha tem uma das mais elevadas taxas de emissões de dióxido de carbono
per capita da UE,
mas permanece significativamente menor em comparação com a Austrália, Canadá,
Arábia Saudita ou Estados Unidos.[carece de fontes]
Emissões a
partir de produção de energia proveniente da queima de carvão e as indústrias
contribuem para a poluição do ar. A chuva ácida, resultante das emissões de dióxido de
enxofre é prejudicial às florestas. A poluição no Mar Báltico a partir de esgoto bruto e efluentes industriais nos rios na
antiga Alemanha Oriental foram reduzidas. O governo do ex-chanceler
Schröder anunciou a intenção de acabar com o uso da produção de eletricidade a
partir de energia nuclear. A Alemanha está trabalhando para cumprir o
compromisso da UE de identificar áreas
de preservação natural de acordo com a diretiva de Flora, Fauna e Habitats da UE. Os perigos naturais são as enchentes fluviais na primavera e vento forte que
ocorrem em todas as regiões.[carece de fontes]
Demografia
Com cerca de
81,8 milhões de habitantes, a Alemanha é o país mais populoso da União Europeia. No entanto, sua taxa
de fertilidade é de apenas 1,39 filhos por mulher, uma das
mais baixas do mundo, e
o escritório federal de estatísticas estima que a população vai decrescer para
entre 69 e 74 milhões em 2050 (69 milhões assumindo uma migração líquida de
+100 000 por ano; 74 milhões se a migração for de +200 000 por ano). A
Alemanha tem um grande número de cidades grandes, sendo as mais populosas Berlim,Hamburgo, Munique, Colônia, Frankfurt am Main e Estugarda (Stuttgart). De longe a maior conurbação é a Região do Reno-Ruhr, que inclui Dusseldórfia (Düsseldorf) e cidades como Colônia (Köln), Essen, Dortmund, Duisburgo, e Bochum.
Em dezembro de
2004, por volta de sete milhões de cidadãos estrangeiros estavam registrados na
Alemanha, e 19% dos residentes do país eram de fora ou tinham ascendência
estrangeira. Os jovens têm mais probabilidade de serem de ascendência
estrangeira que os mais velhos. 30% dos alemães com quinze anos ou menos tinham
pelo menos um dos pais que tinha nascido fora da Alemanha. Nas grandes cidades,
60% das crianças com cinco anos ou menos tinham pelo menos um dos pais nascido
fora do país. O
maior grupo (2,3 milhões) vem da Turquia, e a maioria do resto vem de países
europeus como Itália, Sérvia, Grécia, Polônia, Rússia, Ucrânia e Croácia. O Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais lista a Alemanha como a casa do terceiro maior número de migrantes internacionais em todo
mundo, 5% ou 10 milhões de
todos os 191 milhões de migrantes, ou por volta de 12% da população da
Alemanha. Como
consequência de restrições formais da Alemanha do que leis irrestritas
de asilo e imigração, o número de imigrantes
procurando asilo e buscando cidadania alemã (a maioria da ex-União Soviética)
tem decrescido constantemente desde 2000.
Um grande número
de pessoas com completa ou significativa ascendência alemã são encontrados nos Estados Unidos
(50 milhões), Brasil (5 milhões) e no Canadá (3 milhões).
A Alemanha é
legal e socialmente um país tolerante quanto à homossexualidade. Uniões civis têm sido permitidas desde 2002. Gays
e lésbicas podem adotar legalmente as crianças biológicas de seus parceiros
(adoção de enteado). Os prefeitos das duas maiores cidades alemãs, Berlim e
Hamburgo, são abertamente gays.
Durante a última
década do século XX, a Alemanha transformou consideravelmente sua atitude
quanto aos imigrantes. Até a metade dos anos 1990, a opinião comum era de que a Alemanha não
é um país de imigração, apesar de cerca de 10% da população serem de origem
não-germânica. Após o fim do influxo dos chamados Gastarbeiter (trabalhadores-convidados
de colarinho azul), refugiados eram uma exceção tolerada a este ponto de vista.
Hoje, o governo e a sociedade alemã estão percebendo que o conceito quanto ao
controle de imigração é que deve ser permitida baseada na qualificação dos
imigrantes.
Línguas e escrita
O alemão é a
língua oficial e a predominantemente falada na Alemanha. É uma
das 23 línguas oficiais da União Europeia, e uma das três línguas de trabalho
da Comissão
Europeia, junto com o inglês e o francês. Línguas minoritárias reconhecidas na
Alemanha são o dinamarquês, sorábio, romani e o frísio. Elas são oficialmente protegidas pelo CELRM. As línguas imigrantes mais usadas são o turco, o polonês, as línguas dos Bálcãs e o russo.
O alemão padrão
é uma língua germânica ocidental e é próxima e classificada no mesmo grupo do
inglês, holandês e do frísio. Com menos confluência, é também
relacionada às Línguas germânicas setentrionais e às orientais
(extintas). A maioria do
vocabulário alemão é derivado do braço germânico da família das línguas indo-europeias. Minorias
significativas de palavras derivam do latim,grego, e uma pequena quantidade do francês, e mais recentemente do inglês (conhecido
como Denglisch). O alemão é escrito usando o
alfabeto latino. Além das 26 letras padrão, o alemão tem três vogais com Umlaut,
ä, ö e ü, assim com o Eszett ou scharfes S (s
forte) que é escrito "ß" ou alternativamente "ss".
