Paris - Sacré Coeur
Europa
A Grande Viagem
França
Foto Reportagem
Fotos sequencialmente obtidas no mês de Julho e Agosto de
2002 num percurso turístico que abrangeu a Bélgica, a Holanda, a Dinamarca, a
Suécia, a Finlândia, a Noruega, a França, a Espanha e Portugal. FRANÇA
(Versailles, Paris, Mont S. Michell e La Rochelle)
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
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FRANÇA
França (em francês: France;), oficialmente República Francesa (em francês: République
française; é um país localizado na Europa Ocidental, com várias ilhas e territórios
ultramarinos noutros continentes. A França Metropolitana se estende do Mediterrâneo ao Canal da Mancha e Mar do Norte, e do Rio Reno ao Oceano
Atlântico. É
muitas vezes referida como L'Hexagone ("O Hexágono") por causa da forma geométrica do seu território. A nação é o
maior país da União Europeia em área e o terceiro maior da Europa, atrás apenas da Rússia e da Ucrânia (incluindo seus territórios
extraeuropeus, como a Guiana Francesa, o país torna-se maior que a Ucrânia).
Por
cerca de meio
milênio, a França tem sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política no âmbito europeu e global.
Durante muito tempo o país exerceu um papel de liderança e hegemonia na Europa
(principalmente a partir da segunda metade do século XVII e parte do XVIII). Ao
longo daqueles dois séculos, a França iniciou a colonização de várias áreas do planeta e,
durante o século XIX e início do século XX, chegou a constituir o segundo maior império da história, o que incluía grande parte da América
do Norte, África Central e Ocidental, Sudeste
Asiático e muitas ilhas do Pacífico.
A
nação francesa tem seus principais ideais expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A República Francesa é
definida como indivisível, laica, democrática e social pela sua constituição. A França é um dos países
mais desenvolvidos do mundo, possui a quinta maior economia do mundo por PIB nominal, a nona maior por paridade do poder de compra e a segunda maior de toda a
Europa. O país goza de um alto padrão de vida, bem como um elevado nível de
escolaridade pública, além de ter uma das mais altas expectativas de vida do mundo. A França foi classificada como o
melhor provedor saúde pública do mundo pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). É o país mais visitado no mundo,
recebendo 82 milhões de turistas estrangeiros por ano.
A
França tem o terceiro maior orçamento militar do mundo , a terceira maior força militar da OTAN e o maior exército da União Europeia, além de ser um dos cinco membros
permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e possuir o terceiro maior número de armas nucleares do mundo. O país é um dos membros fundadores da
União Europeia e possui a maior área e a segunda maior economia do bloco. É
também membro fundador da Organização das Nações Unidas, além de ser membro da Francofonia, do G8, do G20, da OTAN, da OCDE, da OMC e da União Latina.
Etimologia
Não
há muitos relatos sobre a origem do nome França. O nome Francia refere-se à área original do norte da Europa, que era habitada, ou melhor dominada, por guerreiros germânicos que chamavam a si próprios de francos. Francia é uma adaptação latina do século III do termo Franko(n), nome que os francos a
deram quando estavam em seu domínio, atualmente localizada provavelmente no que
hoje corresponde à região de Flandres, na Bélgica. Realmente, a partir dos
séculos III e IV, os romanos já tinham tido contacto com os francos. Os romanos
vieram a contratá-los como mercenários em seu exército, e bem antes das invasões
germânicas. O
nome Francia, não tem conotação política, mas sim de localização ou
sociológica, como Magrebe ou os Bálcãs no século XXI. O povo franco era uma nação de
guerreiros que elegia um chefe de guerra denominado rei dos francos, e local livre, sob a sua competência pelos assuntos de Guerra. A guerra é considerada como o valor da liberdade, e a palavra
"franco" se tornou, a partir daí, sinónimo de livre.
Outra
teoria é que o nome dos francos deriva da palavra goda "frankon", que
era o nome do machado de guerra utilizado pelos habitantes da região. Esse
machado atualmente é conhecido como franquisque, conforme designado no
"Ethymologiarum sive originum, libri XVIII", livro escrito por
Isidore de Sevilha (c. 560 - 636).
História
Os francos foram uma tribo germânica,
provavelmente originária da Panônia, uma região do território onde hoje se
situa a Hungria, e que mais tarde se mudaram
para o oeste, para ocupar a região da Frísia, onde atualmente estão os Países Baixos.
Em
meados do século IV da nossa era, na época da
decadência do Império Romano, o imperador Juliano, para
pacificar estas tribos, lhes cedeu a Gália, e os francos se incorporaram
ao império como um aliado federado.
Na
época do seu apogeu, o reino dos francos abarcou a maior parte do atual
território da França e parte do que hoje é a Alemanha (Francônia). Este povo germânico
uniu-se aos povoadores celtas do lugar, os gauleses, e ambos os grupos
indo-europeus constituíram a origem do que séculos mais tarde seria a nação
francesa. No entanto, os francos deixaram uma marca mais forte que a dos
gauleses, pelo menos no nome do país: etimologicamente, França significa ´terra
dos francos´.
As
fronteiras da França moderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga
Gália, território habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos Romanos no século I a.C., e os gauleses
acabaram por adoptar a cultura e a língua latinas.
O cristianismo instalou-se durante os séculos
II e III. As fronteiras do leste da Gália ao longo do rio Reno foram atravessadas por tribos
germânicas - principalmente os Francos, dos quais o antigo nome
"Francie" vem - durante o século IV.
Apesar
de a monarquia francesa ser muitas vezes datada do século V, a existência contínua da
França como uma entidade separada começa com a divisão do império franco de Carlos Magno em uma parte leste e uma parte
oeste. A parte do leste pode ser considerada como o começo do que é a atual
Alemanha, a parte oeste como a França.
