QUE É FEITO DA
ONGA?
“ONGA –
Observatório Nacional Não-Governamental do Autocaravanismo”, designação
constante do Projecto de Estatutos distribuído numa reunião denominada “I
Seminário Nacional de Autocaravanismo” em Cascais, em que a fonte desta informação,
em 23 de Maio de 2009, esclarecia que “o presidente
do ACP, Carlos Barbosa, e o respectivo Director Geral Dr. Luís Figueiredo,
anunciaram que o ACP pretende desenvolver” esta anunciada organização.
Da ONGA faziam (fazem?) parte a Associação Automóvel de Portugal (ACAP),
a Associação Portuguesa de Empresários de Camping e Hotelaria ao Ar Livre
(AECAMP), o Automóvel Clube de Portugal (ACP), o Círculo de
Autocaravanistas da Blogo-Esfera (CAB), a Federação de Campismo e Montanhismo
de Portugal (FCMP), o Movimento Independente pelo Autocaravanismo (MIDAP) e a Prevenção
Rodoviária Portuguesa (PRP).
A primeira reunião da ONGA teve lugar em 6 de Maio de
2010 e a última (ao que é público) realizou-se em 21 de Novembro de 2011, ou
seja, esta organização teve uma vida inferior a 2 anos. E, mesmo que se venha
afirmar que a ONGA continua a existir, sem que exista público conhecimento das
atividades desenvolvidas, teríamos que considera-la uma organização secreta,
imprópria de uma sociedade democrática.
À época, a divulgação do teor das reuniões que tiveram
aplauso e critica e, que se saiba, as deliberações então tomadas, não tiveram
quaisquer consequências objetivas. Nada se conhece, por exemplo, sobre a Campanha pedagógica da ética autocaravanista
ou a Declaração da FCMP relativa à
cedência de registos de sinalização de Autocaravanas ou ainda sobre os Prémios ACP para municípios pró
autocaravanismo.
O CPA, a maior Associação Autocaravanista de Portugal, nunca
pertenceu à ONGA, o que não deixa de ser motivo de reflexão que aqui se quer
realçar, nomeadamente quando em 21 de Fevereiro de 2011 emite o Comunicado
2011/08 a propósito da divulgação do relato de uma reunião do “Observatório Não-Governamental
para o Autocaravanismo” que, com a oposição do CPA, passa a denominar o texto
da “Declaração de Princípios da Plataforma de Unidade” pela designação de
“Plataforma da Filosofia, Doutrina e Ética”. Mas, o CPA, ainda nesse mesmo
comunicado, lastima que organizações de prestígio (as que constituem a ONGA)
permitissem que as conclusões das reuniões fossem divulgadas em locais
formalmente menos apropriados e a ONGA não tivesse transmitido uma imagem clara
do que é, do que pretende e do formato orgânico que adotava.
Perante o exposto não se pode deixar de alertar para o
perigo que pode resultar de entidades de prestígio promoverem a criação de
organizações que, posteriormente abandonam sem qualquer justificação pública. A
existência de um Observatório do e para o Autocaravanismo é por demais
importante para que seja utilizado sem quaisquer proveitos para o
autocaravanismo e para a dinâmica de desenvolvimento e aperfeiçoamento do
autocaravanismo.
Pelo respeito que os autocaravanistas e o Movimento
Autocaravanista de Portugal merecem já é chegado o momento dessas entidades de
prestígio, que criaram e sustentaram a ONGA, assumirem a responsabilidade de
uma explicação credível que só as dignificaria.
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