Os dialetos alemães são distinguidos por algumas variações do alemão
padrão. Os dialetos alemães
são as variações locais tradicionais e derivam das diferentes tribos germânicas
que hoje compõem a Alemanha. Muitas delas não são facilmente compreensíveis
para alguns que apenas conhecem o alemão padrão, porque elas apresentam
diferenças do alemão padrão no léxico,fonologia e sintaxe.[carece de fontes]
Em todo o mundo
o alemão é falado por aproximadamente 100 milhões de falantes nativos e mais 80 milhões de falantes não-nativos. O
alemão é a língua principal de aproximadamente 90 milhões de pessoas (18%) na
UE. 67% dos cidadãos alemães dizem serem capazes de comunicar-se em pelo menos
uma língua estrangeira, 27% em pelo menos duas línguas além da materna.
Desenvolvida a
partir do século XIV, a escrita gótica foi sendo substituída no Renascimento no restante da Europa; na Alemanha, contudo,
a letra gótica continuou vigente, até ser finalmente abolida em 1945,
após o fim da II Guerra - daí ser chamada, muitas vezes, de estilo
gótico alemão.
Religião
As maiores
confissões religiosas na Alemanha são o Luteranismo e o Catolicismo, respectivamente, com 32,9% e 32,3% de
fiéis. De
menor importância numérica são as diversas outras confissões protestantes, diversas seitas pentecostais, a Igreja Nova Apostólica e outras comunidades cristãs (ou inspiradas
pelo cristianismo) .
Cerca de 24,9% de alemães se declararam não religiosos ou ateus. Seguem como minorias, o islamismo
(4%), seguido pelo judaísmo e o budismo (ambos com 0,25%). O Hinduísmo tem apenas
90.000 seguidores (0,1%), enquanto outras religiões correspondem a 50 mil
pessoas ou 0,05% da população alemã.
Desde Martinho Lutero, e a Reforma
Protestante, a Alemanha foi
o palco de conflitos religiosos entre os seguidores de Lutero, posteriormente
chamados de luteranos, geralmente mais numerosos no norte, e os católicos, regra geral mais fortes no sul. No
entanto, a distribuição das religiões está longe de ser homogênea. Na Alemanha
prevaleceu o princípio Cuius regio, eius
religio. Uma região marcada pelo feudalismo, na Alemanha do tempo dos conflitos
religiosos, os súbditos tinham de adotar a religião defendida pelos nobres da
região em que viviam. Caso contrário, eram frequentemente obrigados ao exílio.
O resultado desta evolução é uma manta de retalhos quanto às denominações
religiosas e o atraso da unificação
alemã, já aspirada antes da
Reforma Protestante.[carece de fontes]
O Papa Bento XVI é nascido na Baviera. Zonas com uma
população predominantemente luterana são os estados do leste e do norte. No
norte, ao longo da fronteira com os Países Baixos, há também a presença de calvinistas. Pessoas não religiosas, incluindo ateus e agnósticos, são crescentes em número e proporção, uma
tendência constatada tanto na Alemanha quanto em outros países europeus. Na Alemanha
eles se concentram principalmente na antiga Alemanha Oriental e nas áreas metropolitanas.
Dados de 2010
mostram uma enorme diferença entre a Alemanha
Ocidental e Alemanha Oriental em termos religiosos, enquanto que na parte
ocidental os cristãos perfazem 80% da população, na parte oriental
apenas 29% afirmaram seguir esta religião. Na Alemanha Ocidental apenas 13% da população não é religiosa e na Alemanha Oriental são
67% os não religiosos.
Dos 4,3 milhões
de muçulmanos, a 63% são sunitas e alevitas provenientes da Turquia Às mesmas tendências pertencem árabes
provenientes de uma variedade de países (principalmente da África do Norte, do
Líbano, da Síria e do Iraque), bem como uma comunidade de afegãos. Existe
também uma minoria composta por xiitas turcos, curdos, iranianos e afegãos. 1.7%
da população total do país declaram-se cristão
ortodoxos, sérvios e gregos são os mais numerosos. A
Alemanha tem a terceira maior população judaica da Europa Ocidental. Em
2004, o dobro de judeus das repúblicas ex-soviéticas se estabeleceram na Alemanha do que em Israel,
trazendo o total de judeus a 200.000, comparado aos 30.000 logo após à reunificação
alemã. Grandes cidades com
uma população judaica significante incluem Berlim, Frankfurt am Main e Munique. Aproximadamente 250.000 Budistas ativos vivem na Alemanha; 50% deles são de
imigrantes asiáticos.
De acordo com Pesquisa
Euro barômetro de 2005, 47% dos cidadãos alemães
responderam "Eu acredito que exista um Deus", enquanto 25% concordou
com "Eu acredito que exista algum tipo de força espiritual ou vital"
e 25% disse "Eu não acredito que exista qualquer tipo de espírito, deus,
ou força vital".
Política
A Alemanha é uma federação democrática e parlamentária, cujo sistema político é definido num documento constitucional (Grundgesetz, lei fundamental) de 1949. Por
chamar o documento de Grundgesetz,
invés de Verfassung (constituição), os autores expressaram a
intenção de que ela fosse trocada por uma constituição apropriada quando a
Alemanha fosse reunida em um só estado. Emendas ao Grundgesetz geralmente
requerem aprovação de dois terços dos parlamentares de ambas as câmaras do parlamento; os artigos garantem direitos fundamentais,
a separação dos poderes, a estrutura federalizada, e o direito de resistir
contra tentativas de sobrepor-se à constituição são perpétuos e não podem
sofrer emendas. Apesar
da intenção inicial, o Grundgesetz permaneceu em vigor depois da reunificação
alemã em
1990, com apenas algumas pequenas emendas.