Monarquia à
república
Os
sucessores de Carlos Magno dirigiram a França até 987, quando Hugo Capeto, Duque de França e conde de
Paris, foi coroado Rei da França. Seus sucessores, a dinastia dos Capetos,
dirigiram a França até 1789, quando a Revolução
Francesa instalou uma República, em uma época de mudanças radicais que
começou em 1789.
Após
diversas mudanças, a França chegou ao século XX como um país em transição
política constante, passando, diversas vezes, por diferentes regimes políticos,
piorando sua imagem no mundo (sendo que não possuía tantas colônias como a
Inglaterra, que tinha um vasto império que agregava 1/4 do mundo). Com eclosão
da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945),
em 1940 a Alemanha declarou guerra à França e invadiu o país. Após apenas 43
dias de combates, os franceses se renderam e precisaram da ajuda dos aliados
(em destaque, o Reino Unido e os Estados Unidos) para sua libertação (iniciada
no Dia D, 6 de Junho de 1944).
Apesar
disso, no final da guerra, a França obteve o estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguiu entrar no restrito
clube de potências nucleares e foi, juntamente com a Alemanha, o principal incentivador da
criação da Comunidade
Europeia.
Atualmente,
a França é um país de língua latina, que ocupa a maior parte das
antigas tribos gaulesas célticas, conquistada por Júlio César, mas que leva seu nome dos francos uma tribo germânica, cujo nome significa
"homens livres", que foi formada tardiamente e instalada em uma parte
do terreno do Império Romano.
Geografia
A França metropolitana está situada na faixa entre as latitudes 41° e 51° N (Dunkirk é
apenas a norte de 51°) e as longitudes 6° W e 10° E, na ponta mais ocidental da Europa e, portanto, se situa dentro da
zona temperada do norte.
Enquanto
a França metropolitana está localizada na Europa Ocidental, a França também tem
territórios na América
do Norte, Caribe, América
do Sul, sul do Oceano Índico, Oceano Pacífico e na Antártica. Estes territórios têm diferentes
formas de governo que vão desde departamento de ultramar à coletividade de ultramar. Os departamentos e coletividades ultramarinas da França e
partilham fronteiras terrestres com o Brasil e Suriname (fronteira com a Guiana Francesa) e as Antilhas
Holandesas (fronteira com Saint-Martin).
A
França metropolitana abrange 547.030 quilômetros quadrados e têm a maior área territorial
entre os membros da União Europeia.18A França possui uma grande
variedade de paisagens, desde as planícies costeiras no norte e oeste, as cordilheiras dos Alpes no sudeste, o Maciço Central da região centro-sul até os Pirinéus no
sul-oeste. Com 4.810,45 metros acima do nível do mar, o Mont Blanc é
o ponto mais alto da Europa Ocidental, situado nos Alpes, na
fronteira entre a França e a Itália. A França Metropolitana também
tem sistemas fluviais extensos como o Sena, o Loire, Garonne e
o Ródano, que divide o Maciço Central
dos Alpes e deságua no Mar
Mediterrâneo. A Córsega está ao largo da costa do
Mediterrâneo.
A
área total terrestre da França, com seus departamentos e territórios
ultramarinos (excluindo Adélie Land), é de 674.843 km², 0,45% da
área total da Terra. Contudo, a França possui a segunda maior Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do mundo, que abrange 11.035.000 km², cerca
de 8% da superfície total de todos as ZEEs do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (11.351.000 km²) e à frente
da Austrália (8.232.000 km²). O norte e o noroeste do país têm um
clima temperado, enquanto que uma combinação de influências marítimas, latitude
e altitude produzem um clima variado no resto da França metropolitana. No sudeste prevalece o clima
mediterrâneo.
No oeste, o clima é predominantemente oceânico, com um elevado nível de pluviosidade, invernos suaves e verões quentes. No interior o clima
torna-se mais continental, com verões quentes e
tempestuosos, invernos mais frios e menos chuva. O clima dos Alpes e de outras regiões montanhosas
é principalmente alpino, com o número de dias com
temperaturas abaixo de zero passando de 150 por ano e com uma cobertura de neve
com duração de até seis meses.
Demografia
A
população da França é de aproximadamente 65,4 milhões de pessoas (segundo
estimativas para janeiro de 2010), dos quais 62 793 432 habitam a França Metropolitana, com uma densidade de 115 habitantes por quilômetros
quadrado, 2 653 942 habitam a França Ultramarina, incluindo uma
comunidade de dois mil cientistas e investigadores destacados na Antártida.
Segundo
dados do CIA World Factbook, 77% da população francesa vive em áreas urbanas. Paris, junto à sua área metropolitana (correspondente à região
conhecida como Île-de-France, concentra 11 769 443
habitantes23 , o que a converte em uma das
maiores do mundo, e a mais povoada da União Europeia. Outras áreas metropolitanas
como mais de um milhão de habitantes são Marselha e Lyon, com mais de um milhão e meio habitantes cada uma.
A esperança
de vida ao nascer é de 80,7 anos, sendo 77,1 para os
homens e 84,1 para as mulheres. Os homens tendem a ter empregos a tempo completo, enquanto
nas mulheres tende a ser parcial. Na França, as férias legais pagas somam cinco
semanas para cada ano de trabalho. É considerado como um dos países com melhor
qualidade de vida do planeta. Sua população desfruta de um alto grau de
serviços, e o índice de saúde é um dos melhores do mundo.
A
população está composta por descendentes de vários grupos étnicos,
principalmente de origem celta (mas também ligure eibero), fundamentalmente gauleses fusionados com a população
precedente, que deram à região o nome de Gália
(que hoje é
a França), que incluía também Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Cronologicamente, foram-se
somando outros grupos étnicos: no processo histórico formativo da França atual,
são também significativas as populações de origem grega, romana, basca, germânica (principalmente de francos, como também de burgúndios), viking (na Normandia) e, em menor medida, os sarracenos.
