Autocaravanismo
Passeio pelo “Nordeste Transmontano”
Foto Reportagem
Passeio autocaravanista promovido pelo Clube Autocaravanista
Saloio de 28 de fevereiro a 4 de março de 2014
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do passeio,
podem ser vistas AQUI
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GIMONDE
Pequena freguesia
da periferia nascente brigantina, Gimonde é delimitada pelas congéneres Baçal (a
norte), Babe (a leste), Milhão (a sudeste), Alfaião (a sul) e finalmente Santa
Maria de Bragança (a ocidente). Ligando a freguesia de Gimonde à capital
concelhia, numa distância estimada em sete quilómetros, está a E.N. 218.
Pelos limites
ocidentais de Gimonde corre o Rio Sabor, o qual, mesmo junto à povoação daquele
nome, vem receber as águas dos seus tributários rios Onor e Igrejas. A
freguesia, integrada na orla meridional do Parque Natural de Montesinho, é bem
conhecida pelos seus atractivos turísticos, os quais se desdobram pelas
vertentes paisagísticas, monumental, arqueológica e, inclusivamente,
gastronómica.
Na pitoresca aldeia
contabilizam-se diversos restaurantes, alguns deles afamados quer pelo atendimento,
quer pelas iguarias tradicionais (sobretudo o soberbo fumeiro e deliciosas
compotas). O comércio local terá assim certo ascendente económico,
conjugando-se com as actividades agrícolas (das quais ressalta o cultivo do
lúpulo, de introdução recente) e pecuárias, justificando uma certa prosperidade
desta freguesia, Gimonde conta-se, aliás, entre as escassas terras bragançanas
que não acusou um decréscimo populacional assinalável – dos 376 habitantes contabilizados
em meados do século terá passado para 343, em 1991.
Desde os finais do
século passado, pelo menos, que aqui foi assinalado um povoado castrejo, conhecido
toponimicamente por Arrabalde. Reconhecido e sumariamente prospectado por
Pereira Lopo e, posteriormente, pelo Abade de Baçal, aquele arruinado recinto
fortificado castrejo terá conhecido intensa romanização.
A influência do
domínio romano no aro de Gimonde será responsável, aliás por diversos achados epigráficos
– um marco miliário atribuído ao século III e uma estela funerária – e
possivelmente, alguns vestígios de remota mineração. Magnífica obra de
engenharia é a velha Ponte de Gimonde, uma das três que se acham lançadas junto
ao povoado. A estrutura, do xisto, integra seis arcos de volta redonda,
suportando um tabuleiro em dorso levemente arqueado.
A montante do rio
Onor pode apreciar-se ainda uma outra ponte em cantaria de granito, de múltiplos
arcos abatidos (em número de sete). É esta porém obra bem mais recente,
servindo a E.N. 218.
Entre as duas
pontes observa-se, por seu turno, uma pequena poldra permitindo a travessia apeada
do rio. Sta. Maria (depois N. Sra. da Assunção) de Gimonde foi outrora um
curato anexo à reitoria de S. Pedro de Babe. O actual templo paroquial,
estrategicamente erguido num pequeno alto que coroa o povoado, é uma estrutura
de traça simples mas harmoniosa, erguida em granito de grão fino (cantarias).
No termo da
freguesia contam-se ainda as capelas de Santa Columbina e de Sto. António. A
“Villa” (propriedade agrária) de Gimonde surge já documentada nas “Inquirições”
de 1258, reinando D. Afonso III. Era então foreira àquele monarca embora também
aqui possuísse bens entre outros titulares, o mosteiro espanhol de Moreruela.
Relativamente aos
jogos tradicionais, constituem actividades lúdicas que convidam ao relaxamento e
convívio dos habitantes nas suas horas livres, sobretudo nas tardes de Domingo.
Alguns destes jogos, nos quais a freguesia está inserida destacam-se: o jogo do
fito e o jogo da relha.
Festas e Romarias
Nossa Senhora da
Assunção (15 de Agosto), Santa Colombina, Santo António (3.º Domingo de
Setembro) e festa dos Casados (Sábado e Domingo Gordo).
Património
Igreja matriz,
capelas de Santa Colombina e de santo António, ponte romana, castro de Gimonde,
moinho, fonte de mergulho e forno comunitário, Castro de Gimonde, Ponte Romana
e Marco Miliário.
Gastronomia
Fumeiro, botelo com
cascas, a truta, bacalhau assado na brasa, carnes de caça, folar da Páscoa,
arroz doce, bolos económicos e vinho maduro tinto.
Artesanato
Tecelagem e meias
feitas a partir de lã de ovelha.
A Ponte de
Gimonde, também referida como Ponte Velha, localiza-se sobre o rio Malara, na altura de Gimonde, no
concelho de Bragança, distrito de mesmo nome, em Portugal.
Trata-se de uma
antiga ponte romana. A sua estrutura original foi alterada ao
longo dos séculos, nomeadamente durante a Idade
Média, período em que se incluem os seis arcos de meio-ponto, com talhamares a
montante e a jusante. Com as fundações assentes num maciço rochoso de xisto, tanto as
guardas da ponte como a sua superestrutura foram construídas com a mesma pedra.
Encontra-se
classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1990.
Fontes:
Câmara Municipal de Bragança
Wikipédia – A enciclopédia livre
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