O Bundespräsident (Presidente
Federal) — em 2010 Christian Wulff — é o chefe de estado, cujos poderes se limitam - na maioria - a
tarefas representativas e cerimoniais. Ele é eleito pelo Bundesversammlung (Convenção
Federal), uma instituição composta por membros do Bundestag e
pelo mesmo número de delegados estaduais. O segundo na ordem de importância do
Estado Alemão é o Bundestagspräsident (Presidente
do Bundestag),
que é eleito pelo Bundestag e
responsável por supervisionar as sessões diárias da câmara. O terceiro no
comando é o chefe de governo, ou Chanceler, que é nomeado pelo Bundespräsident depois
que é eleito pelo Bundestag.
O Chanceler pode ser exonerado do cargo por uma moção
de desconfiança construtiva pelo Bundestag, onde
construtivo implica que o Bundestag simultaneamente eleja um sucessor.
No Parlamento
Europeu, a Alemanha possui a representação mais numerosa em virtude de ser o
país mais populoso da União. Além disso, o alemão Günter Verheugen é,
atualmente, um dos vice-presidentes da Comissão
Europeia. Em 2007 o
deputado alemão Hans-Gert
Pöttering foi
eleito presidente do Parlamento
Europeu.
A presidência
alemã do Conselho da União Europeia ocorreu durante o primeiro semestre de 2007,
dentro do sistema de presidência rotativa da UE. Como Angela Merkel é a
atual chanceler da Alemanha, o ministro das relações exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier foi o Presidente da União Europeia até junho de 2007. Desde que se iniciou o
processo de presidência rotativa, foi a 12ª vez que a Alemanha assumiu a
presidência da UE.
Lei
O Poder judiciário da Alemanha é independente dos poderes executivo e
legislativo. A Alemanha tem um sistema legal civil ou estatutário, que é baseado no Direito Romano, com algumas referências ao Direito Germânico. O Bundesverfassungsgericht (Tribunal
Constitucional Federal), localizado em Karlsruhe, é o Supremo Tribunal alemão
responsável pelos assuntos constitucionais, com os poderes de controle de constitucionalidade. Atua como a mais alta autoridade legal
e garante que a prática legislativa e judicial esteja em conformidade com a Lei Fundamental da República
Federal da Alemanha. Ela
age de forma independente dos outros órgãos estatais, mas não pode agir por
conta própria.[carece de fontes]
A suprema corte
alemã, denominada Oberste
Gerichtshöfe des Bundes, é especializada. Para os casos civis e criminais,
o supremo tribunal de recurso é o Tribunal de Justiça Federal, localizada em Karlsruhe e em Leipzig. O estilo do tribunal é inquisitorial.
Outros Tribunais Federais são os Tribunal Federal do Trabalho em Erfurt,
o Tribunal
Social Federal em Kassel,
o Tribunal Federal das Finançasem Munique e o Tribunal Administrativo Federal, em Leipzig.[carece de fontes]
O Direito penal e direito privado são explicitados a nível nacional no Strafgesetzbuch e no Bürgerliches Gesetzbuch respetivamente.
O sistema penal alemão é destinado para a recuperação do criminoso; seu
objetivo secundário é a proteção do povo em geral. Para
atingir este último, um criminoso condenado pode ser colocada em prisão
preventiva (Sicherungsverwahrung) para além do período normal se ele for
considerado uma ameaça para o público em geral. OVölkerstrafgesetzbuch regulamenta as consequências de crimes contra a humanidade, genocídio e guerra. Ele dá aos tribunais alemães jurisdição universal se a acusação por um tribunal do país onde o
crime foi cometido, ou por um tribunal internacional, não for possível.[carece de fontes]
Relações
exteriores
A Alemanha tem
um papel de líder na União Europeia desde a sua concepção e tem mantido uma
forte aliança com a França desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A aliança foi
especialmente próxima no final da década de 1980 e início da década de 1990 sob
a liderança do Democrata Cristão Helmut Kohl e do socialista François
Mitterrand. A Alemanha está
na frente dos estados europeus que procuram avanços na criação de uma política,
defesa e aparato de segurança mais unida e capaz na Europa.
Desde sua
fundação em 23 de Maio de 1949,
a República Federal da Alemanha mantém uma notável discrição nas relações
internacionais, devido à sua história recente e sua ocupação por potências
estrangeiras. Durante
a Guerra Fria, a divisão da Alemanha pela Cortina de Ferro fez dela um símbolo das tensões leste-oeste
e da batalha política na Europa. No entanto, a Ostpolitik de Willy Brandt foi
fator-chave na détente dos anos 1970. Em
1999 o governo do Chanceler Gerhard
Schröder definiu
uma nova base para a política externa alemã quando assumiu um papel imponente
nas decisões da iminente guerra da OTAN contra a
Iugoslávia e
enviando soldados alemães para combate pela primeira vez desde a Segunda Guerra
Mundial.
A Alemanha e os Estados Unidos são aliados próximos. O Plano Marshall de 1948, o suporte dos E.U.A. durante o
processo de reconstrução depois da Segunda Guerra Mundial, assim como a
fraternização e o apoio de comida e fortes laços culturais designaram uma
grande ligação entre os dois países, embora a oposição local de Schröder à Guerra do Iraque sugeriu o fim do Atlantismo e um relativo esfriamento nas relações
Germano-americanas. Os
dois países são também economicamente independentes; 8,8% das exportações
alemãs são para os E.U.A. e 6,6% das importações provém dos Estados Unidos. No
outro sentido, 8,8% das exportações dos E.U.A. vão para a Alemanha e 9,8% das
importações vem da Alemanha. Outro sinal dos laços
germano-americanos inclui o estatuto da Base Aérea de Ramstein (próxima à Kaiserslautern) como a maior comunidade
militar norte-americana fora dos Estados Unidos.