Desde
o século XIX, a França é um país de imigração. Mais de 90% da população
nasceu dentro do próprio país .
Entre os estrangeiros que vêm se integrando, predominam os magrebes, italianos e espanhóis
(a imigração
espanhola no país começou desde 1999), portugueses, polacos, subsaarianos, chineses (um milhão em 2007), turcos (entre 400 e 500 mil), vietnamitas (250 mil) e ciganos (entre 200 e 300 mil). A maior
parte de imigrantes nos últimos anos provêm do Magrebe. No total, existem 4,5 milhões
de imigrantes , do qual
aproximadamente um milhão e meio nasceram em terras estrangeiras, mas têm
adquirido a nacionalidade francesa, ainda que mais de três milhões desses
imigrantes sejam considerados estrangeiros.
Os
estudos da população da francesa mostram que a maioria da sua composição dos
cidadãos são de origem europeia (91,6%), entre os quais franceses (85%) os outros 6,5% provêm de
outros países. 5,75 vêm de países da África, 3% da Ásia e 0,6% da América. Esta composição é consequência da
evolução migratória e da presença significativa da população nascida na França,
porém estrangeira, geralmente imigrantes que através dos anos foram obtendo a cidadania francesa. A população de origem judia era estimada em
550 mil habitantes, a princípios dos anos 2000, ainda que não existam dados estatísticos, pois a lei proíbe recolher dados sobre etnias ou religiões.
Religião
França
é um país secular e a liberdade de religião é um direito constitucional. O
governo francês não mantém estatísticas sobre adesão religiosa, etnias ou filiação política. No
entanto, existem algumas estimativas não oficiais.
O catolicismo
romano tem sido a religião predominante na França há mais
de um milênio, embora não seja tão ativamente praticado hoje como era antes.
Uma pesquisa realizada pelo jornal católico La
Croix descobriu que, enquanto
em 1965, 81% dos franceses se declaravam como católicos, em 2009 essa proporção
era de 64%. Além disso, embora 27% dos franceses ia à missa uma vez por semana
ou mais em 1952, apenas 4,5% o fizeram em 2006; 15,2% assistiam à missa pelo
menos uma vez por mês. O mesmo
estudo constatou que os protestantes responderam por 3% da
população, um aumento em relação às pesquisas anteriores e 5% seguiam outras
religiões, sendo que os restantes 28% declarando que não tinham nenhuma religião.
De
acordo com uma sondagem de janeiro de 2007 realizada pela Catholic World News, apenas 5% da população francesa
frequentava a igreja regularmente (ou 10% frequentam os serviços da igreja
regularmente entre os entrevistados que se identificaram como católicos). A
pesquisa mostrou que 51% dos entrevistados se identificou como católicos, 31% se identificou como agnósticos ou ateus (outra pesquisa define
a proporção de ateus como igual a 27%), 10% se
identificou como sendo de outras religiões ou sem opinião, 4% identificados
como muçulmanos, 3% se identificaram como protestantes, 1% se identificaram como budistas e 1% se identificaram como judeus. Enquanto isso, uma estimativa
independente do politologista Pierre Bréchon, em 2009, concluiu que a proporção
de católicos havia caído para 42% enquanto o número de ateus e agnósticos havia
subido para 50%. Os valores mais
recentes da World Christian Database datados de 2010 e divulgados pelo site The
ARDA mostram que 68,23% dos franceses são seguidores do Cristianismo, 16,41% são agnósticos, 8,55%
são muçulmanos, os ateus são 4,13%, os judeus 1% e outras religiões são
seguidas por 1,67% da população. De
acordo com o Fórum
Pew "Na França, os defensores de uma lei de 2004 que proíbe o uso
de símbolos religiosos nas escolas dizem que protegem as meninas muçulmanas de
serem forçadas a usar um lenço na cabeça, mas a lei também restringe aqueles
que querem usar o véu - ou qualquer outro símbolo "conspícuo"
religioso, incluindo grandes cruzes cristãs e turbantes sikh - como expressão de sua fé."
De
acordo com a mais recente pesquisa do Eurobarômetro,
de 2005, 34% dos cidadãos
franceses responderam que "acreditam que existe um deus", enquanto
27% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força
vital e 33% que "não acredito que haja qualquer tipo de espírito, deus, ou
força vital." Um outro estudo mostra 32% de pessoas na França se declaram
como ateus e outros 32% declaram-se como "cético sobre a existência de
Deus, mas não um ateu."
As
estimativas do número de muçulmanos na França variam amplamente. De
acordo com o censo francês de 1999, havia 3,7 milhões de pessoas
"provavelmente de fé muçulmana" na França (6,3% da população total).
Em 2003, o Ministério do Interior francês estimou que o número total de
muçulmanos estava entre cinco e seis milhões (8-10%). A comunidadejudaica atual na França é de cerca de
600.000 pessoas de acordo com o Congresso Mundial Judaico e é a maior na Europa. No entanto, tanto o Banco de Dados Judeus Norte-Americano quanto
a Biblioteca Virtual Judaica colocam essas estimativas mais perto de 480 mil
pessoas em 2010.
Desde
1905 o governo francês tem seguido o princípio da laicidade, em que é proibido de
reconhecer qualquer direito específico de uma comunidade religiosa. Em vez
disso, o governo apenas reconhece as organizações religiosas, de acordo com
critérios formais legais que não tratam a doutrina religiosa. Por outro lado,
as organizações religiosas devem abster-se de intervir na elaboração de
políticas.
Idioma
O
idioma oficial na França é o francês, proveniente do françano, variante linguística
falada na Ilha de França que nos princípios da Idade Média e, ao longo dos séculos, se
impôs ao resto das línguas e variantes linguísticas que se falam em quaisquer
partes da França.
Apesar
disto, esta imposição do francês tem sido fruto de decisões políticas tomadas
ao longo da história, com o objetivo de criar um Estado uniformizado
linguisticamente. Feito isto, o artigo 2 da constituição francesa de 1958 disse
textualmente que «La langue de la République est le français».
