quinta-feira, 5 de setembro de 2013

QUE É FEITO DA ONGA?


QUE É FEITO DA ONGA?


ONGA – Observatório Nacional Não-Governamental do Autocaravanismo”, designação constante do Projecto de Estatutos distribuído numa reunião denominada “I Seminário Nacional de Autocaravanismo” em Cascais, em que a fonte desta informação, em 23 de Maio de 2009, esclarecia que “o presidente do ACP, Carlos Barbosa, e o respectivo Director Geral Dr. Luís Figueiredo, anunciaram que o ACP pretende desenvolver” esta anunciada organização.

Da ONGA faziam (fazem?) parte a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), a Associação Portuguesa de Empresários de Camping e Hotelaria ao Ar Livre (AECAMP), o Automóvel Clube de Portugal (ACP), o Círculo de Autocaravanistas da Blogo-Esfera (CAB), a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), o Movimento Independente pelo Autocaravanismo (MIDAP) e a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP).

A primeira reunião da ONGA teve lugar em 6 de Maio de 2010 e a última (ao que é público) realizou-se em 21 de Novembro de 2011, ou seja, esta organização teve uma vida inferior a 2 anos. E, mesmo que se venha afirmar que a ONGA continua a existir, sem que exista público conhecimento das atividades desenvolvidas, teríamos que considera-la uma organização secreta, imprópria de uma sociedade democrática.

À época, a divulgação do teor das reuniões que tiveram aplauso e critica e, que se saiba, as deliberações então tomadas, não tiveram quaisquer consequências objetivas. Nada se conhece, por exemplo, sobre a Campanha pedagógica da ética autocaravanista ou a Declaração da FCMP relativa à cedência de registos de sinalização de Autocaravanas ou ainda sobre os Prémios ACP para municípios pró autocaravanismo.

O CPA, a maior Associação Autocaravanista de Portugal, nunca pertenceu à ONGA, o que não deixa de ser motivo de reflexão que aqui se quer realçar, nomeadamente quando em 21 de Fevereiro de 2011 emite o Comunicado 2011/08 a propósito da divulgação do relato de uma reunião do “Observatório Não-Governamental para o Autocaravanismo” que, com a oposição do CPA, passa a denominar o texto da “Declaração de Princípios da Plataforma de Unidade” pela designação de “Plataforma da Filosofia, Doutrina e Ética”. Mas, o CPA, ainda nesse mesmo comunicado, lastima que organizações de prestígio (as que constituem a ONGA) permitissem que as conclusões das reuniões fossem divulgadas em locais formalmente menos apropriados e a ONGA não tivesse transmitido uma imagem clara do que é, do que pretende e do formato orgânico que adotava.

Perante o exposto não se pode deixar de alertar para o perigo que pode resultar de entidades de prestígio promoverem a criação de organizações que, posteriormente abandonam sem qualquer justificação pública. A existência de um Observatório do e para o Autocaravanismo é por demais importante para que seja utilizado sem quaisquer proveitos para o autocaravanismo e para a dinâmica de desenvolvimento e aperfeiçoamento do autocaravanismo.

Pelo respeito que os autocaravanistas e o Movimento Autocaravanista de Portugal merecem já é chegado o momento dessas entidades de prestígio, que criaram e sustentaram a ONGA, assumirem a responsabilidade de uma explicação credível que só as dignificaria.

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