Forças armadas
As forças
armadas alemãs, a Bundeswehr, composta pelo Heer
(Exército), Marine (Marinha), Luftwaffe
(Aeronáutica), Zentraler
Sanitätsdienst (Central
Médica de Serviços) e
Streitkräftebasis (Base Conjunta de Suporte). O serviço militar é obrigatório para homens na idade de dezoito anos que
servem por nove meses. Os objetores por consciência podem, no lugar, optar pelo Zivildienst (traduzido
livremente como serviço civil) que tem a mesma duração de nove meses, ou o
comprometimento de seis anos com serviços (voluntários) de emergência como os
bombeiros, a Cruz Vermelha ou a THW. Em
2006, as despesas militares constituíam cerca de 1,3% do PIBalemão. Em
tempos de paz, a Bundeswehr é
comandada pelo Ministro da Defesa, atualmente Thomas
de Maizière. Mas em tempos
de guerra – que, de acordo com a constituição, é
apenas permitida em caso de defesa – o Chanceler recebe o cargo de comandante
real da Bundeswehr.
Em outubro de
2006, as forças armadas alemãs tinham quase 9 000 soldados em território
estrangeiro, como parte de várias forças de paz, incluindo uma tropa de
1 180 soldados na Bósnia; 2 884 soldados alemães no Kosovo e 2 800 soldados alemães pela Força ISAFda
OTAN no Afeganistão. Em Fevereiro de 2007, a Alemanha tinha
cerca de 3 000 tropas pela ISAF no Afeganistão, o terceiro maior
contingente depois dos Estados Unidos (14 000) e o Reino Unido
(5 200). A
Alemanha compartilha armas nucleares com a OTAN, sob a forma de bombas
nucleares estadunidenses posicionadas na base aérea deBüchel.
Subdivisões
A Alemanha é uma república federal, constituída de dezesseis unidades
federadas, geralmente denominadas Land (Länder no
plural). Uma vez que o termo alemão Land designa "país", o termo Bundesland ("estado
da federação"; Bundesländer no
plural) é comumente usado por ser mais específico. Três cidades (Berlim, Hamburgo e Bremen)
possuem estatuto de estado, e são denominadas Stadtstaaten ("cidades-estado").
Os 13 estados restantes são designados Flächenländer ("estados
territoriais").
Economia
A Alemanha é a
maior economia da Europa, a terceira maior quando é considerado o PIB nominal e a quinta maior quando é considerada a Paridade do Poder de Compra. O crescimento de 2007 foi de 2,4%, Desde
a revolução industrial o país tem sido criador, inovador e
beneficiário de uma economia globalizada. A exportação de bens produzidos na
Alemanha é um dos principais fatores da riqueza alemã. A Alemanha é maior exportador mundial com 1,13 trilhões * U$ exportado em 2006 (países da Eurozonaincluído) e gerou um superávit comercial de 165 bilhões * €. O setor de serviços contribui com 70% do PIB, a indústria 29,1%
e a agricultura 0,9%. A maioria dos produtos alemães são em engenharia,
especialmente automóveis, máquinas, metais, e produtos químicos. A
Alemanha é o maior produtor de turbinas eólicas e tecnologia de energia solar
do mundo. Algumas
das maiores feiras de negócios internacionais são realizadas todos os anos em
cidades alemãs como Hanôver, Frankfurt am Main e Berlim.
A Alemanha é uma
forte advogada da integração política e econômica europeia, e suas políticas
comerciais são crescentemente mais determinadas por acordos entre os membros da União Europeia e a legislação de mercado comum da UE. A Alemanha usa a moeda comum
europeia, o euro,
e sua política monetária é feita pelo Banco Central Europeu em Frankfurt am Main. Depois da reunificação
alemã em
1990, o padrão de vida e a renda anual permaneceram maiores nos
antigos estados da Alemanha Ocidental. A modernização e integração da Alemanha
Oriental continua sendo um processo longo e programado para 2019, com
transferências anuais do oeste para o leste de 80 bilhões * $US. A taxa de desemprego tem caído desde 2005
e alcançou o menor nível em 15 anos em junho de 2008, com 7,5%. Mas
ele é desigual ao longo da Alemanha, de 6,2% na antiga Alemanha Ocidental à
12,7% na antiga Alemanha Oriental. O governo do Social Democrata (SPD) Gerhard Schröder tentou
reformar a segurança social com o objetivo de reduzir o seu peso sobre a
economia, que é muito grande. Os sistemas de Segurança Social são bastante
desenvolvidos e têm uma longa tradição, que remonta ao governo de Bismarck, na época do Império
Alemão, nos finais do século XIX. Há um conjunto de sistemas (ou caixas) que
recebem contribuições dos seus membros e cobrem os custos (por exemplo as
faturas de consultas médicas) sempre que necessário, num sistema semelhante ao
dos seguros (ver por exemplo Berufsgenossenschaft).
Dentre as
maiores empresas negociadas na bolsa, em relação ao faturamento, o Fortune
Global 500, 37 companhias estão sediadas na Alemanha. As dez maiores são Daimler, Volkswagen, Allianz (a empresa mais lucrativa), Siemens, Deutsche Bank (2ª
mais lucrativa),E.ON, Deutsche Post, Deutsche Telekom, Metro e BASF. As
maiores empregadoras são a Deutsche Post, a Robert Bosch e a Edeka.
Outras grandes empresas de capital alemão são Adidas, Puma AG, Audi, Bayer,
BMW, Deutsche Bahn, Henkel,
Lufthansa, MAN, Nivea,
Porsche, SAP, Schering, ThyssenKrupp, Volkswagen, Wella,
entre outras, que demonstram a força econômica alemã nos mais diversos
segmentos de mercado.