Este
artigo tem servido para não permitir o uso oficial nos âmbitos de uso culto das
línguas que se falam na França: o catalão, o bretão, o corso, o ocitano, o provençal, o franco-provençal, o basco e o alsaciano. Somente se tem permitido
ensinar alguma destas línguas como segunda língua estrangeira optativa na
escola pública. A imigração proveniente de fora do país, assim como de regiões
exclusivamente francófonas, faz com que a percentagem de falantes destas
línguas seja cada vez mais baixa.
Do
século XVII a meados do século XX, o francês serviu como língua internacional
proeminente da diplomacia e das relações internacionais, bem como uma língua franca entre as classes cultas da Europa. A posição
dominante da língua francesa nas relações internacionais tem apenas sido desafiada
recentemente pelo inglês, desde o surgimento dos Estados Unidos como uma grande potência.
Governo e política
A
República Francesa é uma república unitária semipresidencialista com fortes tradições democráticas. A constituição da V República foi aprovada por
referendo em 28 de setembro de 1958. É
extremamente reforçada a autoridade do executivo em relação ao Parlamento. O poder executivo em si tem dois dirigentes: o presidente da República, atualmente François
Hollande, que é chefe de estado e é eleito diretamente por sufrágio
universal para um mandato de 5 anos (antes de 7 anos) e o Governo, liderado pelo primeiro-ministro nomeado pelo presidente. O
primeiro-ministro atual é Jean-Marc Ayrault.
O parlamento francês é uma legislatura bicameral, composto por uma Assembleia Nacional (Assemblée Nationale) e um Senado. Os deputados da Assembleia Nacional
representam círculos eleitorais locais e são diretamente eleitos para mandatos
de 5 anos. A Assembleia tem o
poder de demitir o gabinete e, assim, a maioria na Assembleia determina a
escolha do governo. Os senadores são escolhidos por um colégio
eleitoral para mandatos de 6 anos (inicialmente 9 termos homólogos), e
metade dos assentos são submetidos a eleição a cada 3 anos, com início em
Setembro de 2008.
Os
poderes legislativos do Senado são limitados; em caso de desacordo entre as
duas câmaras, a Assembleia Nacional tem a palavra final, exceto para as leis
constitucionais e lois
organiques (leis que são
diretamente previstas pela Constituição), em alguns casos. O governo tem uma forte influência na
formação da ordem do dia do Parlamento.
A
política francesa caracteriza-se por dois grupos políticos opostos: um de esquerda, centrada em torno do Partido Socialista Francês, e os outros da ala direita, anteriormente centrada em
torno do Rassemblement
pour la République (RPR)
e agora seu sucessor, o Union
pour un mouvement populaire (UMP). O poder executivo é atualmente
composto na sua maioria por membros do UMP.
Lei
Os
princípios básicos que a República Francesa deve respeitar encontram-se na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
França
usa um sistema romano-germânico; isto é, a
lei surge principalmente a partir de estatutos escritos; os juízes não fazem
leis, mas apenas as interpretam (embora a quantidade de interpretação judicial
em determinadas áreas faz com que seja equivalente a jurisprudência). Os
princípios básicos do Estado de direito foram estabelecidas no Código
de Napoleão (que era, por sua vez, em grande parte, baseado na lei real
codificada no reinado de Luís XIV). De acordo com os princípios
da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão a lei só deve proibir as ações
prejudiciais à sociedade. Como Guy Canivet, o primeiro presidente do Tribunal
de Cassação da França, escreveu sobre a gestão das prisões: "A
liberdade é a regra e sua restrição é a exceção; qualquer restrição de
liberdade deve ser prevista por lei e deve seguir os princípios da necessidade
e proporcionalidade". Ou seja, a lei legislar proibições somente se
elas forem necessárias e se os inconvenientes causados por
essa restrição não excedam os inconvenientes que a proibição supostamente irá
resolver.
A
lei francesa é dividida em duas áreas principais: o direito privado e o direito público. O direito privado inclui, na
lei, nomeadamente o direito penal e civil. O direito público inclui, na lei,
designadamente os direitos administrativo e constitucional. No entanto, em
termos práticos, a lei francesa compreende três principais áreas do direito:
direito civil, direito penal e direito administrativo.
A
França não reconhece a lei religiosa, nem reconhece crenças
religiosas ou a moralidade como uma motivação para a promulgação de proibições.
Como consequência, a França há muito tempo não tem qualquer lei de blasfêmia nem leis contra a sodomia
(a última
sendo abolida em 1791). No entanto, "os crimes contra a decência
pública" (moeurs contraires aux bonnes) ou perturbação da ordem
pública (rouble à l'ordre public) foram usados para
reprimir manifestações públicas de homossexualidade ou a prostituição de rua.
Leis
penais só podem abordar o futuro e não o passado criminal (leis ex post
facto são
proibidas), e para serem aplicáveis, as leis devem ser oficialmente publicado
no Journal Officiel de la
République Française.
A
França é tolerante com a comunidade LGBT.
Desde 1999, as uniões civis para casais homossexuais são
permitidas, embora o casamento homossexual só agora foi legalizado na
França. Leis de condenação ao racismo, sexismo ou o anti-semitismo são antigas e importantes, por
exemplo, leis que proíbem o discurso discriminatório na imprensa são tão
antigas como 1881.
Em
2010, a França aprovou uma lei que proíbe véus de rosto em público, incluindo
aqueles usados pelas mulheres muçulmanas. A Anistia Internacional condenou a lei como uma violação
da liberdade de expressão. Em setembro
de 2011, duas mulheres muçulmanas foram multadas por usar o niqab,
mas elas recorreram das multas.