Duas décadas
após a reunificação
alemã, os padrões de vida e renda per capita permanecem significativamente mais elevados
nos estados da antiga Alemanha
Ocidental do
que nos da Alemanha Oriental. A modernização e integração da economia
da Alemanha Oriental continua sendo processo a longo prazo programado para
durar até o ano de 2019, com transferências anuais do oeste para o leste no
valor de aproximadamente 80 bilhões * $US. A taxa de desemprego tem caído consistentemente desde 2005 e
atingiu um ponto baixo de 15 anos em junho de 2008, com 7,5%. Em
2009, a taxa de desemprego foi de 8% em toda a Alemanha; na antiga Alemanha
Ocidental era a metade da taxa em relação ao leste.
O PIB nominal da
Alemanha contraiu-se no segundo e terceiro trimestres de 2008, colocando o país
em uma recessão técnica depois de um ciclo de recessão mundial e europeia. Em janeiro de 2009, o governo alemão
sob Angela Merkel aprovou
um plano de estímulo econômico de 50 bilhões * €
para proteger vários setores de uma recessão e um subsequente aumento das taxas
de desemprego.
Turismo
Desde as
celebrações da Copa do Mundo FIFA de 2006, a percepção interna e externa da imagem nacional da Alemanha mudou. Em
pesquisas mundiais conduzidas anualmente conhecidas como Nation Brands Index, a
Alemanha tornou-se significantemente e repetitivamente mais bem colocada após a
competição. Pessoas de 20 países diferentes foram solicitadas para opinar sobre
a reputação do país em termos de cultura, política, exportação, seu povo e sua
atratividade aos turistas, imigrantes e investimentos. A Alemanha foi nomeada a
nação mais valiosa do mundo dentre 50 países pesquisados em 2008.
Outra pesquisa
de opinião global baseada em 13.575 respostas em 21 países feita pela BBC revelou que a Alemanha é reconhecida como a
melhor influência positiva no mundo em 2009, liderando entre os 16 países
investigados. Uma maioria de 61% possuem uma visão positiva do país, enquanto
15% possuem uma visão negativa.
Com um gasto de 67 bilhões * €
em viagens internacionais em 2008, os alemães investem mais dinheiro em viagens
do que qualquer outro país. Os destinos mais populares foram Espanha, Itália e Áustria.
Infraestrutura
Energia e transporte
Em 2004 a
Alemanha foi o quinto maior consumidor do mundo de energia per capita, e
dois terços de sua energia primária foi importada. No
mesmo ano, a Alemanha foi o maior consumidor de eletricidade da Europa com um
total de 512,9 bilhões dequilowatts-hora.
A política
governamental enfatiza a conservação e o desenvolvimento de fontes de energia
renovável, como a solar, vento, biomassa, hidráulica, e geotérmica. Como resultado das medidas de economia de
energia, a eficiência energética
(a quantidade de energia
necessária para produzir uma unidade do produto interno bruto) vem melhorando
desde o início das medidas nos anos 1970. O governo já definiu o objetivo de
satisfazer metade da demanda energética do país a partir de fontes renováveis
até 2050.
Em 2000, o governo e a indústria nuclear alemã concordou em desativar
gradualmente todos as usinas nucleares até 2021. No entanto, as energias renováveis
estão desempenhando um papel mais modesto do consumo de energia. Em 2006 o
consumo energético foi cumprida pelas seguintes fontes: petróleo
(35,7%), carvão,
incluindo lignito (23,9%), gás natural (22,8%), nuclear (12,6%), energia
hidráulica e
eólica (1,3%) e outros (3,7%).
Desde os anos de
1930 iniciara-se na Alemanha a construção da primeira rede de auto-estradas em
grande escala. O país dispõe de 12.174 km de auto-estradas (Autobahn) e de 40.969 km de estradas
federais (Bundestraßen), o que faz da Alemanha o país com a 3ª maior
densidade de estradas por veículos do mundo. A totalidade de auto-estradas do
país são gratuitas para veículos particulares. Desde 2005, os caminhões de
carga pagam pedágio descontado automaticamente via satélite.
A Alemanha criou
uma rede policêntrica de trens de alta velocidade. O InterCityExpress ou ICE é a
categoria de serviços mais avançados da Deutsche Bahn e
atende às principais cidades alemãs, bem como destinos em países vizinhos. A velocidade
máxima do trem varia entre 160 km/h e 300 km/h. As conexões são
oferecidas em cada intervalo de 30 minutos, a cada hora, ou duas horas.
O transporte
fluvial e marítimo também desempenham um papel importante na
economia do país. Através
dos portos de Hamburgo,Bremerhaven, Ludwigshafen, Lübeck e Rostock, assim como do Porto
de Roterdã, nos Países Baixos, flui enorme parte das exportações
e importações do país. Em 2007,
foram 248,97 milhões de toneladas por via fluvial e transportadas 310,95
milhões de toneladas por via marítima. O porto de Hamburgo é o maior porto alemão e o segundo maior do continente
europeu em
movimento de contêineres, atrás apenas do porto de Roterdã. Em
2006, o movimento de cargas foi de 134,8 milhões de toneladas.
Educação
Na Alemanha, o
verdadeiro responsável pelo sistema de ensino são os estados
(Bundesländer),
enquanto o governo federal desempenha apenas um pequeno papel. O Jardim da Infância é opcional e é fornecido a todas as crianças
entre três e quatro anos de idade. Após esta fase, deve-se frequentar a escola
por no mínimo nove anos (Schulpflicht).[carece de fontes]
A educação
primária normalmente dura quatro anos. Já a educação
secundária inclui
quatro tipos de escolas baseadas nas habilidades do aluno, de acordo com as
recomendações do professor: o Gymnasium inclui as crianças mais bem dotadas e
as prepara para o estudo universitário; a Realschule tem uma grande gama de conteúdo para
estudantes intermediários; a Hauptschule prepara o aluno para uma escola
profissionalizante e a Gesamtschule,
ou escola integrada, que combina os três caminhos.[carece de fontes]
Para entrar em uma
universidade ou escola superior, é necessário que os estudantes prestem uma
prova chamada Abitur. Apesar disso, os estudantes que possuem diploma de
uma escola profissionalizante também podem entrar. Um sistema especial de
aprendizado chamado Duale
Ausbildung (dupla
qualificação) permite que o aluno em treinamento profissional estude em uma
empresa, ao invés de estudar nas escolas normais.[carece de fontes]
A maioria das
universidade alemãs é pública, financiada pelo Estado e até há pouco não era
necessário pagar qualquer tipo de taxa para frequentá-las. No entanto, a
reforma da educação em 2006 mudou esse sistema e agora cada aluno pode pagar
até 800 euros por semestre.
Mídia
O mercado
literário alemão produz anualmente cerca de 18% de todos os livros publicados
no mundo (Feira do Livro de Frankfurt em 2008).
O mercado
televisivo da Alemanha é o maior da Europa, com aproximadamente 34 milhões de
casas com TV.
As muitas redes
de televisão públicas regionais e nacionais estão organizadas de acordo com a
estrutura política federal. Cerca de 90% dos lares alemães possuem TV a cabo ou
por satélite, e os espectadores podem escolher entre uma variedade de canais
abertos públicos e comerciais. Serviços de TV paga não se tornaram populares ou
bem sucedidos enquanto as redes de televisão públicas ZDF
e ARD oferecem
um alcance de canais exclusivamente digitais.
A Alemanha
possui alguns dos maiores conglomerados mundiais de mídia, incluindo Bertelsmann e Axel Springer AG. Algumas das mais populares redes de televisão comerciais abertas são
de propriedade da ProSiebenSat1.
O mercado
literário alemão produz aproximadamente 60.000 novas publicações todo ano. Isso
representa 18% de todos os livros publicados no mundo e coloca a Alemanha como
o terceiro maior produtor de livros mundial. A Feira do Livro de Frankfurt é considerada a feira de livros mais
importante no mundo para negócios e comércio internacional, e tem uma tradição
que já dura mais de 500 anos.
Em dezembro de
2008, os websites mais visitados pelos usuários alemães da internet foram Google.de, Google.com, YouTube, eBay,Wikipedia, Yahoo, Amazon.de e gmx.net.
Ciência e
tecnologia
A Alemanha tem
sido o lar de alguns dos mais proeminentes pesquisadores em vários campos
científicos. O Prêmio Nobel foi concedido a 103 laureados alemães. O
trabalho de Albert Einstein e Max Planck foi crucial para a fundação da física moderna, que Werner Heisenberg eMax Born desenvolveram. Eles
foram precedidos por físicos, tais como Hermann von Helmholtz, Joseph von Fraunhofer e Daniel Gabriel Fahrenheit. Wilhelm Conrad
Röntgen descobriu
os raios X, que são chamados Röntgenstrahlen (raios
Röntgen) em alemão e em muitas outras línguas. Essa conquista fez dele o
primeiro ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1901.
O engenheiro aeroespacial Wernher von Braun desenvolveu
o primeiro foguete espacial e, posteriormente, foi um proeminente membro
da NASA e
desenvolveu o foguete Saturno V, que abriu o caminho para o sucesso do programa Apollo dos Estados Unidos. O trabalho de Heinrich Rudolf Hertz no domínio da radiação eletromagnética foi fundamental para o desenvolvimento das telecomunicações modernas. Através de sua construção do primeiro
laboratório na Universidade de Leipzig em 1879, Wilhelm Wundt é
creditado pelo estabelecimento da psicologia como uma ciência empírica independente. O
trabalho de Alexander von
Humboldt como
um cientista e explorador natural foi fundamental para abiogeografia.
Inúmeros
matemáticos importantes nasceram na Alemanha, incluindo Carl Friedrich Gauss, David Hilbert, Bernhard Riemann, Gottfried Wilhelm
Leibniz, Carl Gustav Jakob Jacobi, Hermann Grassmann, Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet, Karl Weierstrass, Richard Dedekind, Emmy Noether, Felix Klein, Ernst Zermelo e Hermann Weyl. A Alemanha tem sido o lar de
muitos famosos inventores e engenheiros, como Johannes
Gutenberg, que é creditado
pela invenção da prensa móvel para impressão na Europa; Hans Geiger, o criador do contador Geiger; e Konrad Zuse, que construiu o primeiro
computador digital totalmente automático. Inventores, engenheiros e industriais
alemães, tais como o Conde Ferdinand von Zeppelin, Otto Lilienthal, Gottlieb Daimler, Rudolf Diesel, Hugo Junkers, Hans von Ohain, Nikolaus Otto, Robert Bosch, Wilhelm Maybach e Karl Benz ajudaram a dar forma moderna a tecnologia do
automóvel e do transporte aéreo.
Importantes
instituições de pesquisa na Alemanha são a Sociedade Max Planck, a Helmholtz-Gemeinschaft e a Fraunhofer-Gesellschaft.
Elas são independentes ou externamente ligadas ao sistema universitário e
contribuem de forma considerável para a produção científica. O prestigiado Prêmio Gottfried Wilhelm Leibniz é concedido a dez cientistas e acadêmicos a
cada ano. Com um máximo de € 2,5 milhões por prêmio é um dos maiores
prêmios dotado de pesquisa do mundo.