Relações internacionais
A Declaração Schuman é o título que informalmente
conhecido como pronunciado pelo Ministério de Relações
Exteriores da França, Robert
Schuman a 9 de maio de 1950 — tal como o conhece a União Europeia — se deu o primeiro passo para a
formação desta organização ao propor a comunitarização do carvão e do aço de
França, Alemanha e demais países aderentes.
A
França faz grupo dos seis países que são originários mediantes ao Tratado de Paris e constituíram a comunidade
europeia do carvão e do aço (CECA). A este tratado seguem outros que
compõem a União Europeia atualmente. Os franceses contam com a segunda
representação mais numerosa no Parlamento
Europeu, em
virtude de seu número de habitantes; todavia, o francês Jean-Claude
Tricheté o
presidente do Banco Central Europeu e Jacques Barrot é um dos vice-presidentes da Comissão
Europeia para o período 2004-2009.
A
presidência francesa do Conselho da União Europeia no segundo semestre de 2008 está
marcada dentro do sistema de administração rotativa da dita instituição.
Forças Armadas
Desde
a Guerra
da Argélia, a conscrição foi progressivamente reduzida e
finalmente foi suspensa em 2001 por Jacques Chirac. O número total de pessoal
militar é de 359.000. A França gasta 2,6% de seu PIB com defesa, ligeiramente mais do
que o Reino Unido (2,4%), e é o mais elevado na União Europeia, onde a despesa
da defesa é geralmente inferior a 1,5% do PIB. Juntos, eles representam 40% das
despesas da defesa da UE. Por volta de 10% do orçamento da defesa da França vai para sua força de frappé, ou armas nucleares. Uma parte significante do equipamento é feita na França.
Algumas armas, como o Grumman E-2 Hawkeye ou o E-3 Sentryforam compradas dos Estados
Unidos. Apesar de se retirar do projeto do Eurofighter,
a França está investindo em projetos europeus como o Eurocopter Tiger.
As Forças Armadas francesas estão divididas em
quatro:
Armée
de Terre (Exército)
Marine
Nationale (Marinha)
Armée de l'Air (Força Aérea)
Gendarmerie Nationale Uma força militar que age como
uma Polícia Nacional Rural e como uma Polícia Militar.
Divisões administrativas
A
França está dividida em 26 regiões administrativas. 22 estão na França metropolitana (21 estão na parte continental
da França metropolitana, é uma colectividade territorial da Córsega), e quatro são regiões ultramarinas. As regiões estão subdivididas em 100 departamentos que são numerados
(principalmente em ordem alfabética). Esse número é usado em códigos postais e
placas de matrícula, entre outros. Os cerca de 100 departamentos estão
subdivididos em 341 circunscrições que são, por sua vez,
subdivididas em 4.032 cantões. Estes cantões estão divididos
em 36.680 comunas, que são municípios com um conselho municipal
eleito. Também existem 2.588 entidades intermunicipais, agrupando 33.414 das
36.680 comunas (ou seja, 91,1% de todos os municípios). Três municípios, Paris,Lyon e Marselha também estão subdivididos em 45
circunscrições municipais.
As
regiões, departamentos e comunas são todos conhecidos como coletividades
territoriais, o que significa que eles possuem assembleias locais, bem como um
executivo. Arrondissements e cantões são divisões meramente
administrativas. No entanto, este não foi sempre o caso. Até 1940, os
arrondissements também eram coletividades territoriais, com uma assembleia
eleita, mas estas foram suspensas pelo regime de Vichy e definitivamente abolida pela Quarta República, em 1946. Historicamente, os cantões eram também
coletividades territoriais, com suas assembleias eleitas.
Economia
Um
membro G8, grupo líder dos principais países industrializados, o país é
classificado como a quinta maior economia do mundo e segunda maior da Europa é por PIB nominal; com 39 das 500 maiores empresas do
mundo em 2010, a França ocupa o quarto lugar no mundo e o primeiro na Europa na lista Fortune
Global 500, à
frente da Alemanha e do Reino Unido. A França se juntou aos onze
outros membros da União Europeia para criar o euro em 1 de Janeiro de 1999, substituindo completamente o franco francês (₣) no início de 2002.
A
França tem uma economia mista que combina a iniciativa privada
extensa (cerca de 2,5 milhões de empresas registradas) com substanciais (embora em declínio ) empresas estatais e intervenção do
governo. O governo mantém considerável influência sobre segmentos-chave dos
setores de infra-estrutura, com participação majoritária em estradas de ferro, eletricidade, aviões, usinas nucleares e telecomunicações. O país vem relaxando gradualmente o
controle sobre estes sectores desde o início dos anos 1990. O governo está lentamente
corporatizando o setor estatal e vendendo participações na France
Télécom, Air France, assim como ações, seguros e
indústrias de defesa. A França
tem uma importante indústria aeroespacial liderada pelo consórcio europeu Airbus e tem o seu próprio espaço porto nacional, o Centro Espacial de Kourou.
Segundo
a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2009 a França foi 6º maior exportador do mundo e o 4º maior importador de produtos manufaturados. Em 2008, a França foi o terceiro maior destinatário de investimentos
estrangeiros diretos nos países da OCDE em 117,9 bilhões dólares, atrás
de Luxemburgo (onde o investimento estrangeiro
direto foi de transferências essencialmente monetárias aos bancos localizados
no país) e dos Estados Unidos (316.100 milhões dólares), mas
acima do Reino Unido (96,9 bilhões dólares), Alemanha (US $ 24,9 bilhões) e Japão ($ 24,4 bilhões). No mesmo ano, as empresas francesas
investiram 220.000 milhões de dólares fora da França, classificando a França
como o segundo mais importante investidor externo direto no âmbito da OCDE, atrás dos Estados Unidos (311,8 bilhões de dólares) e à frente
do Reino Unido (111,4 bilhões de dólares), Japão (128 bilhões de dólares) e
Alemanha (156,5 bilhões de dólares).