Cultura
A Alemanha é
historicamente chamada de Das Land der Dichter und Denker (A
terra dos poetas e pensadores). Desde 2006,
o país tem se autodenominado Terra das ideias. A
cultura alemã tem seu início muito antes do surgimento da Alemanha como um estado-nação e abrange todo o mundo falante do alemão. De suas raízes, a cultura na Alemanha tem
sido moldada pelas principais tendências intelectuais e populares da Europa,
tanto religiosas quanto seculares. Como resultado, é difícil identificar uma
tradição alemã específica separada de um contexto maior da alta cultura europeia. Outra consequência destas
circunstâncias é o fato de que alguns personagens históricos, como Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Kafka e Paul Celan, apesar de não terem sido cidadãos da
Alemanha no sentido moderno, devem ser considerados no contexto da esfera
cultural alemã a fim de compreender suas situações, trabalhos e relações
sociais históricas.
Na Alemanha, os
estados federais são encarregados das instituições culturais. Existem 240 teatros subsidiados, centenas deorquestras
sinfônicas, milhares de museus e mais de 25.000 bibliotecas espalhadas pelos 16 estados. Estas
oportunidades culturais são aproveitadas por milhões de pessoas: os museus
alemães recebem mais de 91 milhões de visitantes a cada ano; anualmente, 20
milhões assistem peças nos teatros e óperas; enquanto 3,6 milhões escutam às
grandes orquestras sinfônicas.
A Alemanha
reivindica alguns dos compositores de música erudita mais renomados mundialmente, incluindo Johann Sebastian Bach,Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms, Richard Wagner, Richard Strauss e Paul Hindemith. Desde 2006, a Alemanha é o quinto maior
mercado de música no mundo e influenciou o pop e rock através de artistas como Kraftwerk, Scorpions, Rammstein e Tokio Hotel.
Diversos
pintores alemães obtiveram prestígio internacional através de seus trabalhos em
vários estilos artísticos. Hans Holbein, o Jovem, Matthias Grünewald,
e Albrecht Dürer foram artistas importantes do Renascimento, Caspar David
Friedrich do Romantismo, e Max Ernst do Surrealismo. Contribuiçõesarquitetônicas da Alemanha incluem os estilos carolíngio e otoniano, os quais foram precursores importantes do Românico. A
região posteriormente tornou-se o local de trabalhos significantes em estilos
tais quais o Gótico, Renascentista e Barroco. Alemanha foi particularmente importante no
começo do movimento
moderno, especialmente
através do movimento Bauhaus fundado por Walter Gropius. Ludwig Mies van der Rohe, também da Alemanha, tornou-se um dos mais renomados arquitetos do
mundo na segunda metade do século 20. A fachada de vidro para arranha-céus foi sua ideia.
Filosofia e
literatura
A influência da Alemanha na
filosofia é
historicamente significante e muitos notáveis filósofos alemães ajudaram a
moldar a filosofia
ocidental desde a Idade
Média. As contribuições de Gottfried Wilhelm
Leibniz ao racionalismo; o estabelecimento do idealismo
alemão clássico
porImmanuel
Kant, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Friedrich Wilhelm Joseph Schelling e Johann Gottlieb Fichte; a formulação da teoria comunista por Karl Marx e Friedrich Engels; a composição de pessimismo metafísico de Arthur
Schopenhauer; o
desenvolvimento do perspectivismo de Friedrich
Nietzsche; a fenomenologia de Edmund Husserl; os trabalhos sobre o ser de Martin Heidegger; e as teorias sociais de Jürgen Habermas foram
especialmente influentes.
A literatura
alemã pode
ser remontada à Idade Média, aos trabalhos de escritores tais como Walther von der
Vogelweide e Wolfram von
Eschenbach. Diversos autores e poetas alemães obtiveram grande
renome, incluindo Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich
Schiller. As coleções de
contos folclóricos publicadas pelos Irmãos Grimm popularizaram mundialmente o folclore alemão. O país foi, no século XIX, o "foco do romantismo.
Autores
influentes do século XX incluem Erich Maria Remarque, Thomas Mann, Berthold Brecht, Hermann Hesse, Heinrich Böll, e Günter Grass.
Cinema
O cinema alemão remonta aos anos iniciais com o trabalho de Max Skladanowsky. Ele foi particularmente influente durante
os anos da República
de Weimar com
expressionistas alemães, como Robert Wiene e Friedrich Wilhelm Murnau. O diretor austríaco Fritz Lang, que se tornou cidadão alemão em
1926 e cuja carreira floresceu no período pré-guerra da indústria
cinematográfica alemã, é dito ter sido uma grande influência sobre o cinema de Hollywood. Seu filme mudo Metrópolis (1927) é referido como o nascimento dos
filmes modernos de ficção
científica.
Em 1930,
austro-americano Josef von Sternberg dirigiu O Anjo Azul, que foi o principal primeiro filme sonoro alemão
e trouxe fama mundial com a atriz Marlene Dietrich. O documentário impressionista Berlim: Sinfonia de uma Grande
Cidade, dirigido por Walter Ruttmann, é um exemplo proeminente do gênero cidade sinfonia. A era nazista
produziu principalmente filmes de propaganda, embora a obra de Leni Riefenstahl ainda tenha introduzido nova estética aos
filmes.