Serviços
financeiros, bancários e do setor de seguros são uma parte importante da
economia francesa. A Bolsa de Valores de Paris é uma instituição antiga, criada
por Luís XV em 1724. Em 2000, as bolsas de valores de
Paris, Amesterdã e Bruxelas foram incorporadas à Euronext. Em
2007, a Euronext se fundiu com a Bolsa de Nova Iorque para formar NYSE Euronext, a maior bolsa de valores do mundo. Euronext Paris, o ramo francês do
grupo NYSE Euronext, é o segundo maior mercado europeu de ações, por trás da
London Stock Exchange.
As
empresas francesas mantiveram posições-chave na indústria de seguros e
bancária: a AXA é a maior empresa do mundo
seguro e está classificada pela revista Fortune como a nona empresa mais
lucrativa do mundo. Os principais bancos franceses são BNP Paribas e
o Crédit Agricole, classificados como 1º e 6º maiores
bancos do mundo em 2010.
Turismo
Com
81,9 milhões de turistas estrangeiros em 2007, a França está classificado como
o maior destino turístico do mundo, à frente da Espanha (58,5 milhões em 2006) e Estados Unidos (51,1 milhões em 2006). Este valor exclui 81,9 milhões de
pessoas que ficam menos de 24 horas na França, como europeus do norte cruzando
a França a caminho de Espanha ou da Itália durante o verão.
A
França tem 37 locais classificados como Patrimônio Mundial da UNESCO e apresenta cidades de interesse
cultural elevado (principalmente Paris, além de Tolouse, Estrasburgo, Bordéus, Lyon e outros), praias e balneários,
estâncias de esqui e regiões rurais. O país e, especialmente a sua capital, tem
alguns dos maiores e mais renomados museus do mundo, incluindo o Louvre, que é o museu de arte mais
visitado no mundo, além do Musée d'Orsay, principalmente dedicado ao impressionismo, e o Beaubourg, dedicado à arte
contemporânea.
A Disneyland Paris é o parque temático mais popular da França e de toda
a Europa, com mais 15 405 000 visitantes em 2009.
Com
mais de 10 milhões de turistas por ano, a Riviera Francesa (ou Côte d'Azur), no sudeste da França, é o
segundo principal destino turístico no país, após a região parisiense.74 De acordo com a Agência de
Desenvolvimento Econômico Côte
d'Azur, a região é beneficiada por 300 dias de sol por ano, 115 km de
litoral, 18 campos de golfe, 14 estações de esqui e 3.000 restaurantes.75 Todos os anos a Côte d'Azur hospeda 50% da frota mundial de iates luxuosos, sendo que 90% desses
iates visitam costa da região pelo menos uma vez na vida.
Um
outro destino principal são os castelos do Vale do Loire, este Patrimônio Mundial é
notável pela qualidade do seu patrimônio arquitectónico, nas suas cidades
históricas, como Amboise, Angers, Blois, Chinon, Nantes, Orléans, Saumur e Tours, mas em particular pelos seus castelos.
Os
locais turísticos mais populares incluem (de acordo com um ranking de 2003 por
visitantes por ano): Torre Eiffel (6,2 milhões),Museu do Louvre (5,7 milhões), Palácio de Versalhes (2,8 milhões), Museu de Orsay (2,1 milhões ), Arco do Triunfo (1,2 milhões),Centro Pompidou (1,2 milhões), Monte
Saint-Michel (1 milhão), o Castelo
de Chambord (711.000), Sainte-Chapelle (683 mil), Castelo de Haut-Koenigsbourg (549.000), Puy de Dôme (500.000), Museu Picasso (441.000), Carcassonne (362 mil).
Infraestrutura
Educação
Em 1802, Napoleão
Bonaparte criou o lycée. No
entanto, é Jules Ferry que é considerado o pai da
moderna escola francesa, que é gratuita, laica e obrigatória até aos 13 anos de
idade desde 1882 (escola comparecimento na França agora é obrigatório até a idade
de 16 anos).
Atualmente,
o sistema de ensino na França é centralizado e é composto de três fases, o ensino primário, secundário e ensino superior. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), classifica a educação da França como a 25ª melhor do
mundo, não sendo nem significativamente superior nem inferior à média da OCDE. A educação primária e secundária são
predominantemente públicas, administradas pelo Ministério da Educação Nacional.
O sistema
educacional francês é subdividido em cinco diferentes níveis:
École
Maternelle (pré-escola, de 2 a 5
anos);
École
Primaire ou Élementaire (5 primeiros anos do ensino
fundamental, de
6 a 10 anos);
Collège (4 últimos anos do ensino
fundamental, entre
11 e 15 anos);
Lycée (Ensino médio, entre 16 e 18 anos)
Université (Universidade).
Energia
Cerca
de 80% da matriz energética francesa é proveniente da energia nuclear, a maior percentagem do mundo.
A
França é o menor emissor de dióxido
de carbono entre os sete países mais industrializados do mundo, devido ao seu
forte investimento em energia nuclear. Como resultado de grandes
investimentos em tecnologia nuclear, a maior parte da eletricidade produzida no
país é gerada por 59 usinas nucleares
(78% em
2006, a partir de apenas 8% em
1973, 24% em 1980, e 75% em 1990).
Transportes
A
rede ferroviária da França, que se estende por
31.840 quilômetros, é a mais extensa da Europa Ocidental. É operada pela SNCF, e os trens de alta velocidade incluem o Thalys, Eurostar e TGV,
que viaja a 320 km/h em uso comercial. O Eurostar,
juntamente com o Serviço de Tranferência do Eurotúnel, conecta-se com o Reino Unido através do Túnel da Mancha. As ligações ferroviárias
estendem-se para todos os outros países vizinhos na Europa, com exceção de Andorra. Ligações intra-urbanas também
são bem desenvolvidas, com os serviços de metrô e bondes complementando os serviços de ônibus.
Há
aproximadamente 893.300 quilômetros de rodovias utilizáveis na França. A região
de Paris está envolvida com uma rede densa de estradas e rodovias que a ligam com
praticamente todas as partes do país. Estradas francesas também lidam com um
importante tráfego internacional, conectando-se com cidades da vizinha Bélgica, Espanha, Andorra, Mônaco, Suíça, Alemanha e Itália. Não há taxa de matrícula anual
ou estrada fiscal, entretanto, o uso da auto-estrada é
através de pedágios, exceto nas imediações dos municípios
de grandes dimensões. O mercado de carros novos é dominado por marcas
domésticas como a Renault
(27% dos
carros vendidos na França, em 2003), Peugeot (20,1%) e Citroën (13,5%). Mais de 70% dos carros novos vendidos
em 2004, tinham motores a diesel, muito mais do que continha gasolina ou a GPL. A França também possui a ponte mais
alta estrada do mundo: o Viaduto de Millau, e construiu muitas pontes
importantes, como a Pont de Normandie.
Há
cerca de 478 aeroportos em França, incluindo campos de
pouso. O Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, situado nos arredores de Paris, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, e manipula
grande maioria do tráfego popular e comercial do país e liga Paris com
praticamente todas as grandes cidades em todo o mundo. A Air France é
a companhia aérea nacional, apesar de numerosas companhias aéreas privadas que
fornecem serviços de viagens domésticas e internacionais. Há dez principais portos na França, a maior das quais é,
em Marselha, que também é a maior fronteira
com o Mar
Mediterrâneo.
14.932 quilômetros de canais atravessam a França, incluindo o Canal do Meio-dia, que liga o Mar Mediterrâneo ao Oceano
Atlântico através do rio Garonne.
Saúde
O
sistema de saúde francês ficou em primeiro lugar a nível mundial de acordo com
a Organização Mundial de Saúde em 199788 e depois novamente em 2000. O sistema de saúde é geralmente livre
para as pessoas afetadas por doenças
crônicas (Affections de longues durées), tais como câncer, AIDS ou fibrose cística. A expectativa
de vida média ao nascer é de 77 anos para homens e 84 anos para as
mulheres, uma das mais altas da União Europeia. Existem 3,22 médicos para cada 1000
habitantes na França,91 enquanto que o gasto médio per capita de saúde foi de US$ 4.719 em 2008. Em 2007 existiam cerca de 140.000 habitantes
(0,4%) da França que viviam com HIV/AIDS.
Apesar
dos franceses terem a reputação de ser um dos
povos mais magros entre os países desenvolvidos, a França,
como outros países ricos, enfrenta uma epidemia crescente e recente de obesidade, principalmente devido à
substituição da culinária
tradicional francesa saudável por junk food nos hábitos alimentares franceses. No entanto, a taxa de obesidade
francesa é muito inferior a dos Estados Unidos
(por
exemplo, taxa de obesidade na França é a mesma que a estadunidense era na década de 1970) e ainda é a mais baixa da Europa, mas agora é
considerada pelas autoridades como um dos principais problemas de saúde pública e é ferozmente combatida; taxas de
obesidade infantil estão a abrandar na França, enquanto continua a crescer em
outros países.
Cultura
A
França tem sido um centro de criação cultural por séculos. Muitos artistas
franceses estiveram entre os mais famosos de seu tempo e a França ainda é
reconhecida no mundo pela sua rica tradição cultural.
Os
sucessivos regimes políticos que sempre promoveram a criação artística e a
criação do Ministério da Cultura em 1959 ajudaram a preservar o patrimônio
cultural do país e torná-lo disponível ao público. O Ministério da Cultura tem
sido muito ativo desde a sua criação na concessão de subsídios aos artistas,
promovendo a cultura
francesa no mundo, apoiando festivais e eventos culturais, além de proteger
monumentos históricos. O governo francês também conseguiu manter uma exceção
cultural para defender produtos audiovisuais feitos no país
.
A
França recebe o maior número de turistas por ano, em grande parte graças aos
inúmeros estabelecimentos culturais e edifícios históricos implantados em todo
o seu território. Dispõe de 1.200 museus que recebem mais de 50 milhões de
pessoas anualmente. Os locais
culturais mais importantes são mantidos pelo governo, por exemplo, através da
agência pública do Centro Nacional de Monumentos, que tem cerca de uma centena
de monumentos históricos nacionais sob seu cuidado.
Os
43.180 edifícios protegidos como monumentos históricos incluem principalmente
residências (muitos castelos) e edifícios religiosos (catedrais, basílicas,
igrejas, etc), mas também estátuas, memoriais e jardins. A UNESCO inscreveu 37 locais na França
como Patrimônios
Mundiais.
Literatura
A
França é o país com o maior número de Prémios Nobel de Literatura. Tanto os cidadãos franceses, como os francógrafos de
outros países (como o belga Maurice
Maeterlinck, o
senegalês Léopold Sédar Senghor ou o luxemburguês Daniel Herrendorf), compõem o que se denomina como literatura francesa, que
marcou a literatura de importantes autores, países e línguas. Tal é o caso do
cubano Alejo Carpentier ou do denominado boom latinoamericano.
Belas Artes
As
primeiras manifestações artísticas vêm do período pré-histórico, em estilo franco-cantábrico. A
época carolíngia marca o nascimento de uma escola
de iluminadores que se prolongará ao longo de toda a Idade Média, culminando
nas ilustrações do livro As
Horas Muito Ricas do duque de Berry. Os pintores clássicos do século XVII francês são: Poussin e Lorrain. No século XVIII predomina o rococó, com Watteau, Boucher e Fragonard. Nos finais do século começa o classicismo de Jacques-Louis
David. O romanticismo está dominado pelas figuras de Géricault e Delacroix. A paisagem realista da Escola
de Barbizon tem sua continuação em artistas de um realismo mais testemunhal
sobre a realidade social de seu tempo, como Millet e Courbet. Nos finais do século XIX Paris, convertida em centro da
pintura, vê nascer o impressionismo, precedido pela obra de Édouard Manet. A este seguem Toulouse-Lautrec, Gauguin e Cézanne. Já no século XX, surgem os fauvistas em
torno da Matisse e o cubismo da mão de Georges Braque e do espanhol Pablo Picasso que trabalham em Paris. Outros
movimentos artísticos vão se sucedendo, na Paris de entre guerras, decaindo
como centro pictórico mundial depois da Segunda Guerra Mundial.