Durante os anos
1970 e 1980, os diretores Novo
Cinema Alemão, como Volker Schlöndorff, Werner Herzog, Wim Wenders, Rainer Werner Fassbinder colocaram o cinema da Alemanha
Ocidental novamente
no cenário internacional, com seus filmes muitas vezes provocantes. Mais
recentemente, filmes como Good Bye Lenin! (2003), Gegen
die Wand (2004), Der Untergang (2004) e Der Baader Meinhof Komplex (2008) obtiveram sucesso internacional.
O Oscar de
melhor filme estrangeiro foi para a produção alemã Die Blechtrommel (O Tambor), em 1979, para Nowhere
in Africa, em 2002, e para Das Leben der Anderen (A Vida
dos Outros), em 2007. Dentre
os mais famosos atores alemães estão Marlene Dietrich,Klaus Kinski, Hanna Schygulla, Armin Mueller-Stahl, Jürgen Prochnow e Thomas
Kretschmann.
O Festival
de Berlim, realizado
anualmente desde 1951, é um dos principais festivais de cinema do mundo. Um
júri internacional coloca ênfase na representação de filmes de todo o mundo e
prêmios aos vencedores com Ursos de Ouro e Prata. A cerimônia anual dos Prêmios do Cinema Europeu é realizada a cada dois anos na cidade de Berlim,
onde a Academia de Cinema Europeu está localizada. Os estúdios Babelsberg, em Potsdam, são os mais antigos estúdios de cinema em
grande escala no mundo e um centro de produção cinematográfica internacional.[carece de fontes]
Culinária
A cozinha alemã varia de região para região. As regiões do
sul da Baviera e Suábia, por exemplo, compartilham uma cultura
culinária com a Suíça e com a Áustria. A carne de porco, bovina e de aves são as principais
variedades de carne consumida na Alemanha, sendo a carne de
porco a mais popular. Em
todas as regiões, a carne é muitas vezes comida em forma de salsicha. Mais de 1500 tipos de salsicha são
produzidos na Alemanha. Alimentos
orgânicos ganharam
uma quota de mercado de cerca de 3,0%, e deverão aumentar ainda mais.
Apesar de vinho estar se tornando mais popular em muitas
partes da Alemanha, a bebida alcoólica nacional é a cerveja. O consumo de cerveja alemã por pessoa está
em declínio, mas, em 116 litros por ano, ele ainda está entre os mais altos do
mundo. As
variedades de cerveja incluem Alt, Bock, Dunkel, Kölsch, Lager, Malzbier, Pils e Weizenbier. Entre os 18 países ocidentais pesquisados,
a Alemanha foi classificada na 14ª posição na lista de consumo per
capita de refrigerantes em geral, enquanto o país ocupa o terceiro
lugar no consumo de sucos de frutas. Além
disso, a água
mineral gaseificada e Schorle (esse
misturado com suco de frutas) são muito populares na Alemanha.
Desporto
Os desportos
formam uma parte integral da vida alemã. Vinte e sete milhões de alemães são
membros de um clube desportivo e um adicional de doze milhões praticam tal
atividade individualmente. Futebol é o desporto mais popular. Com mais de 6,3
milhões de membros oficiais, a Federação Alemã de Futebol (Deutscher Fußball-Bund) é a maior
organização desportiva de seu tipo no mundo. A Bundesliga atrai a melhor média de público de
qualquer liga desportiva profissional no mundo. A seleção nacional de futebol alemãvenceu a Copa do Mundo da FIFA em 1954, 1974 e 1990, e o Campeonato Europeu de Futebol em 1972, 1980 e 1996.
O país também sediou a Copa do Mundo da FIFA em 1974 e 2006, e o
Campeonato Europeu de Futebol em 1988.
Entre os mais bem sucedidos e renomados futebolistas estão Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Jürgen Klinsmann, Lothar Matthäus, e Oliver Kahn. Outros desportos populares incluem handebol, voleibol, basquetebol, hóquei no gelo, e tênis.
Historicamente,
desportistas alemães têm sido alguns dos mais bem sucedidos participantes dos Jogos Olímpicos, classificado na terceira posição em um
quadro de medalhas de todos os tempos dos Jogos Olímpicos, combinando as
medalhas das Alemanhas Ocidental e Oriental. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, a Alemanha terminou em quinto no quadro de
medalhas, enquanto nosJogos Olímpicos de Inverno de 2006, eles terminaram em primeiro. O
país organizou os Jogos Olímpicos de Verão duas vezes, emBerlim em 1936 e em Munique em 1972.
Os Jogos Olímpicos de Inverno aconteceram na Alemanha em uma ocasião, em 1936 quando eles foram sediados nas cidades-irmãs
de Garmisch e Partenkirchen, na Baviera.
A Alemanha é um
dos países líderes em corridas no mundo. Carros, equipes e pilotos vencedores
de corridas surgiram da Alemanha. O mais bem sucedido piloto da Fórmula 1 na história, Michael
Schumacher, estabeleceu os
mais significantes recordes de sua modalidade durante sua carreira e venceu
mais campeonatos e corridas da Fórmula 1 do que qualquer outro piloto desde sua
primeira temporada na Fórmula 1 em 1946.
Ele é um dos mais bem pagos desportistas da história e tornou-se num atleta
bilionário. Construtores como BMW
Sauber F1 Team e Mercedes
Grand Prix estão
entre as principais equipes no patrocínio de corridas. Porschevenceu as 24
Horas de Le Mans, uma
corrida anual de prestígio que acontece na França, em 16 ocasiões. A Deutsche
Tourenwagen Masters é uma série popular na Alemanha.
Atualmente o grande nome da Alemanha na Formula 1 é o piloto Sebastian Vettel, campeão das temporadas 2010 , 2011 e 2012 pela equipe Red Bull Racing.
Sem comentários:
Enviar um comentário