Na
França, a escultura evoluiu por diversos estilos, se sobressaindo em todos
eles: Pré-histórico, romano, cristão, românico, gótico, renascentista, barroco
e rococó, neoclássico (Frédéric Auguste
Bartholdi: Estátua da Liberdade), romântico (Auguste Rodin: O pensador), e os contemporâneos.
Arquitetura
A Torre Eiffel é o principal marco
arquitetônico da cidade de Paris e de toda a França.
No
que se refere à arquitetura, os celtas deixaram seus rastros também na
construção de grandes monólitos ou megálitos, e a presença grega desde o século VI a. C. que hoje é
recordada na herança clássica de Marselha. O estilo românico tem exemplos
na Maison Carrée, templo romano edificado
entre 138-161 a. C., ou no Pont du Gard construído entre os anos 1940 e
60 d. C., em Nimes e declarado patrimônio universal em 1985. Na França se inventou o estilo gótico, plasmado em Catedrais
como as de Chartres, Amiens, Notre Dame ou
Estrasburgo. O renascimento surgido na Itália, tem seu estilo arquitetônico
representado magistralmente no Castelo de Blois ou no Palácio de Fontainebleau entre outros. A arte barroca (também de origem italiana), e o rococó (invenção francesa) têm obras
extraordinárias na França. Tal é o caso do Palácio do Louvre e o Panthéon de Paris entre tantos outros. O modernismo ou
arte moderna na arquitetura engloba todo o século XIX e a primeira metade do
XX, e Gustave Eiffel revolucionou a teoria e prática
arquitetônica de seu tempo na construção de gigantescas pontes e no emprego de
materiais como o aço. Sua obra mais famosa é a chamada Torre Eiffel. Outro grande ícone da
arquitectura universal é Le Corbusier, um inovador e funcionalista
celebrado especialmente por seus aportes urbanísticos nas edificações de
vivendas e conjuntos habitacionais.
Esporte
A
França foi por duas vezes sede dos Jogos Olímpicos de Verão: a segunda edição, em 1900, e a oitava edição, em 1924. Também sediou os Jogos Olímpicos de Inverno três vezes: a primeira edição,
em 1924; a décima edição, em 1968; e a décima-sexta edição, em 1992.
A
França é tradicionalmente forte no futebol. Sediou a Copa
do Mundo FIFA por duas vezes. A primeira delas
ocorreu em 1938, quando a Itália conquistou o título. A segunda
foi em 1998, quando a Seleção Francesa de Futebol, após duas tentativas frustradas de chegar à fase final das
Copas de 1958 e 1986, pode finalmente chegar a final da competição. Durante o mundial,
os jogos foram realizados nas cidades de Saint-Denis, Marseille, Paris, Lens, Lyon, Nantes, Toulouse, Saint-Étienne, Bordeaux, e Montpellier. O Mundial foi conquistado pela
propria França, seleção anfitriã, sagrando-se pela primeira vez campeã na
história, ao vencer a Seleção Brasileira de Futebol por 3 a 0 na final. 105 Nos Jogos Olímpicos de Verão, a França já foi medalha de ouro na modalidade masculina,
em 1984. No futebol feminino, a melhor posição da Seleção Francesa foi o 4º
lugar na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011 e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012.
A
França também tem forte tradição no tênis. Sedia o Grand Slam de Roland Garros e já foi 9 vezes campeã da Copa Davis. René Lacoste, no entanto, foi o único
tenista francês a ser nº 1 do mundo. Na atualidade o melhor tenista francês é Jo-Wilfried Tsonga,
ex-nº 5 do mundo.
Um
dos maiores esportistas da história da França foi Alain Prost, quatro vezes campeão do
Mundial de Pilotos da Fórmula 1, considerado um dos mais bem sucedidos pilotos
da categoria de todos os tempos.
A
França vem tendo resultados expressivos na natação mundial com nomes como Alain Bernard, Frédérick Bousquet, Laure Manaudou e Camille Muffat (todos ex-recordistas mundiais e
medalhistas olímpicos). O
destaque histórico é Jean Boiteux, primeiro francês campeão
olímpico na natação.
No
atletismo, a França tem como destaques históricos Alain Mimoun , Marie-José
Perec e Renaud Lavillenie
Outro
destaque francês é o judoca Teddy Riner, tido como praticamente imbatível
em sua categoria. Entre 2007 e 2012 ele foi penta campeão mundial na categoria
+100kg e em 2012 se tornou campeão olímpico.
Música
Na
música francesa desde antes do ano 1000 se destaca o canto gregoriano empregado nas liturgias. Na França se criou a polifonia. Na denominada Ars Antiqua,
se atribui a Carlos
Magno o Scholae
Cantorum (783). Os Juramentos de Estrasburgo é a obra lírica francesa mais importante da Idade Média, período no que se desenvolvem
as Canções de Gesto como a Canção de Roland. A França foi o berço dos trovadores no século XII, assim como do Ars Nova dos
séculos posteriores. Durante o Romantismo Paris se converte no centro
musical do mundo e na atualidade, a França mantém um lugar privilegiado na
criação musical graças a novas gerações de compositores. Dentro dos exponentes
da música popular francesa, se encontram figuras como Edith Piaf, Mireille Mathieu, Dalida, Charles Aznavour, Vanessa Paradis, Serge Gainsbourg e Gilbert Becaud.
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